Pergunta:
Numa instituição, ouvi há dias um termo de que desconheço o sentido: estacionário.
Qual a sua origem? Qual a razão da ideia de algo que está parado, imóvel? Em que situações é utilizado?
Através de pesquisa nas respostas publicadas, verifiquei que há uma resposta sobre essa palavra, mas continuo com dúvidas.
Resposta:
A palavra estacionário é comum no vocabulário das artes gráficas e refere-se a todos os produtos que incorporem a identidade gráfica de uma organização, sobretudo em suporte papel ou em formato digital. O estacionário inclui o papel de carta, os envelopes, os cartões de visita, as pastas, os documentos contabilísticos (faturas e recibos, por exemplo) personalizados e/ou timbrados, isto é, com o logótipo e a designação da organização. Pode ainda englobar guias de transporte e remessa, folhetos publicitários, cartazes, e tudo o que permita identificar graficamente a organização.
A palavra não consta nos dicionários gerais, mas integra o vocabulário especializado das artes gráficas.
Etimologicamente, a palavra pode derivar do latim stationarius (estacionário). O estacionário* era o comerciante, o vendedor, uma espécie de livreiro que na Idade Média detinha os exemplaria (exemplares), cópias oficiais dos manuais universitários, licenciadas pelas universidades e consideradas autênticas, corretas. Esses exemplares eram compostos por cadernos independentes, cada um deles constituindo uma pecia (peça). Mestres, estudantes e copistas alugavam ao estacionário estas peciae (peças). As peças eram então copiadas, e em cada uma delas era colocada pelo copista uma marca personalizada, um sinal próprio que permitia identificar e controlar as unidades copiadas, servindo ainda como unidade de trabalho (trabalho à peça). O estacionário ou vendedor estacionário localizava-se em torno das universidades e tinha uma loja ou ponto fixo de venda, nisso se distinguindo dos demais vendedores medievais que eram essencialmente ambulantes. Dessas peças (pertença) do estacionário medieval que ostentavam a marc...