Vivo na Galiza e ando à procura das origens do meu nome. Escrevemos nós "Milleiro", mas tenho achado em Portugal e no Brasil várias pessoas com "Melheiro", "Milheiro" e "Milleiro". Gostaria de saber qual é o significado que têm estas palavras em português, se tiverem algum; também queria saber como dizem os portugueses "Milleiro", com a consoante palatal como se fosse "lh"?
Já perguntei o mesmo no ano passado mas ninguém me tem respondido. Talvez agora...
Muito obrigada.
Eu estava lendo um livro de Machado de Assis e li: "mostrava-se-lhe os pés". Eu gostaria de saber quando e como eu poderia usá-la. Gostaria de saber também o nome dessa construção...
Qual é a origem da expressão "assentar praça" que significa "ir para a tropa" ou "ser incorporado"?
Os que participam num fórum são...?
Foristas? Este termo não o encontro em nenhum dicionário, mas já o vi ser utilizado.
Se não, qual a palavra correcta?
Obrigado!
Gostaria de saber o seguinte:
Os dicionários trazem ótico como relativo ao ouvido. Entretanto a mesma grafia tem-se como variável de óptico relativo aos olhos.
Como se explica a diferença de sentidos se são palavras homógrafas?
Sou médica veterinária e estou a escrever um artigo sobre doenças entéricas causadas por parasitas. A minha dúvida é: escreve-se coccídeas e criptosporídeos ou coccídias e criptosporídios?
Agradeço que me esclareçam.
Somos três alunos estrangeiros a estudar na Univ. do Minho. A pergunta é: qual a diferença na utilização de já e de ainda?
Refiro-me à resposta dada em Janeiro deste ano, a uma questão a propósito da pronúncia de Jápeto, o titã da Mitologia Clássica Grega, em que, a propósito, foi defendida a pronúncia Úrano para outra personagem daquela Mitologia. Depreendi que essa pronúncia era igualmente recomendada para o planeta do sistema solar. Com todo o respeito, venho apresentar as minhas reservas.
Sei que esta acentuação e a consequente pronúncia são defendidas igualmente por outros filólogos eminentes e no Vocabulário da Língua Portuguesa de F. Rebelo Gonçalves e na maioria, mas não em todas por conseguinte, das enciclopédias portuguesas.
Recolhido na minha condição que não escondo, de ignorante em questões etimológicas, pois não sei Grego e o pouco Latim do liceu já o esqueci, apesar disso atrevo-me a questionar tal pronúncia recomendada, pois me parece que contraria o uso corrente que tenho constatado e julgo que o uso corrente não pode ser ignorado e desatendido. Para maior conforto da minha tese, inquiri junto do meio académico, discente e docente, e no profissional e amador astronómico, portanto junto de gente não iletrada nem ignorante, qual a forma oral que utilizam, tendo concluído que é Urano. No muito recente e conceituado Dicionário Enciclopédico de Astronomia e Astronáutica de Ronaldo Rogério de Freitas Mourão, igualmente Urano é a forma adoptada.
Por tudo isto, estranho a defesa de Úrano, pois me parece que não obstante a etimologia deva ser tomada em consideração por respeito ao rigor e às origens, também o uso corrente e geral e a naturalidade e facilidade da pronúncia, devam ser preponderantes e decisivos, prevalecendo sobre os radicalismos etimológicos. Se assim não fosse o Português como qualquer outro idioma, seria uma língua sem evolução, o que sabemos não sucede.
Acresce ainda que em linguagem corrente exprimimo-nos em Português, para Portugueses vulgares de hoje e não só para os saudosistas do Grego ou do Latim como se falavam há mais de dois mil anos. Defendo em suma, uma linguagem em que as palavras se adaptem às características do idioma e da sua evolução e à facilidade e naturalidade da pronúncia usual. Isto é, que as palavras se pronunciem como na generalidade os nossos contemporâneos as pronunciam naturalmente no seu meio académico e profissional e não conforme eram pronunciadas pelos Gregos ou Romanos. Sei que o exemplo de Úrano/Urano, no que se refere à pronúncia recomendada em relação ao uso e à naturalidade e facilidade de expressão oral, não é único, pois se lhe podem juntar muitos outros, como Éolo/Eolo, Pólux/Polux, Ájax/Ajax, Cíbele/Cibele, embora com menos uso de que Urano. Quem, entre o público em geral, diz Éolo e não Eolo? Se seguíssemos as recomendações de F. Rebelo Gonçalves e não só, como se pronunciaria Íinx? Não ficaria melhor no nosso idioma, Inx ou Inxe, tal como Aquelou ou Aquelo, em vez de Aqueloo, Astianax em vez de Astíniax, Anteros ou Antero em vez de Ânteros, Calais em vez de Cálais, Ceix em vez de Céix, Danae em vez de Dánae, Eunoe em vez de Éunoe, Náusica ou Nausica em vez de Nausícaa, Ogiges em vez de Ógiges, etc, etc.?
No inquérito que efectuei, uma das respostas que obtive foi Urano na forma oral, por obediência ao uso geral, mas curiosamente a mesma pessoa escreve Úrano por contemporização com a erudição. Por outras palavras, o confronto do uso contra a cultura etimológica e da cultura etimológica contra o uso.
Porque não confraternizam?
Por tudo isto não posso conformar-me com a vossa recomendação e peço que me elucidem se a minha posição é de todo inválida, ou se os filólogos e etimologistas estão à espera nestes casos, que o uso seja mais disseminado e incontornável, para só então contemporizarem e deixarem de ser um grupo de excepção.
Não descortinem por favor quisquer intenções minhas de de questionar a utilidade e a premência das recomendações etimológicas que procuro conhecer por gosto e aprendizagem.
Apenas defendo que essas recomendações devam atender até com antecipação por previsão, ao uso, à naturalidade e à facilidade da expressão oral.
Não faltam outros campos de intervenção e de afirmação para os filólogos, nomeadamente tentativas de antecipação ao uso de estrangeirismos que nos inundam e vão continuar a inundar. Serão certamente bem-vindas recomendações, bem difundidas, do aportuguesamento disciplinado desses estrangeirismos ou as sugestões de termos portugueses de substituição. Para tanto, ouvindo sem preconceitos os meios académicos e profissionais das especialidades em causa, para se obterem soluções consensuais.
Muito grato pela vossa atenção e tembém pela vossa ajuda se entenderem que a mereço.
Como devo fazer a pronominalização de:
Ele quer a amada. E, já agora, a explicação.
Obrigada.
Eu gostaria de saber:
Articuladores de discurso.
Obrigada.
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