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Textos publicados pelo autor

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Gesto = «expressão facial»

Pergunta: Regressando a Os Lusíadas, reparo que a palavra gesto surge muitas vezes no texto com o sentido de «rosto» ou «fisionomia». Curiosamente, os dicionários modernos preveem esse sentido. Mas, francamente, não me lembro de alguma vez ter utilizado ou escutado, no meu quotidiano, a palavra gesto com tal intenção. Assim, o que pergunto é se esse significado é arcaico ou se, apesar de menos comum, continua a ser válido no português contemporâneo. Muito...

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O nome néon

Pergunta: Podiam esclarecer-me esta dúvida, por favor? Reparei que a palavra néon está grafada nos nossos dicionários. Contudo, por ser de origem estrangeira, temos de a escrever em itálico ou entre aspas Obrigada!Resposta: O vocábulo néon não é considerado estrangeirismo e, portanto, escreve-se em redondo, ou seja, escreve-se normalmente, sem itálico nem aspas. O facto de terminar em -n não foge às regras da fonologia e da ortografia do português, porque há...

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A expressão «pelas barbas de Neptuno/Netuno»

Pergunta: Sabe-se a origem da expressão «pelas barbas de Netuno» em língua portuguesa? Encontrei num site pouco fiável a seguinte informação: «Essa expressão, aliás, foi criada pelos homens que viviam da navegação para externar espanto em momentos de turbulência.» Há fontes estáveis que comprovem essa hipótese? Obrigada pela atenção!Resposta: A explicação apresentada pela consulente dá mais conta do contexto provável da criação da expressão do que da sua verdadeira origem, que, aliás, não se consegue...

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«Não saber nada» e «não saber de nada»

Pergunta: «Do que depender de mim, ninguém ficará a saber nada» ou «Do que depender de mim, ninguém ficará a saber de nada»? Isto no sentido de a pessoa prometer que vai guardar segredo. Obrigado.Resposta:  Os dois usos de saber são adequados ao contexto que refere na pergunta: (1) «Do que depender de mim, ninguém ficará a saber nada» = «Do que depender de mim, garanto que não direi nada e, portanto, ninguém ficará a saber nada» (2) «Do que depender de mim, ninguém ficará a saber de nada» = «Do que depender...

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Aquando vs. «aquando de»

Pergunta: Embora seja comum usar o vocábulo aquando como fazendo parte de uma alegada locução adverbial (Caldas Aulete), a verdade é que, classificando-a apenas como conjunção, o primeiro dicionário que encontrei e que o menciona é o de Cândido de Figueiredo, atribuindo-lhe os significados de ao mesmo tempo que, quando. No meu tempo de jovem, se bem me lembro, os populares usavam o termo aquando seguido do artigo (o/os, a/as). Gostaria de saber se consideram um erro o uso do artigo (aquando a) em vez da preposição (da), ou não...
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