O Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa (2009) apresenta costas e dorso como termos anatómicos equivalentes para designar a região posterior do corpo e não faz distinção sobre a sua aplicação a seres humanos ou a animais. Por sua vez, o Grande Dicionário da Língua Portuguesa, da Porto Editora (2010), refere tratar-se da parte posterior do tronco humano, mas concede que costas significa também o lombo, definido mais adiante no mesmo dicionário como «a parte carnuda pegada à espinha dorsal nos animais».
Contudo, o Dicionário de Biologia de Abercrombie, Hickman e Johnson não contempla a utilização de costas como equivalente a dorso, sendo este último o termo científico para designar a «parte posterior […] ou face que normalmente está dirigida para cima em relação à gravidade». Do mesmo modo, a Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira utiliza os termos dorso e dorsal na classificação da parte posterior da anatomia dos peixes.
Aquilo que parece suceder nos contextos de comunicação do dia a dia é uma extensão de sentido dos diversos termos em causa – costas, dorso, lombo – que são utilizados frequentemente de modo intermutável, sem preocupações científicas ou técnicas. Assim, a frase «O peixe vermelho tem duas barbatanas nas costas» é aceitável nos contextos acima referidos.