A. Tavares Louro - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
A. Tavares Louro
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Licenciado em Línguas e Literaturas Modernas — Estudos Portugueses e Franceses pela Faculdade de Letras de Lisboa. Professor de Português.

 
Textos publicados pelo autor

Pergunta:

Tendo lido recentemente o artigo de Rui Tavares, onde é referida a curiosidade sobre a manutenção do Y do rei D. José, ocorreu-me uma velha dúvida relativa ao plural do antigo real português e brasileiro. Sei que o plural original, reais, se foi fixando em réis durante o reinado de D. Sebastião, começando então a surgir em documentação de meados do terceiro quartel do século XVI até ao início do século passado.

Lendo a resposta de A. Tavares Louro, de Maio de 2007, sobre a mesma questão, fiquei sem perceber se a grafia do plural réis (com o acento agudo, portanto) se deve manter, nomeadamente em trabalhos actuais sobre história económica ou numismática (onde o termo não está de todo obsoleto), ou se se deverá optar pelo plural reis (como «reis de copas e espadas»).

Adicionalmente, também pergunto se na grafia dos nomes de moedas, como o real, o escudo, o franco ou o euro deverão ser usadas as maiúsculas iniciais, ou tudo em minúsculas.

Grato pela vossa atenção.

Resposta:

Em relação à numismática e à história económica, poderemos continuar a usar a palavra réis.

Na linguagem corrente, a palavra réis deixou de ser frequente, embora tenha persistido durante muito tempo em que a moeda legal portuguesa era o escudo. Do mesmo modo, ainda falamos de escudos quando a moeda oficial já é o euro.

Como substantivos comuns, os nomes das moedas devem ser grafados com minúscula inicial.

Pergunta:

Saberiam dizer a origem e o significado do nome Benício?

Obrigado!

Resposta:

O apelido/sobrenome Benício é a adaptação à língua portuguesa do apelido/sobrenome do santo italiano Filipe Benizi, que viveu de 1233 a 1285.

Pergunta:

Gostaria de saber qual a origem do sobrenome dos Santos.

Desde já agradeço a disponibilidade.

Resposta:

O apelido/sobrenome Santos, antecedido da preposição de, pode provir de crianças nascidas no Dia de Todos os Santos, visto que era frequente naqueles que nasciam no dia 1 de Novembro.

Este apelido/sobrenome também era usado pelos afilhados de pessoas que usavam Santos como segundo nome ou apelido/sobrenome.

Pergunta:

Qual o superlativo absoluto sintético do adjectivo incrédulo?

Resposta:

O superlativo absoluto sintético do adjectivo incrédulo é incredulíssimo.

Pergunta:

Como é mais correcto dizer-se: «existe informação a indicar o atraso ou adianto do metro», ou «existe informação a indicar o atraso ou avanço do metro»?

Resposta:

Adianto é um vocábulo que se usa em relação à informática e à botânica no que respeita ao desenvolvimento das plantas.

Em relação aos transportes, são usados os termos atraso, avanço e adiantamento, especialmente em transportes com horários flexíveis.