Consultório - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
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Pedro Nunes Músico Lisboa, Portugal 12K

Escrever inentendível para o que não se pode entender é correcto?

Renato Rosa Estudante Leiria, Portugal 5K

Numa oração divulgada na Diocese de Leiria-Fátima, composta pelo bispo local, uma das partes diz o seguinte:«Dá-me a certeza de não estar só, mas de saber e querer-Te próximo...»

A minha dúvida é se a construção está correcta, ou se não deveria repetir-se o pronome, o que ficaria: «saber-Te e querer-Te próximo...»

Desde já agradeço a resposta.

Raul Saraiva Estudante Leça da Palmeira, Portugal 6K

 A pergunta que vai levar os portugueses às urnas no próximo dia 11 de Fevereiro não pára de me suscitar uma dúvida, de cada vez que a leio: «Concorda com a despenalização da interrupção voluntária da gravidez, se realizada, por opção da mulher, nas primeiras 10 semanas, em estabelecimento de saúde legalmente autorizado?»

Se ignorarmos o complemento determinativo «da interrupção voluntária da gravidez» da frase, não se torna claro e evidente que o sujeito de todas as acções que a seguir se referem na frase dizem respeito, na verdade, à «despenalização»? Isto é, no fundo, pretende-se saber se concordamos com a «despenalização, se realizada (...) em estabelecimento de saúde legalmente autorizado», o que, obviamente, não faz qualquer sentido?

Gostaria muito que me esclarecessem esta dúvida, pois parece-me lamentável que tal tenha escapado aos mais altos representantes deste país.

Obrigado.

Teresa Peres Engenheira Lisboa, Portugal 6K

 Do dicionário:

«Machismo – ideologia segundo a qual o homem domina socialmente a mulher; subalternização da mulher.»

«Feminismo – sistema que preconiza a igualdade de direitos entre a mulher e o homem.»

«Igualitarismo – sistema dos que proclamam e defendem a igualdade social.»

Sobre isto tenho duas questões a colocar:

1. Porque não se chama «igualitarismo de género» ao «feminismo»?

2. Como se chama a ideologia segundo a qual a mulher acha que deve dominar socialmente o homem?

Maria Jordão Estudante Porto, Portugal 6K

 Qual a diferença entre criar e fundar uma associação?

Kleber Giovanni Luz Professor universitário Natal, Brasil 10K

 Gostaria que me esclarecessem uma dúvida: a expressão «virar vinagre» no texto a seguir é um eufemismo ou metáfora?

 «Agora que a velhice começa, preciso aprender com o vinho a melhorar envelhecendo e sobretudo a escapar do perigo terrível de, envelhecendo, virar vinagre.» 

Obrigado.

Pedro Silva Engenheiro Lisboa, Portugal 6K

Bom dia. Gostaria de saber antes de mais se irrigação é um termo verdadeiramente português (como acredito) ou um americanismo abrasileirado de irrigation (como me tentaram fazer acreditar). Em segundo lugar, qual o termo preferível: irrigar ou regar?

Desde já agradecido pelo excelente serviço público que prestam.

Leonel Cruz Portugal 61K

 Agradecia que me elucidassem se, no exemplo a seguir exposto, o adjectivo se encontra no grau normal ou no superlativo absoluto analítico: «A maçã é pouco doce.»

Leonardo Mozdzenski Estudante Recife, Pernambuco, Brasil 6K

 Gostaria de saber o seguinte: no caso de normas legais que não sejam divididas em artigos, como devemos ler as subdivisões I, II, III, etc., e a, b, c, etc.?

Continuamos a ler «inciso I, II, III, etc.» e «alínea a, b, c, etc.» (como nas leis divididas em artigos) ou lemos «item I, II, III, etc.» e «letra a, b, c, etc.»? Vejam o seguinte exemplo:

«PORTARIA SF N.º 183, EM 17.08.2000 o Secretário da Fazenda, no uso de suas atribuições, tendo em vista o disposto no art. 760, IV, de Decreto n.º 14 876, de 12 de março de 1991, e alterações, e considerando os danos causados pelas chuvas, ocorridas nos meses de julho e agosto deste ano, a diversos estabelecimentos de contribuintes do ICMS, em vários municípios deste Estado, resolve: I – Autorizar as Agências da Receita Estadual – ARE a fornecerem, mediante requerimento do contribuinte, no período de 16 a 31.08.2000, formulários de Notas Fiscais Avulsas – NFA, série 1, quando o requerente tenha prestado declaração acerca do perecimento, em razão das chuvas ocorridas nos meses de julho e agosto de 2000, de seus livros e documentos fiscais e de Equipamentos Emissores de Cupom Fiscal – ECF, emitindo-se o respectivo recibo discriminado; II – As NFA de que trata o inciso anterior: a) serão emitidas pelos próprios contribuintes para acobertar o trânsito de mercadorias saídas do respectivo estabelecimento e para o correspondente registro nos livros fiscais; b) ficam dispensadas do acompanhamento do Documento de Arrecadação Estadual – DAE quitado, correspondente à operação ou à prestação, devendo constar, no campo "Observações", a expressão: "Documento fiscal emitido conforme Portaria SF n.º ......../......"; c) serão lançadas no Registro de Saídas do estabelecimento, para efeito de apuração do imposto devido no período; III – Nas operações e prestações com destino a outra Unidade da Federação, o contribuinte deverá obter visto, na NFA emitida nos termos do inciso anterior, na primeira unidade fiscal de Pernambuco por onde passar a mercadoria; IV – As ARE referidas no inciso I manterão registro do contribuinte requerente, indicando a quantidade e a numeração dos documentos fornecidos, para posterior fiscalização; V – Fica limitada a 50 (cinqüenta) a quantidade máxima de NFA a ser fornecida, por contribuinte, devendo cada novo fornecimento ser precedido da prestação de contas, à ARE fornecedora, das NFAs relativas ao fornecimento imediatamente anterior; VI – O quadro "Responsável pelo Preenchimento" da NFA não deverá ser preenchido pelo contribuinte; VII – Até o dia 11.09.2000, o contribuinte que tenha utilizado NFAs na forma prevista no inciso I deverá devolver à ARE do seu domicílio fiscal: a) as 2.as vias das NFA utilizadas; b) todas as vias das NFA não utilizadas; VIII – Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação, produzindo efeitos a partir de 16.08.2000; IX – Revogam-se as disposições em contrário. Jorge Jatobá, Secretário da Fazenda.»

Beatriz Nolasco Revisora Lisboa, Portugal 3K

Gosto muito do "visual" do novo sítio.
Gostaria de saber se o termo culinário «creme pasteleiro» deverá ser «creme de pasteleiro». Vi em vários livros de cozinha, mas aparece das duas formas.
Muito obrigada.