«Levar o Instituto Internacional de Língua Portuguesa (IILP) às pessoas, aos países. A Língua Portuguesa é fundamental, é o elo que nos liga, é a língua que nos serve de ponte» – assim define Incanha Intumbo, o novo diretor executivo do IILP, a grande prioridade do seu mandato à frente desta instituição criada pela Comunidade dos Países da Língua Portuguesa (CPLP) para defender e promover o português no espaço da lusofonia.
De passagem por Lisboa, o guineense Incanha Intumbo concedeu uma entrevista à Rádio Vaticano, na qual aponta algumas preocupações do IILP, começando pelas dificuldades dos países-membros em «regularizar as suas contribuições», que representam «a única fonte de rendimento do IILP».
«Nós compreendemos a situação, mas também não podemos ficar parados», sublinha aquele responsável, destacando Portugal, que «deu uma contribuição extra» que permite ao IILP ter dois cientistas residentes pelo período de três anos.
Já em relação à difusão e promoção da língua portuguesa na lusofonia, Incanha Intumbo espera melhorias em relação a países onde ainda persistem sérias dificuldades, como a Guiné-Bissau, Timor Leste e a Guiné Equatorial.
No caso da Guiné Equatorial, país que é mais recente membro da CPLP, o processo de assimilação do português é ainda «muito lento», pelo que vai ser criada uma «comissão nacional da Guiné Equatorial para o IILP», conforme explica aquele responsável, que fala também de «um interesse genuíno para que o português seja língua de trabalho nas Nações Unidas».
Ao portal da Santa Sé, Incanha Intumbo realça ainda ainda a ação da Igreja na promoção da língua portuguesa, dando como exemplcomo exemplo a Guiné-Bissau, onde «grandes estudos sobre a língua foram feitos por pioneiros missionários».
Ouvir a entrevista na íntegra, aqui.
Incanha Intumbo, diretor executivo do IILP, em entrevista à Rádio Vaticano, no dia 23 de julho de 2019