Pergunta:
Gostaria de saber qual o diminutivo de açúcar.
Muito obrigada.
Resposta:
São diminutivos da palavra açúcar: açucarinho, açucarito, açucarzinho, açucarzito e, depreciativamente, açucarzeco.
Licenciado em Línguas e Literaturas Modernas — Estudos Portugueses e Franceses pela Faculdade de Letras de Lisboa. Professor de Português.
Gostaria de saber qual o diminutivo de açúcar.
Muito obrigada.
São diminutivos da palavra açúcar: açucarinho, açucarito, açucarzinho, açucarzito e, depreciativamente, açucarzeco.
Mais uma vez obrigado pelo vosso excelente sítio.
Existe alguma lista oficial das palavras do português europeu? Se não, como se pode saber se uma dada palavra existe nesta variedade da língua portuguesa?
Por mais extenso que seja um dicionário, ele é sempre mais limitado do que o vocabulário usado oralmente. Os falantes vão criando constantemente novas palavras e aceitando palavras estrangeiras. Os meios de comunicação também favorecem o intercâmbio vocabular. Os limites são, portanto, instáveis.
Os dicionários da língua portuguesa mais desenvolvidos apresentam informações muito úteis sobre a origem e o uso particular e regional de muitas palavras. Apresentamos, portanto, as edições mais desenvolvidas publicadas em Portugal:
Grande Dicionário da Língua Portuguesa, editado pela Sociedade da Língua Portuguesa e dirigido por José Pedro Machado;
Grande Dicionário da Língua Portuguesa, edição da Porto Editora;
Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa, edição da Temas e Debates.
Gostaria de reunir o máximo de informação acerca da história das palavras-chave que indiquei. Tanto quanto sei, a sua origem etimológica provém do latim, mas gostaria de saber mais acerca da importância que tiveram na nossa língua em outras épocas, em especial antes da chamada idade moderna. Ouvi dizer que em certos povos "arcaicos" não havia distinção, ao nível do vocabulário, entre útil e inútil, e que esta distinção apenas começa com a passagem às formas patriarcais e agrícolas de sociedade, acentuando-se ao longo da Modernidade — gostaria de saber se esta hipótese tem algum fundamento e ficaria muito agradecido se me pudessem ajudar a chegar a alguma conclusão.
Muito obrigado.
Os elementos que nos são fornecidos não permitem um enquadramento no espaço e no tempo. A agricultura deve ter tido início cerca de 10 000 anos antes de Cristo, mas a pastorícia continuou ao longo dos séculos. Os Romanos eram inicialmente pastores. A sua agricultura dependia do trabalho dos escravos. A organização da sociedade era basicamente familiar e coordenada pelo Pater Familias, que significa «pai de família». Roma foi integrando os povos vizinhos até que passou a dominar os povos fora da Itália.
A Modernidade começou na Itália e na Flandres no século XV devido ao desenvolvimento do comércio das indústrias artesanais. Tudo isto corresponde a um longo período.
Na língua latina, existe o verbo utor, que significa «usar, servir-se, empregar e utilizar».
Relacionadas com este verbo, existem as palavras utilis, utile («o que é útil») e utilitas, utilitatatis («utilidade»). As palavras portuguesas correntes mantêm os significados que possuíam na língua latina.
A oposição útil/inútil já existia no latim clássico (contemporâneo de Cristo) porque inutilis/inutile significava «inútil, sem proveito, supérfluo».
Gostaria de saber se a palavra "retratismo" existe, para dar a ideia de uma forte predominância ao nível do retrato. Por exemplo, a arte romana era fundamentalmente composta de retratos (esculturas). Procurei em vários dicionários, mas não encontrei a palavra.
Obrigado pelo vosso esclarecimento.
Embora a palavra "retratismo" não se encontre ainda registada nos dicionários, é perfeitamente compreensível, porque está relacionada com retratista e com a arte de produzir retratos, que foi durante muitos séculos a fonte de rendimento de muitos artistas.
As palavras relacionadas com as ciências e as tecnologias têm normalmente origem em especialistas, mas as palavras comuns vão sendo usadas pelos falantes que as aceitam, e só posteriormente entram nos dicionários.
Os cães pertencem à família dos canídeos, a que também pertencem a raposa, o lobo e outros. O gato pertence à família dos felídeos, onde podemos encontrar o gato-bravo, o lince, os leões... Todavia, em várias câmaras municipais e juntas de freguesia, os cães continuam a pertencer à familia dos canídeos, contudo os gatos já são designados por "gatídeos".
Como bióloga, esta denominação não tem qualquer tipo de fundamento, constituindo um erro grave de denominação/organização sistemática.
Mas, no benefício da dúvida no que diz respeito ao português, fiz pesquisa em vários dicionários e em nenhum deles existia esta designação.
Queiram, por favor, tirar-me esta dúvida.
Obrigada.
Parece-nos que será muito vantajoso que venha a apresentar o seu protesto às entidades públicas que usam uma designação inapropriada para os felídeos, nomeadamente os gatos domésticos.
Os romanos eruditos registaram as formas feles/felis.
Foi destas formas cultas que se criou a designação científica felídeos (com letra minúscula), formada pelo elemento latino feles ou felis e pelo elemento grego eîdos, que significa «forma».
Felídeo é, portanto, o animal que tem a forma de gato.
O vocábulo latino popular cāttus, por intermédio da acusativo cattum > cattu-, deu lugar à palavra portuguesa gato.
O grande naturalista Lineu classificou o gato doméstico como Felis catus.
Como vemos, existem os felídeos, e não existem os "gatídeos". Esta última designação não está regist{#|r}ada nem em dicionários, nem em enciclopédias nem em compêndios de zoologia.
Este é um espaço de esclarecimento, informação, debate e promoção da língua portuguesa, numa perspetiva de afirmação dos valores culturais dos oito países de língua oficial portuguesa, fundado em 1997. Na diversidade de todos, o mesmo mar por onde navegamos e nos reconhecemos.
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