Paulo J. S. Barata - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
Paulo J. S. Barata
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Paulo J. S. Barata é consultor do Ciberdúvidas. Licenciado em História, mestre em Estudos Portugueses Interdisciplinares. Tem os cursos de especialização em Ciências Documentais (opção Biblioteca e Documentação) e de especialização em Ciências Documentais (opção Arquivo). É autor de trabalhos nas áreas da Biblioteconomia, da Arquivística e da História do Livro e das Bibliotecas. Foi bibliotecário, arquivista e editor. É atualmente técnico superior na Biblioteca Nacional de Portugal.

 
Textos publicados pelo autor

Lendo o que se escreve na comunicação social portuguesa, Paulo J. S. Barata dá com outro erro recorrente, o da troca de houve por ouve.

É realmente inaceitável como num jornal de referência como o Expresso (n.º 2119, de 8 de junho de 2013, "Caderno Principal", p. 6) se deixa passar uma destas!

Outro equívoco frequente assinalado por Paulo J. S. Barata.

«Querer não é poder. Quem pôde quis antes de poder só depois de poder. Quem quer nunca há de poder, porque se perde em querer.»
Fernando Pessoa

Um apontamento de Paulo J. S. Barata sobre mais um caso caricato de troca de palavras.

O Expresso (n.º 2119, de 8 de junho de 2013, Atual, p. 7) traz um extenso texto sobre a descoberta de uma versão inédita do primeiro poema publicado de Luís de Camões que ficou conhecido como "Aquele último exemplo".

Pergunta:

Para efeitos de realização de índice onomástico, como se devem alfabetar apelidos apostrofados (ex.: Ferrand d´Almeida, Manuel d´Andrade, etc.)?

Resposta:

Nos casos que refere, «Ferrand d´Almeida» e «Manuel d´Andrade», considera-se para efeitos de alfabetação num índice onomástico: «Almeida, Ferrand de» e «Andrade, Manuel de». A partícula apostrofada é, no caso, irrelevante, porque na tradição portuguesa ela não integra o apelido. Note, porém, que é sempre necessário analisar caso a caso, e de acordo com as tradições onomásticas nacionais, pois no caso de apelidos estrangeiros, como, por exemplo, «Martin D´Arcy», «Pierre D´Abeville» ou «Maria D´Addezio», aquele d faz parte integrante do apelido, formando uma única palavra, alfabetando-se, por isso, «D´Arcy, Martin», «D´Abeville, Pierre» e «D´Addezio, Maria».

Os resumos dos filmes e outros programas dos canais por cabo portugueses teimam num velho erro, assinala Paulo J. S. Barata.