José Mário Costa - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
José Mário Costa
José Mário Costa
96K

Jornalista português, cofundador (com João Carreira Bom) e responsável editorial do Ciberdúvidas da Língua Portuguesa. Autor do programa televisivo Cuidado com a Língua!, cuja primeira série se encontra recolhida em livro, em colaboração com a professora Maria Regina Rocha. Ver mais aquiaqui e aqui.

 
Textos publicados pelo autor

Pergunta:

Qual é a origem da palavra Magriços utilizada aquando do Mundial de futebol de 1966?

Resposta:

Como poderá ver aqui e aqui, o nome dado aos jogadores da seleção de Portugal que disputou o Campeonato do Mundo de Futebol de 1966 baseou-se no episódio de Os Doze de Inglaterra, descrito por Camões no canto VI de Os Lusíadas. E, mais concretamente, num desses 12 cavaleiros do tempo do rei D. João I (1357-1433) que viajaram até Inglaterra para participarem num torneio em defesa de 12 damas inglesas que não tiveram quem, no seu próprio país, lhes defendesse a honra ofendida por outros tantos nobres seus conterrâneos. Chamava-se Álvaro Gonçalves Coutinho, mais conhecido como Grão Magriço (ou simplesmente o Magriço).

«Parece-nos, de facto, muito apropriada a ideia na medida daquilo que o Grão Magriço1 representa, o belo episódio que Luís de Camões canta em Os Lusíadas, um autêntico desportista que vai jogar a Inglaterra... e até ganhar» — escrevia em julho de 1966 o jornal A Bola, explicando a adoção do nome "Magriços", pela Federação Portuguesa de Futebol, para os jogador...

Pergunta:

Tenho particular interesse em conhecer a origem da expressão «pagar o pato» com sentido de «sofrer as consequências de atos praticados por outra pessoa» ou «pagar as despesas feitas por outra pessoa». Uns dizem que a palavra pato que aparece na expressão designa literalmente a ave aquática; outros estudiosos, porém, veem na palavra uma simplificação, por síncope, da palavra pacto. Afinal, qual a origem desta expressão?

Resposta:

Não há consenso sobre o significado preciso da expressão popular «pagar o pato» e, tão-pouco, quanto à sua real origem – tantas e tão diferentes são as explicações encontradas nas fontes consultadas, portuguesas ou brasileiras.

 

Significado:

•    «1) Sofrer as consequências de actos praticados por outra pessoa; 2) Pagar as despesas feitas por outra pessoa» [Novos Dicionários de Expressões Idiomáticas, de António Nogueira Santos, Edições João Sá da Costa, Lisboa].

•    «Ser vítima, sofrer as consequências» [Dicionário de Expressões Populares Portuguesas, de Guilherme Augusto Simões, ed. Perspectivas e Realidades, Lisboa].

•    «O mesmo que que pagar as favas (= pagar o outrem fez)» [Dicionário de Expressões Correntes, de Orlando Neves, Notícias Editorial, Lisboa].

•    «(...) Levar a culpa de mau feitio. Nota: A palavra pato nesta locução, segundo João Ribeiro (Frases Freitas – I – 92 ...

Uma rajada de

A errada pronuncia do plural da palavra acordo, neste  triplo tropeção do provedor da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa,no papel de comentador político na SIC Notícias

Porquê <i>jiadista</i>, e não

Versão integral da carta enviada ao semanário Expresso, que a publicou (com cortes de vários extratos) na edição de 25 de outubro de 2014 – em resposta ao que escrevera uma semana antes a colunista Ana Cristina Leonardo, no caderno Atual, sobre o Ciberdúvidas e o que aqui se recomendava quanto à grafia “jihadista"/jiadista. Acrescentou-se, no fim, uma nota a este esclarecimento.

 

 

O anómalo

Desde a reforma ortográfica de 1911 que deixou de haver palavras com o "h" entre vogais. Por isso, passou a escrever-se (em vez de ahi), coerente (em vez de coherente), exortar (em vez de exhortar), inibir (em vez deinhibir), proibir (em vez de prohibir), sair (em vez de sahir) – ...