O Dicionário de Termos Linguísticos (Lisboa, Edições Cosmos), organizado por Maria Francisca Xavier e Maria Helena Mira Mateus, define mudança linguística assim:
«Qualquer modificação sofrida pela estrutura de uma língua (a nível fonético, fonológico, morfológico, sintáctico ou semântico) ao longo do tempo.»
No mesmo dicionário, variação é:
«[O] fenómeno pelo qual uma determinada língua nunca é, numa dada época, lugar e grupo social, igual ao que era numa outra época, num outro lugar e num outro grupo social. A variação diacrónica é o objecto de estudo da gramática e da linguística históricas, a variação no espaço é objecto de estudo da geografia linguística e da dialectologia. A sociolinguística ocupa-se da variação social.»
Destas definições conclui-se que, por um lado, a mudança linguística marca diferentes fases ou período na variação diacrónica. Por outro lado, a mudança constitui uma selecção das formas linguísticas em variação geográfica ou social, abandonando umas e generalizando outras à comunidade.