Consultório - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
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M. Vásio professor Agudela, Portugal 5K
Li recentemente, num livro de Saramago, a expressão «tutear», no sentido de tratar alguém por tu. Suponho que a origem da palavra seja francesa ("tutoyer"). Será esta palavra admissível no nosso vocabulário, ou, quando menos, na linguagem corrente?
Domingos Nunes Portugal 5K

Dever-se-á dizer «bióxido» ou «dióxido»?

Sandrina 2K

Qual o significado desta palavra «cambalacho»?

Manuel de Creixomil Portugal 6K

Numa controvérsia um interlocutor afirmou que o significado deste vocábulo era: «margem elevada de um rio; outro interlocutor afirmou: margem ribeirinha.»
Havendo interesse, por razões históricas, em saber com a maior precisão possível o seu significado, solicitava a Vossa abalizada opinião.
Muito obrigado.

Tiago Veigas estudante Almada, Portugal 11K

Qual é a forma correcta de escrever: «costoletas» ou «costeletas».

 

N.E. O consulente escreve segundo a Norma de 1945.

António Oliveira Portugal 11K

Acabaram ou não acabaram os acentos em advérbios de modo? Deve escrever-se «drásticamente» (com acento agudo na primeira sílaba)? Ou sem acento?

João Celindo Coimbra, Portugal 10K

Há algumas palavras que a grande maioria das pessoas conhece, mas tem o cuidado de não usar, pelo menos em certas circunstâncias. Trata-se de palavras ou expressões consideradas normalmente pouco delicadas ou mesmo indecentes.

No entanto, em certas regiões e em certas classes sociais, essas tais palavras ou expressões são de uso muito frequente, ainda que não tendo perdido completamente o seu carácter de pouca elegância. Suponho que imaginam a que género de palavras me estou a referir e que compreendam que, por decoro, me abstenha de ser mais explícito.

Essas tais palavras não se encontram geralmente dicionarizadas nos principais dicionários da língua portuguesa (p.ex no dicionário da Porto Editora).

O banimento dessas palavras dos dicionários, que por definição se desejavam exaustivos, é correcto do ponto de vista puramente linguístico? Ou, sendo mais explícito, essas tais palavras ou expressões de uso pouco recomendado fazem parte da língua portuguesa?

V. M. Borges médico Lisboa, Portugal 4K

Em relação à dúvida "hiperqueratose ou hiperceratose", agradeço ao dr. J.N.H. que aprofunde a razão da resposta. Isto é: como e porquê chegou a ela. Até porque não me parece simples a justificação.
a)Se dizemos queratina, queratinizado etc. e a origem grega é keratos, como se transforma o "q" em "c" só por querermos acrescentar o prefixo hiper? A mesma questão se aplica a disquinesia ou discinesia (do grego movimento - kinesis).
b)Para complicar, não compreendo como se justifica que na linguagem corrente se a palavra surge no início (p. ex. cinesiterapia, cinestésico ou cinema) é pacífica a pronúncia, geralmente lida assim, mas se surge no meio (p. ex. disquinesia) a pronúncia (se bem que já com menos unanimidade) é geralmente lida e escrita no meio médico como Q?
c) E se no meio médico é (penso eu, baseado na minha experiência pessoal) geralmente lida assim, o que impera? - A regra do uso, que dirá que se deve pronunciar Q em hiperqueratose, ou o conselho que nos deu de que se deve pronunciar C?
2 - Parece-me que a questão major é: - Como evolui a fonia? Por exemplo os brasileiros escrevem mídia porque redescobriram o termo media (meio) através do inglês, em que se pronuncia de facto "mídia". Mas em português, muito antes da invenção dos computadores sempre se pronunciou m"é"dia, e a utilização excessiva e injustificada de anglicismos informáticos leva a liquidar termos portugueses antes utilizados correctamente por termos incorrectos (password em vez de senha etc. etc.) Já agora uma nota: os brasileiros conservam muitos termos portugueses arcaicos e correctos que entretanto caíram em desuso em Portugal e que são interessantíssimos: A introdução de novelas e artistas brasileiros em Portugal traz-nos algumas delícias: Por cá, diz-se vou a uma entrevista ou vou fazer (ou ter)uma entrevista e ouvi há pouco tempo a expressão brasileira "vou entrever fulano".
Parabéns por um serviço tão útil para a defesa de uma língua portuguesa dinâmica mas correcta cujo uso possa ser um prazer. Obrigado desde já pelos seus esclarecimentos.

Miguel Cruz estudante Lisboa, Portugal 5K

Ao escrevermos determinados termos técnicos anglo-saxónicos, é preferível manter a origem da palavra ou tentar a sua tradução para o português?
Por exemplo, em bioquímica usam-se as iniciais LDL, que em inglês significa «Low Density Lipoprotein». Mas em muitas traduções portuguesas a mesma palavra é escrita do seguinte modo: «lipoproteínas de baixa densidade».

Margarida Alves Martins Lisboa, Portugal 2K

Programação: palavra tão ouvida e lida, será que existe? Ou unicamente a palavra «programa» deverá ser utilizada? A verdade é que não se encontra em nenhum dicionário.