Calem-se, por favor, mas de vez!
«'Portuguesas' e 'portugueses' não é apenas um erro e um pleonasmo: é uma estupidez.», sustenta Isabel Casanova, regressada a uma recente querela desencadeada (aqui e aqui) com uma crónica de Miguel Esteves Cardoso – lembrando neste apontamento uma iniciativa do Governo francês, em 1984, quando criou uma comissão de terminologia «encarregada de estudar a feminização dos títulos e funções, assim como, de uma maneira geral, o vocabulário respeitante às atividades das mulheres.»
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Textos publicados pela autora
Calem-se, por favor, mas de vez!
«'Portuguesas' e 'portugueses' não é apenas um erro e um pleonasmo: é uma estupidez.», sustenta Isabel Casanova, regressada a uma recente querela desencadeada (aqui e aqui) com uma crónica de Miguel Esteves Cardoso – lembrando neste apontamento uma iniciativa do Governo francês, em 1984, quando criou uma comissão de terminologia «encarregada de estudar a feminização dos títulos e funções, assim como, de uma maneira geral, o vocabulário respeitante às atividades das mulheres.»
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A colocação dos pronomes clíticos ouA proliferação dos erros induzidos As gramáticas portuguesas insistem em apresentar a regra de que os pronomes clíticos (ou pronomes átonos) ocorrem presos depois do verbo: «Ele esqueceu-se dos anos do irmão»; «ele privou-se de muita coisa.» É a regra que, sentimos vontade de dizer, é defendida por todas as gramáticas sem exceção. Celso Cunha e Lindley Cintra, por exemplo, falando do pronome átono, dizem «a sua posição lógica, normal [destacado nosso], é a ênclise» e dão como exemplo: «Agarraram-na e conseguiram a muito custo arrastá-la do quarto.» A regra parece...
Um Livro de Fábulas
em Escrita Criativa
Um livro de fábulas em escrita criativa, obra das professoras Isabel Casanova e Rita Faria destinada a alunos de Português Língua Materna e não Materna, recentemente lançada pela Plátano Editora. Esta obra apresenta-nos um conjunto de histórias, com diálogos entre seres humanos e animais, e simultaneamente instrumentos didáticos para desenvolver a prática do português e da chamada escrita criativa. Paralelamente, as autoras fizeram um livro destinado ao professor com propostas e outras informações...
Monumento público com dois erros estruturais graves
Nunca será de mais falar em regência preposicional. Tal como *ninguém necessita uma coisa, nem se *tem a certeza uma coisa, também *ninguém é alvo uma coisa (os asteriscos assinalam a agramaticalidade da construção). Neste cartaz pretende-se dizer que «o castelo foi alvo de transformações»; não foi *alvo transformações. (...)...
Ninguém *«tem a certeza uma coisa» nem *«necessita uma coisa»... Define-se regência como «a relação necessária entre duas palavras ou entre duas orações, em que uma determina a forma da outra. Contrariamente à concordância, a regência implica uma relação de dependência entre elementos, uma relação de interdependência de um regido relativamente a um regente». (...)...
