Com efeito, a palavra rabo (do lat[im] rapu-, "rábano; nabo") é geralmente associada à «extremidade posterior, mais ou menos prolongada, do corpo de muitos animais; região caudal; cauda», mas também se trata, entre outras coisas, de «nádegas; ânus». Quanto à palavra cu (do lat[im] culu-), também significa «extremidade do intestino grosso; ânus; nádegas; rabo», mas trata-se de vulgarismo, ou seja, palavra grosseira, obscena. Assim, a palavra rabo pode ser usada em qualquer lugar, até entre pessoas que mal se conhecem, enquanto a palavra cu é mais usual entre amigos ou familiares. [Fonte: Dicionário da Língua Portuguesa 2008, da Porto Editora]
O Dicionário Eletrônico Houaiss considera a palavra cu um regionalismo de Portugal e do Brasil, e chama-lhe tabuísmo, ou seja, «palavra, locução ou acepção tabus, consideradas chulas, grosseiras ou ofensivas demais na maioria dos contextos [São os chamados palavrões e afins, e referem-se geralmente ao metabolismo (cagar, mijar, merda), aos órgãos e funções sexuais (caralho, pica, boceta "vulva", colhão, cona, foder, pívia, crica, pachoucho etc.), incluem ainda disfemismos pesados como puta, veado, cabrão, paneleiro, expressões tabuizadas (puta que pariu) etc.]».