Paulo J. S. Barata - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
Paulo J. S. Barata
Paulo J. S. Barata
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Paulo J. S. Barata é consultor do Ciberdúvidas. Licenciado em História, mestre em Estudos Portugueses Interdisciplinares. Tem os cursos de especialização em Ciências Documentais (opção Biblioteca e Documentação) e de especialização em Ciências Documentais (opção Arquivo). É autor de trabalhos nas áreas da Biblioteconomia, da Arquivística e da História do Livro e das Bibliotecas. Foi bibliotecário, arquivista e editor. É atualmente técnico superior na Biblioteca Nacional de Portugal.

 
Textos publicados pelo autor
Um «a fim» nada «afim»

«Afim de capturarem um perigoso terrorista a CIA estende-lhe uma armadilha contando para tal com a ajuda de um sósia do criminoso» (sinopse do filme Caça ao Terrorista, exibido em 27 de agosto (21h30), no canal Hollywood.

 

O que deveria lá estar era a locução «a fim de», que significa «para», «para que», «com o propósito/a finalidade/o intuito/o objetivo/a intenção de», e não o adjetivo afim, que significa «que tem afinidade, semelhança ou ligação». (...)

«No sábado empocharam novo troféu e com o maior mérito», referia Alberto do Rosário, a propósito da conquista da Supertaça por parte do Futebol Clube do Porto, na coluna Bilhar Grande (Record, 12 de agosto de 2013, p. 40).

«Sitiada no segundo piso do estádio, com acesso pela porta 27, a Benfica TV ocupa uma zona reservada a camarotes» (Sábado, n.º 485, 14 a 21 de agosto de 2013, p. 87).

Não me parece que esta palavrita venha a vingar no tirocínio para a entrada no léxico mas aqui fica. Descobri-a pela pena de Arménio Rego, professor da Universidade de Aveiro, e Miguel Pina e Cunha, professor da Nova School of Business and Economics (Expresso, Economia, de 27 de julho de 2013, p. 20). Aparentemente formada por aglutinação a partir das palavras humildade e ambição, “humbição” seria assim uma mesc...

A propósito dos presumíveis autores dos incêndios que, por estes dias, fustigam Portugal, refere um leitor do Público:


«Quem foram essas pessoas? Residentes locais, moradores perto das zonas ardidas? Pessoas com atividade suscetível de beneficiar da terra queimada? Madeireiros? Pastores? Criadores de gado? Dementes mentais? […]» (14 de agosto de 2103, p. 44; grafia atualizada por nós).