Onésimo Teotónio Almeida - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
Onésimo Teotónio Almeida
Onésimo Teotónio Almeida
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Onésimo Teotónio Almeida (Pico da Pedra, Açores, 1946) é um escritor português.

 
Textos publicados pelo autor
A língua, condicionante do pensamento?
Uma ideia muito alardeada mas pouco rigorosa

«Na Alemanha do século XIX falava-se da língua como se de um ser vivo, com alma, se tratasse. Ela captava o espírito (Geist) de um povo, mas tinha como que vida própria. No início do século XX, foi nos Estados Unidos da América que Edward Sapir, e depois o seu discípulo Benjamin L. Whorf, deram finalmente corpo à hoje chamada "hipótese de Sapir-Whorf", que gozou durante muitos anos de enorme popularidade entre antropólogos e linguistas.»

Considerações do escritor e professor universitário Onésimo Teotónio Almeida sobre a relação entre língua e pensamento, com breve referência ao impacto da hipótese Sapir-Whorf em ensaios de alguns intelectuais portugueses, entre os quais se conta Eduardo Lourenço (1923-2020). Transcreve-se com a devida vénia um excerto do capítulo "Reflexões sobre a língua – o que ela não é nem pode ser", do livro A Obsessão da Portugalidade (Lisboa, Quetzal, 2017, pp. 98-104). Título e subtítulo atribuídos pelo Ciberdúvidas.

Saudade – um mistério sem mistério
A diferença (cultural) entre o portugês e o inglês

«[C]onvidaram-me a uma mesa-redonda onde fui bombardeado com perguntas, a primeira das quais, a inevitável: O que significa exactamente "saudade", termo ouvido tão insistentemente e referido como algo que ninguém não-português consegue apreender?» A pergunta é o ponto de partida para uma crónica do escritor e professor universitário Onésimo Teotónio Almeida, que desvela os supostos arcanos da palavra saudade (texto publicado pelo Jornal de Letras de 2/03/2016).

Que Nome é esse ó Nézimo?
Por Onésimo Teotónio Almeida

Reedição das principais crónicas, publicadas na imprensa portuguesa entre a década de 70 e o princípio dos anos 90, do escritor e professor universitário açoriano Onésimo Teotónio Almeida radicado nos EUA.

Tema comum o português e os anglicismos – melhor: os americanismos – que foram entrando (alguns até pela porta do cavalo...) nos últimos anos na língua portuguesa. Incluído por via de muitas más traduções, como delas escreve(u) também com irresistível ironia Onésimo Teotónio Almeida. Mais simplesmente Nésimo, como dizem os seus compatriotas da «Lu(USA)lândia», e cuja crónica, a última por sinal, deu o título a este livro das Edições Salamandra, Lisboa. E além da história dos Onésimos, há também a dos "telefones sem cordão" (uma má tradução que veio num jornal português de "cordless phone"), quando os telefones sem fio ainda eram uma novidade. Ou à volta da bem maior criatividade brasileira em tudo o que diz respeito à nossa língua comum. Caso da tradução da cadeia de supermercados americana Stop-and-Shop para Peg-e-Pag...

Em Que Nome é esse ó Nézimo? E Outros Advérbios de Dúvida o autor faz ainda referência a termos e expressões como "implementar" e a "implementação", o "parcar o carro" e o "é suposto", a "mãe hospedeira", os "marketings", os "manegements" ou os "sales indexes", etc., etc., etc.

Cf. «E um verso em branco à espera de futuro»