Textos publicados pela autora
Um caso de zeugma
Pergunta: A figura de linguagem zeugma refere-se apenas à omissão de termo já mencionado dentro da mesma oração ou também à omissão de termo mencionado em oração anterior?
Exemplo: «Pedro foi ao mercado ontem. Depois passou na oficina. Quando estava indo (*), encontrou Carlos.»
Na terceira oração se omite o termo «ao mercado», mencionado na primeira oração. Nesse caso, trata-se de zeugma ou de elipse, por o termo omitido não estar na mesma oração?
Obrigado.Resposta: A elipse é um recurso que...
A formação da palavra geodestino
Pergunta: Podem dizer-me se a palavra "geodestino" existe em português?
Grata de antemão.Resposta: A palavra geodestino não se encontra averbada nos dicionários de língua portuguesa de referência. Não obstante, uma pesquisa na Internet mostra que a palavra é usada com alguma frequência, sobretudo em contextos relacionados com destinos turísticos.
Trata-se de uma palavra bem formada, composta por geo + destino, que inclui o radical geo, elemento que integra...
Conhecimento vs. conhecimentos
Pergunta: Um colega de trabalho insiste que «adquirir conhecimento sobre» (por exemplo, «adquirir conhecimento sobre matemática») está errado e que, nestes casos, é necessário utilizar o plural: «adquirir conhecimentos sobre».
No entanto, uma pesquisa no Google mostra o dobro das entradas para a opção no singular. Além disso, pesquisei nos dicionários mais populares e não vejo motivo para considerar errada a construção no singular.
Na vossa opinião, «adquirir conhecimento sobre» está errado ou causaria alguma...
Sobre disso na frase «O uso que se faça disso»
Pergunta: Sei que, diversamente do pronome ne do italiano ou en do francês, o pronome português lhe usualmente não pode empregar-se no lugar de um complemento introduzido pela preposição de, mas gostava de saber, especificamente, se é correto dizer «o uso que se lhe faça», em que o pronome lhe se substitui ao complemento introduzido pela preposição de («de alguma coisa»).
A frase soa-me correta, mas não sei se estou a contaminar a...
O uso contrastivo do advérbio já
Pergunta: No período «O transporte é público, já o corpo da mulher não», a palavra já pode ser considerada uma conjunção?
Observo que ela acrescenta, de alguma forma, uma ideia de oposição, como se fosse uma conjunção coordenativa adversativa. No entanto, não consegui encontrar nenhuma gramática que a classificasse dessa maneira.
Existe uma lacuna nos manuais ou essa classificação de fato não é possível? Já"seria, então, um advérbio? Que circunstância indicaria? E que diferença de...
