É possível empregar a preposição em a ligar um substantivo e uma oração de infinitivo:
(1) «Obrigado/a pelo cuidado em ter feito o depósito a tempo.»
(2) «Obrigada pela amabilidade em ter cedido o contacto.»
Mas amabilidade, como cuidado, pressupõe muitas vezes uma locução construída com o verbo ter («ter a amabilidade», «ter o cuidado»), seguida da preposição de e de uma oração de infinitivo: «A amiga da senhora teve a amabilidade de não lhe fazer perguntas sobre a morte do filho» (dicionário da Academia das Ciências de Lisboa; sublinhado meu). Por isso, na frase em análise, aceita-se a preposição de, muito embora amabilidade não ocorra como parte da referida locução:
(3) «Obrigada pela amabilidade de ter cedido o contacto.»
A frase (3) é parafraseável por: «Obrigada pela amabilidade que teve de ter cedido o contacto.» Note-se que em (2) e (3), a amabilidade é correspondente à acção descrita pela oração de infinitivo («ter cedido o contacto»).
Finalmente, «ao ter cedido o contacto» é também sequência legítima, querendo, porém, dizer algo ligeiramente diferente: «Obrigada pela amabilidade que teve ao ter cedido (= quando cedeu) o contacto». Neste caso, pode inferir-se que além da cedência de um conta{#c|}to também houve uma amabilidade (que não está descrita na frase).