O nosso idioma - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
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Textos de investigação/reflexão sobre língua portuguesa.
À volta do substantivo <b>resgate</b>

«Em sentido figurado – como escreve a jornalista Rita Pimenta nesta sua crónica transcrita do jornal "Público" do dia 15/07/2018 –, resgate significa "remissão", isto é, "salvação do género humano"». Foi o que aconteceu na operação que retirou do interior de uma gruta, a norte da Tailândia, 12 rapazes de uma equipa de futebol, juntamente com o seu treinador, que aí tinham ficado presos, durante 18 dias – e que tanto emocionou o mundo.

Viagem pelos nomes de Portugal*

Portugal, topónimo, é também Portugal em espanhol, em catalão, em francês, em inglês, em alemão e em norueguês. Mas já em Itália é «Portogallo»«Portugália» na  Hungria», «Πορτογαλία» na Grécia e «Португа́лия» na Rússia onde decorre o Campeonato do Mundo de Futebol, de 14 de junho a 15 de julho de 2018. 

[artigo publicado  no portal SAPO24, de 24/06/2018 escrito pelo autor na véspera do jogo Irão-Portugal.]

O Mundial em cinco palavras*

União, geografia, coleção, prazer, alienação – sintetizam, neste artigo do tradutor e professor Marco Neves, a vibração dos portugueses no acompanhamento do jogos da sua seleção no Campeonato de Mundo de Futebol, Rússia 2018. 

[in portal SAPO 24, de 17/06/2018]

<i>Toupeira</i>

Os vários sentidos da palavra que designa o «pequeno mamífero insectívoro [com] os olhos pouco desenvolvidos, (...) as patas anteriores largas e robustas, que lhe permitem cavar galerias debaixo do solo, onde caça insectos e vermes», mas também relacionados com os humanos − neste apontamento* da jornalista Rita Pimenta, alusivo a um caso da atualidade portuguesa: a chamada operação policial e-toupeira, envolvendo dirigentes do Benfica.

* in suplemento P2 do jornal Público de 11 de março de  2018, na coluna da autoraPalavras, expressões e algumas irritações.

Quem fala assim não é gago nem gaga

Crónica do humorista português Ricardo Araújo Pereira glosando o tema do "sexo das palavras", publicada na revista  Visão, de 15 de janeiro de 2018.

Se adjectivar, não beba

«Quase tudo o que é brutal, hoje, é o rigoroso oposto do que era brutal no passado. Mas talvez nenhuma outra palavra tenha tido pior sorte do que o adjectivo genial», escreve o humorista português Ricardo Araújo Pereira, em crónica publicada na revista Visão de 11 de janeiro 2018, a seguir transcrita, na íntegra.

Dez palavras: na moda, mas feias

«A estética da palavra é uma mistura quase sinestésica do som, da textura silábica, do bom casamento (ou não) entre vogais e consoantes, da macieza (ou falta dela), da cor que, por vezes, lhe associo», escreve o autor nesta crónica que se transcreve a seguir do jornal “Público” do dia 16/11/2017, em que enumera as «10 palavras mais feias que por aí andam [no espaço mediático português] de braço dado com modismos ou encavalitadas em posologia tecnocrática.»

A palavra <i>calendário</i>

Sobre a palavra calendário e as suas muitas aceções – «calendário lunar», «calendário solar», «calendário gregoriano», «calendário escolar», «calendário eleitoral», «calendário desportivo»... –, nesta crónica da jornalista Rita Pimenta, no jornal Público de 17/09/2017.

Os sinónimos e os seus matizes*

«Está comprovado que o vocabulário médio de um falante do português diminuiu drasticamente ao longo das últimas décadas.Temos cerca de 110 000 palavras dicionarizadas, sem falar nas locuções, e o português básico está reduzido a menos de 1000 vocábulos.»

[crónica de Isabel Rio Novo, transcrita na íntegra, com a devida vénia, do blogue Escritores.online, com data de 23 de junho de 2017. Título da responsabilidade  editorial do Ciberdúvidas.]

A nobiliarquia do vocabulário

«De tráfico ou tráfego» – exemplifica o autor neste artigo* sobre uma série de palavras e expressões que, «com o correr dos tempos (...) têm resvalado para as baixezas do insulto» – «se originou trafi­cante». Mas há também o seu inverso: «Ascendem das bôcas populares para as classes elevadas, e aí se afidal­gam.»

* in Revista de Língua Portuguesa, n.º 12 Rio de Janeiro, 1912, pág. 69 e ss.), transcrito do terceiro volume da antologia Paladinos da Linguagem (edição Aillaud e Bertrand, Lisboa, 1921), organizada por Agostinho de Campos. Manteve-se a grafia e respetiva norma originais.