Português na 1.ª pessoa - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
Início Português na 1.ª pessoa
A Oficina de Saramago
A exposição que a Biblioteca Nacional de Portugal dedica ao escritor

«Se hoje há, na cabeça de muitos leitores em muitos países, um “universo Saramago”, ele é decerto composto de todas as matérias, de todos os materiais, que deram origem aos seus livros.»

Mensagem do Presidente da República Portuguesa, Marcelo Rebelo de Sousa, incluída no jornal Público em 6 de junho de 2022 e relativa à inauguração na mesma data da exposição A Oficina de Saramago na Biblioteca Nacional de Portugal, dedicada à vida e ao trabalho literário de José Saramago (1922-2010), no contexto da comemorações do seu centenário

Na imagem, o diploma em língua sueca do Prémio Nobel da Literatura atribuído a José Saramago em 1998 (BNP Esp. N45/186).



Do assédio moral
O cerco à dignidade pessoal

«Os dicionários de língua portuguesa fornecem como primeiras aceções de assediar e assédio as referentes à esfera militar [...]. Alguns dicionários especificam "assédio sexual", mas só na Infopédia encontrei a distinção entre ele e o assédio moral, definido como "pressão psicológica exercida sobre uma pessoa, de forma repetida e prolongada, geralmente por alguém em posição de poder ou superioridade".»

Crónica da linguista Margarita Correia a propósito das queixas de assédio sexual e moral que têm vindo a lume na comunicação social em Portugal. Texto publicado no Diário de Notícias de 6 de junho de 2022.

Ser conscientemente humano e unido
Uma lição a aprender em A Crónica de de D. João I de Fernão Lopes

A versatilidade da crónica, como género género literário, neste apontamento da professora Lúcia Vaz Pedro, focando em particular o caso de A Crónica de D. João I de Fernão Lopes 

Antigamente é que se escrevia bem!
Um mito da língua portuguesa

«Olhamos para o passado e, de todos os textos de quem escrevia (e eram poucos os que sabiam fazê-lo), só vemos os textos que sobreviveram ao turbilhão do tempo, só nos lembramos dos bons textos.» A propósito de certos mitos sobre o uso da língua, um artigo de Marco Neves incluído no blogue Certas Palavras em 5 de abril de 2021. Texto que se transcreve com a devida vénica, mantendo a ortografia original (a do acordo de 1945).

 

«Falta uma autoridade da língua em Portugal»
Entrevista a José Mário Costa, cofundador do Ciberdúvidas da Língua Portuguesa

«Nascido no início da popularização da internet – nem tivemos dúvidas quanto ao título… –, o Ciberdúvidas assume-se logo como um serviço gratuito e sem fins lucrativos, adotando uma estrutura e uma linguagem jornalísticas, o que, passados 25 anos, ainda o diferencia de todos os demais espaços na área do português surgidos, entretanto, nomeadamente no Brasil.»

Considerações do jornalista José Mário Costa, cofundador do Ciberdúvidas da Língua Portuguesa, em entrevista concedida à revista EntreCampus (n.º 4, maio de 2022), para assinalar os 25 anos de atividade do Ciberdúvidas. Além de se referir à história do Ciberdúvidas, aos objetivos e à natureza dos conteúdos do portal, José Mário Costa faz uma apreciação das medidas de política linguística adotadas por Portugal neste último quarto de século.

Ciência em Portugal? <i>The show must go on</i>!
Ciência, universidades e financiamento

«É iniludível o facto de que [o] florescimento científico [veriifcado em Portugal] se fez, e faz, à custa de trabalho precário e minguadamente gratificado de bolseiros e investigadores contratados a prazo» –observa a linguista e investigadora Margarita Correia, em crónica  publicada no Diário de Notícias em 30 de maio de 2022, com críticas à política de financiamento das ciências em Portugal, com resultados gravosos para os investigadores e o seu futuro profissional.

Paulina Chiziane: «No momento da guerra  <br>entre o preto e o branco, onde é que fica o mulato?»
Escrever sobre a realidade de Moçamique

«No momento da extrema dor, no pensamento mais profundo, aquele que vem na madrugada, não é em português. É o bantu. Numa primeira fase, o português acaba sendo como uma língua de trabalho e não uma língua de afecto. Depois uma e outra misturam-se.»

Entrevista conduzida pela jornalista portuguesa Isabel  Lucas  a Paulina Chiziane, escritora moçambicana galardoada com o Prémio Camões 2021, que. entre outos temas, ,a fala da sua relação com a língua portuguesa e com a poesia de Camões, bem como sobre a sua experiência na abordagem temas sociais numa recriação literária em contexto bilingue, em permanente contacto com as línguas bantas de Moçambique. Texto transcrito com a devida vénia do suplemento Ípsilon do jornal Público, em 27 de maio de 2022. Texto escrito segundo a norma ortográfica de 1945.

Professores(as) de Português para o século XXI
Desafios do século XXI

«Uma das políticas linguísticas mais importantes de fortalecimento e de promoção de uma língua é justamente o investimento na formação de seus professores, porque eles são agentes privilegiados, capazes de modificar a realidade que os cerca através do seu ofício de ensinar.»

Crónica que a linguista Edleise Mendes (Universidade Federal da Bahia) elaborou e leu para o programa Páginas de Português em 29 de maio de 2022.

A língua da verdade
Simplismo e propaganda sobre a guerra da Ucrânia

«Não sei. E tenho muitas dúvidas. A peculiaridade da sociedade actual é que estabelece dogmas inquestionáveis sobre incertezas extremas, porque responde em obediência absoluta às consciências nacionais e à consciência europeia. Na época que atravessamos, não entrar na política é coisa impensável.»

Artigo de opinião do professor e escritor António Jacinto Pascoal, a propósito da guerra da Ucrânia e de como a visão simplista deste conflito – democracia vs. autocracia, bem vs. mal – é condicionada pela história de ingerência política e colonização cultural movida pelos Estados Unidos, desde o final da 2.ª Guerra Mundial, na Europa e na América Latina. Transcreve-se com a devida vénia o texto saído no Público em 30 de maio de 2022, mantendo a ortografia de 1945 adotada pelo autor.

Assédio, poder e sistemas de oportunidade
Conceitos de assédio

«O assédio na Universidade [em Portugal] é de espectro largo e em alguns casos de assédio moral corresponde ao sentido da palavra no discurso militar, i. e., o que verdadeiramente o que se faz é cercar, sitiar. São casos de perseguição que duram, muitos deles, anos a fio.» – escreve o professor universitário Carlos A. M. Gouveia refletindo sobre o conceito de assédio e os seus tipos na realidade universitária. Texto incluído no jornal Público em 23 de maio de 2022 e aqui transcrito com a devida vénia.