v - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
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Textos publicados pelo autor
<i>Gramática Derivacional do Português</i> (2.ª edição)
Por Graça Rio-Torto, Alexandra Soares Rodrigues, Isabel Pereira, Rui Pereira e Sílvia Ribeiro

Segunda edição, três anos depois do lançamento desta obra, assim resumida na respetiva sinopse,  nas páginas da Imprensa da Universidade de Coimbra:

 «Nesta Gramática Derivacional descrevem-se os mecanismos, os recursos e os produtos de formação de palavras do português contemporâneo, usando uma linguagem acessível mas assente em aturada investigação por parte dos seus autores, docentes universitários com larga experiência em pesquisa sobre o léxico. Com base nos dados do português europeu e em alguns do português do Brasil, percorrem-se os processos de sufixação (construção de nomes, de adjetivos e de verbos), de prefixação, de composição (erudita e vernácula) e de construção não concatenativa (cruzamento, truncação, siglação, acronímia). A morfologia e a semântica das palavras construídas – sejam isocategoriais ou heterocategoriais – são analisadas tendo em conta as bases que as compõem, os afixos que nelas ocorrem, os processos e as restrições de combinatória, e as áreas denotacionais dos produtos. Precede a descrição dos diferentes paradigmas u...

<i>Novo Dicionário de Comunicação</i>
Por Alexandre Borges, Alexandre Luz, Gabriel Santos, Joana Valeriano, Madalena Botelho, Pedro Correia, Ricardo Coutinho, Rodrigo Moita de Deus, Rui Estrela, Salomé Serra, Sara Dias, Tiago Teixeira e Tomás Aranha

O mundo da comunicação tem vivido transformações tão intensas e de tão grande celeridade que se mostra pertinente a realização de um dicionário sobre esta temática. A atualização permanente exige-se nesta área.

Um grupo de jornalistas portugueses escreve sobre comunicação de massas, elaborando o Novo Dicionário Comunicação da Editora Chiado, outubro de 2015. São autores Alexandre Borges, Alexandre Luz, Gabriel Santos, Joana Valeriano, Madalena Botelho, Pedro Correia, Ricardo Coutinho, Rodrigo Moita de Deus, Rui Estrela, Salomé Serra, Sara Dias, Tiago Teixeira e Tomás Aranha;  Luís Paixão Martins faz o prefácio. É uma obra dirigida a profissionais da comunicação social, estudantes desta área e todos aqueles interessados em fenómenos da comunicação social, do jornalismo, do marketing e da comunicação, no geral,  sensibilizando-os para as novas terminologias que estão sempre a evoluir no mundo globalizado. Nesta perspetiva, não é de estranhar que os anglicismos técnicos, fundamentais para quem se preocupa em se manter informado sobre o que se passa pelo mundo, sejam parte integrante da obra. Como em qualquer dicionário, a pesquisa faz-se por ordem alfabética.

Pena é que o News Museum, entidade promotora desta obra, um espaço em Sintra tornado biblioteca para aqueles que se interessam pela história das estórias dos meios de comunicação social, tenha adotado um anglicismo para o seu nome no contexto português, cujo idioma nacional é, já por si...

<i>Falar bem, Escrever melhor</i>
Por Sandra Duarte Tavares

Falar bem, Escrever melhor, de Sandra Duarte Tavares, revela-se de grande interesse para aqueles que apreciam a língua portuguesa. É marcado por uma certa inovação, num período em que as livrarias são inundadas por obras que remetem para a boa escrita e utilização do português.

Não se cinge somente ao domínio da identificação de erros comuns e na sua correção, no plano ortográfico, fónico, semântico e sintático, mas vai bem mais longe. Preocupando-se com as técnicas de discurso, com a retórica, com a escolha criteriosa das palavras, com a boa articulação discursiva com o fito de comunicar de forma mais eficaz e com impacto, refere-se à importância da boa comunicação oral e boa escrita em textos utilitários, como cartas de respostas a anúncio, cartas de candidaturas espontâneas, cartas comerciais, requerimentos como forma de destaque na comunidade e de inserção social.

Explica as características e a essência dos atos comunicativos que interiorizados podem ser instrumentos de falar bem e escrever melhor.

Em suma, é um livro direcionado à boa comunicação, em que o domínio da língua portuguesa detém o principal papel.

Filipe Carvalho

<i>Cruz Credo, Bate na Madeira</i>
Por Andreia Vale

 A  jornalista Andreia Vale, no seu segundo livro intitulado Cruz Credo, Bate na Madeira...E outras 113 superstições do nosso dia-a-dia, selecionou um conjunto de procedimentos ilustradores da superstição coletiva da comunidade. A eles estão associadas expressões e vocábulos de grande carga simbólica.

No primeiro capítulo, desenvolve a temática referente à superstição clássica e coletiva a que é sensível a grande maioria das pessoas. Fala-se em bater na madeira, do número 13, dos gatos pretos, em abrir um guarda-chuva dentro de casa. Mas a autora não se limita a apresentar as situações – procura também explicar a sua origem. O segundo capítulo é dedicado à mãe-natureza e a toda simbologia inerente a cada elemento. Enumera as gaivotas, os cisnes, os relâmpagos, os abutres, a Lua, o lobisomem e o vampiro. Depois, passa a apresentar a ação dos amuletos e talismãs no respeitante à proteção contra certos malefícios. Cita-se, entre outros, o trevo de quatro folhas, a ferradura, a pata de coelho, ou a estrela de David. Outras superstições são referidas, no capítulo do casamento: como não deixar que nos varram os pés, a aliança, o noivo – que não pode ver a noiva antes do casamento –, o lançar arroz e pétalas de rosa, o atirar o ramo da noiva, entre outros.

O desenvolvimento do tema remete para outros campos, como a ideia de que os bebés vêm das cegonhas, dizer santinho quando alguém espirra, bater com os tachos no fim do ano, a simbologia endógena às cores ou aos alimentos, as superstições relacionadas com...

<i>Doze Segredos da Língua Portuguesa</i>
Por Marco Neves

Um livro que constitui uma novidade no contexto das muitas publicações respeitantes ao uso da língua portuguesa. Na verdade, Marcos Neves afasta-se do tradicional discurso censório e até inquisitorial sobre gramática e norma, para, em contacto com a história e com a atualidade, apresentar uma língua portuguesa dinâmica, falada por indivíduos e comunidades capazes de descobrir criticamente a sua identidade e viver sem medo de inovações nem influências exteriores.

Na sua maior parte, esta obra resulta das observações, reflexões e comentários que o autor tem produzido ao longo dos últimos anos no blogue Certas Palavras e agora reúne em volume, pondo estes conteúdos ao alcance de quem se disponha a vencer o preconceito e a ver o português com outros olhos – tanto na interpretação do passado como na avaliação do presente. Marco Neves desvela, assim, o caráter galego da língua no alvor da sua história; salienta as especificidades das várias normas do português, em especial das que contrastam o português europeu com o português brasileiro, apelando a um exigente sentido de contextualização e sem entrar em velhas desvalorizações mútuas; e atreve-se a criticar o vezo – que não é exclusivo das culturas de língua portuguesa – de, no espaço público e quantas vezes em privado, se manipular a norma-padrão para a caça ao erro.

Tudo isto e muito mais faz deste livro uma novidade em Portugal, embora, ao propor uma visão mais crítica e menos mítica da língua e dos seus usos, encontre paralelo noutros espaços linguísticos. Bastará mencionar, no âmbito do inglês, as obras já clássicas de