Sobre amores e desamores no seio da política portuguesa, numa breve notícia da revista Vidas do Correio da Manhã (24/08/2024), escreveu-se erradamente «à segunda» com o verbo haver – «há segunda». Parece que o calor do mês de agosto não está só a afetar as relações amorosas em Portugal.
O disparate da legenda ocorreu numa das transmissões televisivas da cobertura dos Jogos Olímpicos de Paris, mas nada garante que ele não se repita agora para os que se lhes seguem, os mal-denominados paralímpicos. Fossem só esses os tropeções afrancesados…
No jornal em linha Notícias ao Minuto, lê-se que Mariana Jones foi distinguida com "mensão" especial. Podia ser um daqueles erros clássicos que ocorrem com palavras homófonas, se disso se tratasse, mas não é.
A cobertura televisiva da campanha eleitoral das europeias em Portugal tem, também, passos em falso destes....
Apontamento transcrito do Observatório da Língua Portuguesa do dia 30 de junho de 2024.
O jornal desportivo Record marcou dois autogolos ao escrever a notícia sobre a possível saída de Sérgio Conceição do Futebol Clube do Porto. O primeiro autogolo foi ao usar "tive" em vez de estive, e o segundo ao usar "biforcarem" em vez de bifurcarem. Um apontamento da consultora Sara Mourato.
A confusão entre enveredar e envidar num texto jornalístico ilustra mais um caso ocasionado pelas armadilhas da paronímia, como comenta o consultor Carlos Rocha neste apontamento.
O recorrente tropeção no "à séria" por quem menos se esperaria: um antigo governante português com a tutela na comunicação social do Estado e agora sempre tão crítico no papel de opinante televisivo. Um apontamento do jornalista José Mário Costa, cofundador do Ciberdúvidas.
Mais um caso da separação indevida da terminação -mos numa forma verbal da 1.ª pessoa do plural – "fique-mo-nos, em vez de fiquemo-nos –, neste apontamento do consultor Paulo J. S. Barata.
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