A função sintática desempenhada por estes pronomes ou por quaisquer outros constituintes ficará sempre dependente da natureza do verbo com o qual se combinarem.
É ao verbo que cabe a seleção dos seus argumentos internos, que completam o seu sentido. Logo, será este que determina a natureza dos seus complementos.
Deste modo, um verbo como viver seleciona um complemento oblíquo, que pode, do ponto de vista semântico, expressar o valor de companhia, como se observa em (1) e (2):
(1) «Ela vive com o João.»
(2) «Ela vive comigo.»
Os constituintes «com o João» e «comigo» desempenham a função de complemento oblíquo.
Um verbo como ir seleciona um complemento oblíquo com valor locativo (ou equivalente), como está exemplificado em (3) e (4):
(3) «Ele foi a Paris com o João.»
(4) «Ele foi a Paris comigo.»
Nestas frases, o constituinte «a Paris» desempenha a função de complemento oblíquo, ao passo que os constituintes «com o João» e «consigo» têm a função de modificador do grupo verbal.
Disponha sempre!