Como podemos definir ditongo nasal átono?
Toda a informação a que já tive acesso sobre as palavras proparoxítonas refere que o acento tónico recai na antepenúltima sílaba e que é marcado graficamente. Assim sendo, tenho dificuldades em classificar a palavra maresia, pois ela apresenta características de uma falsa esdrúxula, no entanto não leva acento gráfico. Pode alguém explicar-me o que realmente acontece com esta palavra?
Obrigada!
Como se classificam, quanto ao número de sílabas e quanto à acentuação, palavras como guarda-chuva e retirá-lo?
Escreve-se "magnificamente", ou "magníficamente"?
Qual o diminutivo da palavra fórum?
Por que hermenêutica, propedêutica e terapêutica são acentuados e os correlatos hermeneuta, propedeuta e terapeuta não são?
P. S.: Também sou professor de Redação Forense, por isso a preocupação com a gramática normativa.
Antecipadamente grato por sua munificência.
«O sentido da regra é a simplificação [Iluminou-me!]. Pára tem tido acento para não se confundir com a preposição para, mas a verdade é que o contexto normalmente evita a confusão.
Tem de aceitar que as frases que apresenta são todas agramaticais, se considerarmos a grafia para sempre uma preposição [Tenho de aceitar? Que com a nova ortografia o texto perca coesão e gramaticalidade? Aliás, onde disse eu que era para tomar "para" sempre como preposição? Como disse, o texto resultou deu um jogo caricato entre as duas formas. Falha na interpretação lógica do texto!?]
a) Escrever duas preposições iguais seguidas contraria as regras, a não ser quando usadas enfaticamente [Aí é que está o problema. Não tenho nenhum caso desses no meu texto — nem quero ter!]
b) A vírgula no fim da terceira frase deixa a ideia em suspenso se quisermos considerar o segundo para como uma preposição [Desisto...]
c) A última frase está igualmente incompleta se considerarmos a grafia para sempre uma preposição (para isto, para aquilo e para mais aquilo… o quê?...) [Já percebi a ideia — e já percebi que não percebeu ou lhe não interessou perceber a questão em causa...]
O treino no uso da língua permite normalmente avaliar se o conjunto escrito tem coesão. Se aparentemente não o tem, o cérebro humano tende a corrigir o defeito em busca dum sentido coerente, para entender a mensagem (é essa ainda a sua grande vantagem em relação às máquinas, que ficam penduradas quando lhes aparece uma novidade no programa) [Genial!].
Por outro lado, o escritor que verdadeiramente se preocupa com os seus leitores usa as suas palavras por forma a que no contexto não haja ambiguidades (ex.: "Interrompe o que está a fazer, para que possas reflectir!") [Parece que para este Sr. uma língua se resume à prosa jornalística... Em outros registos, a ideia de se preocupar com o leitor é, no mínimo, questionável e debilitadora do que é a arte e a criação literária... Renegaremos centenas de séculos de poesia? O texto que escrevi não é legítimo? Só pode sobreviver mutilado, com o acordo? Ridículo!]
No caso de o escritor pretender a ambiguidade e não se preocupar muito com a perfeição do texto [Perfeição? Que perfeição? Poética? Musical? Gráfica? Retórica? Gramatical? Léxica? Conceptual? De conteúdo? Jornalística?], então até convém que a riqueza da língua o permita [Sem comentários...] Exemplo: "Para a decisão Alcochete, para o projecto Ota, de quem são os interesses beneficiados?” A segunda grafia de para pode dar vários sentidos à ideia: para sempre preposição permite pensar que havia interesses beneficiados quer numa solução quer na outra; com o segundo para forma verbal, o
interesse seria de todos nós, nacional… ou muito o dos defensores da margem sul?...»
Já agora, para que não restem dúvidas:
«Pára para que possas reflectir,
pára para que possas sonhar calmamente,
para que o teu trabalho seja frutuoso, pára,
pára para olhar o teu redor
com a placidez dos sábios.
Pára com as soluções gratuitas,
pára com o facilitismo imprudente
para com a melhor das intenções
singrares depois num áureo caminho.»
Gostaria que me esclarecessem uma dúvida relativa à classificação da palavra vêem quanto à acentuação.
Parece haver um hiato entre as duas vogais, o que faria deste plural paroxítono. No entanto, as gramáticas parecem agrupá-lo, assim como os seus compostos, na classe das oxítonas (fazendo a ressalva para a conservação do acento circunflexo do singular na forma do plural).
Obrigado.
Gostaria de saber qual a forma correcta de dizer o nome de determinadas localidades que começam por A, como "A-dos-Cunhados" ou "A-dos-Francos". Devemos ou não acentuar o A?
Aprendi a pronunciar estas palavras com a acentuação no -i final, mas parece que há uma tendência para se ouvir "Góbi", "Báli", porventura sob influência da pronúncia inglesa. O facto é que se diz javali, comi, entre outros vocábulos agudos terminados em -i. Também me espanta a pronúncia actual de "biquíni" (que já aparece escrito desta maneira), pois quase que jurava que há dez, vinte anos toda a gente dizia e escrevia biquini, com acentuação na última sílaba.
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