Gostaria que observassem a frase: «No Sermão da Sexagésima, Vieira critica os padres que não "saem a semear", evidenciando a importância de se pregar longe do conforto da corte.» Nela, o emprego do gerúndio está correto? Disseram-me que é errado usar o gerúndio quando nos referimos a um acontecimento/fato/crítica passados. Contudo, se o meu texto é escrito no tempo presente, qual o problema?
Muito obrigada e parabéns pelo trabalho!
Gostaria de saber em que casos se usam estas duas locuções.
Lendo Mau Tempo no Canal, de Vitorino Nemésio (edição da Relógio de Água Editores, Lisboa, 2004), encontro frases, palavras e expressões que desconheço.
Muito grato ficava se me pudessem esclarecer qual o seu significado.
Assim:
Pág. 124, Capítulo X: «sinais dobrados».
Pág. 126, Capítulo X: «dormir a lastro».
Pág. 138, fim do Capítulo XI: «... como Nós-Padre e Nós-Pedro que é tudo estravanquear».
Pág. 164, penúltima do Capítulo XV: «Meninas bispetas» (Serão meninas ricas e muito mimadas?).
Pág. 164, idem: «Cal´te siquer!»
Ao todo são quase três dezenas de dúvidas que irei enviando aos poucos conforme as instruções que tiveram a amabilidade de me informar.
Meus agradecimentos desde já.
Gostaria de saber que lugar ocupa a língua portuguesa nas línguas mais faladas no mundo. E quais são as línguas mais faladas no mundo. Encontro informação contraditória e aqui, no ciberdúvidas, a informação já é antiga.
Gostaria de transmitir uma informação correcta aos alunos.
Muito obrigada pela atenção!
Gostaria que me explicassem a formação da palavra vizinhança.
Obrigada!
Deve escrever-se "fotointerpretação", ou "foto-interpretação"?
«Ele fazia de tudo para não se envolver em riscos nas batalhas, vale dizer, era um covarde.»
A expressão «vale dizer» deve mesmo vir entre vírgulas?
Obrigado.
Nas frases de tipo imperativo, pode-se utilizar o ponto final ou o ponto de exclamação. Gostaria de saber quando é que se deve utilizar o ponto final e o ponto de exclamação nas frases de tipo imperativo. Quando se dá uma ordem, deve-se utilizar o ponto de exclamação? Obrigada.
O meu amigo Pedro Costa Ferreira enviou-vos uma série de questões relacionadas com o Acordo Ortográfico de 1990 (AO1990). As vossas respostas têm servido diversas vezes para esclarecer pontos em que discordávamos.
No entanto, algumas (uma minoria) das vossas respostas recentes deixaram a desejar...
Ahn. Em em relação a uma pergunta sobre a palavra ahn contida no Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa (VOLP) da Academia Brasileira de Letras (ABL), V/ afirmaram que: «A ABL é soberana na adopção das variantes adequadas à sua comunidade linguística.» Ora, a ABL não é soberana coisa alguma. A ABL é legalmente obrigada a respeitar as leis brasileiras, e o AO1990 é atualmente lei brasileira. A ABL talvez (é mesmo só talvez) tenha autoridade para interpretar o AO1990 no Brasil, mas não tem autoridade para o desrespeitar. O vocábulo ahn claramente desrespeita o AO1990. Talvez desrespeitasse também regras anteriores ao AO1990, mas não é essa a questão em disputa.
Sernachense. Na mesma pergunta V/ responderam que «a forma "sernachense" não [é] aceite em português europeu». Errado. Errado porque o AO1990 e AO1945 aceitam grafias arcaicas de firmas, nomes e designações comerciais em determinadas situações. A grafia de Grupo Desportivo Vitória de Sernache é portanto correta, ainda que o topónimo seja Cernache. Logo os adeptos do dito clube são "sernachenses", ainda que passem a ser cernachenses quando sejam habitantes de Cernache.
Côa. Aqui afirma-se que «Não há nada no novo AO que recuse o acento em Côa». A bem dizer, nada há de novo que estabeleça esse acento. Porque o AO1990 simplesmente estabelece regras; não indica as regras ortográficas precedentes que são alteradas. Não havendo — na vossa opinião — regra alguma no AO1990 que sugira haver acento em coa, tal acento não deve ser utilizado. Mas essa v/ resposta contém mais erros. Primeiro porque o AO indica efetivamente que «prescinde-se de acento gráfico para distinguir palavras oxítonas homógrafas, mas heterofónicas...». Claro que isto também se aplica a coa. Além disso, o encarte de correções que a ABL fez circular após a publicação do VOLP indica explicitamente que se escreve coa e não mais côa.
A vossa resposta parece também sugerir que o texto do AO não se esclarece o que fazer com pera/pêra, pêro/pero, «não obstante também NÃO figurarem [...] no texto do novo AO». Novo erro. Parece que estes casos estão cobertos pelo texto do AO1990 quando este afirma: «Prescinde-se, quer do acento agudo, quer do circunflexo, para distinguir palavras paroxítonas que, tendo respetivamente vogal tónica aberta ou fechada, são homógrafas de palavras proclíticas» e «prescinde-se igualmente de acento gráfico para distinguir paroxítonas homógrafas heterofónicas».
Gratos pelo vosso trabalho. É o respeito que tenho pela vossa atividade que me leva a salientar estas imprecisões. Se for eu a estar errado, os vossos esclarecimentos são bem-vindos.
Gostaria de saber se é correcta a expressão a seguir, que às vezes vejo ser utilizada por colegas médicos ao redigir relatórios:
«É possível identificar-se três nódulos... etc.»
Não seria mais correcto «É possível identificar...»?
Este é um espaço de esclarecimento, informação, debate e promoção da língua portuguesa, numa perspetiva de afirmação dos valores culturais dos oito países de língua oficial portuguesa, fundado em 1997. Na diversidade de todos, o mesmo mar por onde navegamos e nos reconhecemos.
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