Consultório - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
Início Respostas Consultório Classe de palavras: locução
Maria Conceição Docente Lisboa, Portugal 16K

No vosso item 14 714, «Encanar a perna à rã», têm o significado da expressão. Gostaria de saber se me sabem indicar a origem desta expressão.

Obrigada.

António Sá Téc. de informática Maia, Portugal 9K

Qual a origem da expressão «roubo de igreja», quando, num jogo de futebol, uma das equipas é claramente favorecida?

Cristóvão Pateguana Programador Maputo, Moçambique 35K

Há muito que eu gostaria de saber o significado do provérbio «Estão matando cachorro a grito».

Maria Branco Estudante Ponta Delgada, Portugal 46K

Na frase «A seguir, vou estudar Português» o que é «a seguir»? Trata-se de uma locução adverbial de tempo?

Obrigada.

Georgiana Bărbulescu Tradutora Lisboa, Portugal 13K

Gostaria de saber o significado do provérbio «quem porfia mata caça».ă

Obrigada.

Luísa Silva Eng. informática Porto, Portugal 6K

Tenho ouvido a expressão «saudinha da grada» por parte de um colega meu, mas no entanto não consigo perceber:

— primeiro: se realmente existe,

— depois: se esta é a forma correcta de a escrever,

— caso exista: qual o seu sentido, e

— finalmente: a razão de ser da expressão, ou seja, de onde provém, qual a sua história e significado.

Ney de Castro Mesquita Sobrinho Vendedor Campo Grande, Mato Grosso do Sul, Brasil 16K

No Brasil, até há poucos anos, ouviam-se de pessoas, normalmente incultas e de origem rural, orações como estas: «Comprei as ferramentas por mode que preciso delas para o trabalho», «Você vai à feira por mode quê?», «Estou ajuntando dinheiro pro mode comprar uma mesa», «Pru mode de que a senhora quer falar com a minha filha»; «Aprumode que as moças estão fazendo um bolo.»

Como podeis observar, nelas aparecem as locuções «por mode», «pro mode», «pru mode», «aprumode». Sempre que as ouvia, já desde a minha infância, elas chamavam-me a atenção e deixavam-me encabulado, pois mal entendia o seu significado. Tempos depois, quando eu já era adulto, nunca pude descobrir a real origem das mesmas.

Tudo o que sei de fato a seu respeito é o seguinte: a) Que eram consideradas do dialeto caipira do Brasil falado por pessoas, em geral de pouca instrução, do campo ou de cidades do interior do país. b) O seu uso se dava em todo o território brasileiro. c) É possível que estas expressões ainda não tenham morrido de todo no Brasil hodierno. d) O significado delas, ao que parece, são por causa, por que razão (ou motivo), por que, para.

Quanto à origem dessas expressões, não encontrei nada de certo, porém, há pouco, descobri, pelo Diccionario da Real Academia Galega em linha, que em galego existe a locução «por mor de», a qual, segundo o mesmo, «Indica a causa, o motivo de que algo suceda». Pelas similitudes fonéticas e semânticas entre a locução galega e a primeira das expressões acima mencionadas («por mode»), comecei a imaginar que esta poderia ser uma derivação deturpada daquela, a qual teria passado ao português do Brasil através dos dialetos do Norte de Portugal. Então, «por mor de» teria virado, possivelmente aqui no Brasil mesmo, «por mode», sendo esta, por sua vez, também distorcida para «pro mode», «pru mode», «aprumode».

Em plena dúvida quanto ao assunto acima ventilado, recorro à luz refulgente deste sol de primeira grandeza chamado Ciberdúvidas.

Muito obrigado.

Elisabete Moiteiro Professora Leiria, Portugal 5K

Gostaria de saber qual a tradução da frase: «échelas usted más blandas» (Cena II), da peça de teatro Falar Verdade a Mentir, de Almeida Garrett.

Sofia Ferreira Estudante Lisboa, Portugal 11K

Gostaria de saber em que situações se empregam «de entre» e «por entre».

Obrigada.

Gilson Celerino Estudante Hanôver, Alemanha 6K

Após leitura da seguinte resposta, tive dúvidas quanto à ocorrência ou não da crase nesse caso. Antes, estava certo de que não ela não ocorria.

Ora, diz que a língua não se rege apenas por princípios lógicos, mas, basicamente por eles, havemos de convir. Por isso, acho mesmo normal que se questione a utilização de "à vela", e não me dou por satisfeito com a resposta de que foge à lógica.

Tenha-se também em conta que o Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa, versão eletrônica, acolhe no verbete vela a locução «a vela», como a seguir transcrevo:

«a v[ela]

movido pela força do vento

Ex.: embarcação a v[ela]»

Quer dizer então que ainda não há uma estabilidade de uma ou outra forma.

Caso tenha mais informações que justifiquem o emprego de «à vela» em detrimento de «a vela», que acho melhor, peço-lhe que me enriqueça com elas.

Muito obrigado.