A expressão «há um ror de dias»
Aluísio Azevedo, em Casa de Pensão, pág. 233, diz: «Qual, nhô, ele está assim "a" um 'ror de dias!»
Não deveria ser «há» ou «faz um ror de dias»?
Muitíssimo obrigado!
Aluísio Azevedo, em Casa de Pensão, pág. 233, diz: «Qual, nhô, ele está assim "a" um 'ror de dias!»
Não deveria ser «há» ou «faz um ror de dias»?
Muitíssimo obrigado!
À epoca em que o romance Casa de Pensão foi escrito, 1884, a grafia do verbo haver já estava incorreta. À semelhança daquilo que se pratica hoje, o correto seria «Qual, nhô, ele está assim há um ror de dias!»
Entenda-se que a expressão, em que ror significa «uma grande quantidade de» (Dicionário da Língua Portuguesa), constitui uma expressão de tempo, em que se indica a duração de tempo decorrido até ao momento presente e, por isso, é precedida pelo verbo haver ou, em alternativa, o verbo fazer: «faz um ror de dias».