Não há uma data precisa, mas é provável que só se tenha deixado de escrever uma com h nas primeiras décadas do século XIX.
Um e uma escreviam-se geralmente com h até, pelo menos, à primeira metade do século XVIII, como se pode confirmar pelo tratado de ortografia que João Madureira Feijó (1688-1741) publicou em 1734.
Note-se que é possível que este h se tenha mantido até aos começos do século XIX, porque há tratados de ortografia da época que condenam o uso dessa letra em um e uma, ou seja, infere-se que havia quem cometesse esse erro ao escrever tais palavras com h inicial. Por exemplo, no n.º 288 de 1 de dezembro de 1810 da Gazeta de Lisboa, escrevia-se (sublinhado nosso):
«Já vendêraõ em haste publica os materiaes do Convento da Incarnaçaõ, que derribaraõ; e o seu chaõ está destinado para formar huma praça.»