A propósito da querela que há meses agita a classe política portuguesa, gostava de saber como devemos pronunciar o acrónimo Eurojust: à portuguesa, ou à inglesa, como oiço por regra na rádio e na televisão?
E é “a” Eurojust (como vem no respectiva página oficial), ou “o” Eurojust (como vem sendo dito e escrito entre nós)?
Muito obrigado.
Ouvi hoje de manhã na rádio um participante de um jogo, ao despedir-se, dizer: «Um beijinho muito grande...» Antítese ou algo do género, não!?
Vejo e ouço repetidamente esta expressão «x quilómetros de distância» (e outras semelhantes, como «a poucos passos de distância» ou «sala com 24 m² de área») em todos os meios de comunicação. Gostaria de saber se estas redundâncias podem ser consideradas erros — não se diz 2 horas de tempo, por exemplo. A noção da grandeza em questão parece-me suficientemente implícita na unidade de medida, desde que não haja outras grandezas envolvidas (como numa relação altura-largura, por exemplo).
Obrigado.
É correto usar a preposição a na expressão «facilidade de aprendizado a novas tecnologias»? No caso, a preposição a estaria no lugar da locução adverbial «em relação a».
Gostaria de saber qual a tradução da frase: «échelas usted más blandas» (Cena II), da peça de teatro Falar Verdade a Mentir, de Almeida Garrett.
Uma encarregada de educação colocou-me uma dúvida que se prende com a utilização do termo carregado associado a pessoas. De acordo com a senhora, num jornal da noite, uma jornalista terá dito «... um avião carregado de portugueses...». A minha resposta foi afirmativa, justificando que carregado tem vários significados, entre os quais «cheio». Contudo, gostaria que confirmasse a minha resposta, uma vez que não encontrei nenhuma confirmação por escrito.
Muito obrigada.
Em sua resposta à minha pergunta sobre o significado de lunação, [A. Tavares Louro] disse-me que a mesma significava «metade do tempo de uma revolução da Lua». Corrija-me se eu estiver errado, mas numa revolução da Lua, que é um período de tempo cuja duração é de 29,53059 dias, o satélite apresenta quatro fases, quais sejam lua nova, lua crescente (ou quarto crescente), lua cheia, lua minguante (ou quarto minguante). Assim sendo, o tempo correspondente às luas nova e crescente poderia ser considerado um semilúnio; o tempo das luas cheia e minguante, outro. Aliás, semilúnio é, segundo os seus esclarecimentos, apenas um tempo, não um aspecto ou aparência da lua durante as fases da sua revolução.
Ocorre que o dicionário Aulete Digital, em linha, diz, ao definir a palavra semilúnio, que ela significa «meia-lua». Ao determinar o sentido desta última, diz textualmente: «Aparência da lua quando se mostra em meio círculo (no quarto crescente ou minguante)». Logo, para esse léxico, semilúnio tanto pode ser a lua crescente como a minguante, sendo outrossim apenas um aspecto e não um tempo.
Isto posto, pergunto-lhe: é lícito, em português, chamarmos de semilúnio a lua crescente e também a lua minguante?
Por favor, uma resposta clara e objetiva.
Muito obrigado.
Momento comovedor, ou comovente?
Gostava que me explicassem o significado da expressão «caminho de pé posto», e se tem ou não hífen entre pé e posto.
Obrigada.
Queridos amigos do Ciberdúvidas:
Hoxe, lendo un fragmento dunha carta do Padre Vieira (Carta LXIII Ao padre André Fernandes. Volume I de Cartas, Antônio Vieira, Globo Editora, São Paulo 2008), reparei neste uso do pretérito máis-que-perfeito: «e posto que já não tem lugar, fora melhor que aqueles livros o tiveram no fogo, que em casa tão sagrada...» Súpetamente me relembrei dunha copla ou cántiga popular que vezaba cantar ou declamar miña avoa:
«Se o mar tivera varandas,
Fora-te ver ó Brasil.
Mais o mar non ten varandas,
Queridiño por onde hei d´ir.»
Como eu non vos son nada dubidado, ipso facto ordenei de vos enviar a consulta ou pregunta que a seguir vos enuncio: ¿Subsiste na actualidade, onde queira que for, dentro das moitas e diversas variantes dialectás existentes no noso idioma, ese xeito de utilizar o pretérito mais-que-perfeito con valor condicional? So me refiro a este caso apuntado e non ó outro no que o citado mais-que-perfeito pode facer as veces de pretérito imperfeito de conjuntivo, feito que curiosa e fortuitamente tamén aparece nos dous exemplos por min asinalados.
Mando-vos os meus parabés e animo-vos a que sigades realizando este magno labor cinco días na semana que é digno de todo encomio. Podedes-vos gabar polo tal. Un abrazo sincero e agradecido.
Este é um espaço de esclarecimento, informação, debate e promoção da língua portuguesa, numa perspetiva de afirmação dos valores culturais dos oito países de língua oficial portuguesa, fundado em 1997. Na diversidade de todos, o mesmo mar por onde navegamos e nos reconhecemos.
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