Recomendo a forma Ísis, de modo a marcar a sílaba tónica, que é "Í-". Apesar de se tratar de palavra grave, o acento gráfico é necessário, tal como em oásis, porque quer este quer aquele vocábulos apresentam um i na última sílaba. Se não houvesse acento em Ísis e oásis, a leitura induzida pelas palavras corresponderia às formas agudas não aceitáveis "isís" e "oasís" (a rimarem com anis).
O nome Ísis aparece assim acentuado no Vocabulário da Língua Portuguesa, de Rebelo Gonçalves (1966). No Dicionário Houaiss, no verbete de isíaco, ocorre a forma Ísis, também com acento agudo na penúltima sílaba.
No entanto, é verdade que não há acento no nome constante da lista de Vocábulos Admitidos e não Admitidos como Nomes Próprios do sítio do Instituto de Registos e Notariado do Ministério da Justiça de Portugal. Esta forma parece encontrar apoio no Dicionário Onomástico Etimológico da Língua Portuguesa, de José Pedro Machado, que acolhe Isis sem acento; no entanto, tendo em conta Ítalo, palavra esdrúxula, observa-se que a forma "Italo" também aí se revela inacentuada, o que faz suspeitar de uma gralha, que abrangeu todos os "I" maiúsculos nessa obra. Assinalo ainda a ocorrência da forma sem acento no Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa, da Porto Editora. Considero tratar-se de um erro, a corrigir numa nova edição.