Tal como o consulente a apresenta, a forma "míxena" ocorre na Internet, em contextos relativos à religião judaica. Se assim é, estamos então perante uma adaptação da palavra hebraica mishnah, que significa genericamente «instrução, lei oral, ensinamento por repetição», derivada da raiz shānāh, «repetir, ensinar ou aprender». Contudo, a palavra mishnah é mais conhecida como termo que se aplica no judaísmo à «coleção das tradições rabínicas, na maioria orais, compilada cerca por volta do ano 200 [Parte mais importante do Talmude babilônio, cujo valor, para os talmudistas, é quase equivalente ao das Escrituras]» (Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa).
As formas portuguesas que pude encontrar dicionarizadas são mixná, do género feminino (Dicionário Houaiss) e mixna, do género masculino (Grande Dicionário da Língua Portuguesa de José Pedro Machado). Embora estas formas estejam legitimadas, o certo é que a sequência gráfica <xn> é estranha às ortografias do Brasil e de Portugal. Daí talvez ter-se adoptado a forma "míxena" (não dicionarizada), cujo <x> se pronuncia como o de baixo, e que evita a grafia exótica de mixná/mixna.