Duplamente certeiras as considerações do treinador português José Mourinho, no jornal L'Osservatore Romano, sobre a guerra na Ucrânia. Sobre ela em concreto e na correta adjetivação usada.
Duplamente certeiras as considerações do treinador português José Mourinho, no jornal L'Osservatore Romano, sobre a guerra na Ucrânia. Sobre ela em concreto e na correta adjetivação usada.
«Maria Helena de Moura Neves, 91 anos de idade, atua como docente da pós-graduação em linguística e língua portuguesa na Universidade Estadual Paulista (Unesp) e defende linguagem inclusiva».
Trabalho publicado na Folha de S. Paulo em 31 de março de 2022 e da autoria do jornalista Emerson Vicente, a propósito da atribuição do prémio Ester Sabino a Maria Helena de Moura Neves e do percurso que esta linguista realizou ao longo da sua longa carreira como professora e investigadora. Fala-se também da sua posição a respeito da chamada «linguagem neutra» e da falta de políticas públicas para a formação de professores no Brasil.
«Muitos jornalistas portugueses – sobretudo nas televisões – parecem estar em conflito aberto com a nossa língua, enquanto namoriscam com o inglês.» Considerações do jornalista José Manuel Barata-Feyo, Provedor do Leitor do Público, que, na edição deste jornal de 2 de março de 2022, comenta as críticas dos leitores ao uso excessivo dos anglicismos, designadamente, o de duas expressões muito presentes na escrita mediática: «serviços de inteligência» e CEO.
«O pluricentrismo do português [...] traz muitas vantagens para a sua comunidade e seus governantes em relação à difusão da língua, ao seu ensino e à sua valorização como língua de comunicação global, mas por outro lado traz muitos desafios, especialmente para o campo da educação.» Crónica da linguista Edleise Mendes (Universidade Federal da Bahia) incluída no programa Páginas de Português de 27 de março 2022, a respeito dos desafios do português como língua pluricêntrica, designadamente, na área do ensino, onde a presença das modalidades africanas do português tem cada vez mais relevo.
Crónica da professora Carla Marques dedicada à palavra negociação, no âmbito das difíceis negociações entre a Ucrânia e a Rússia, no contexto da guerra entre estes dois países, explora-se uma palavra fulcral, cujos primeiros sentidos se desenvolvem no âmbito mercantil para depois evoluírem para o plano da comunicação.
«Por caminhos diferentes, o plural de avó ficou igual ao plural de avô: a distinção de género faz-se apenas no artigo.»
Apontamento do tradutor e divulgador de temas linguísticos Marco Neves no blogue Certas Palavras em 28 de março de 2022, sobre a história do plural avós, equivalente a «a avó e o avô», e a forma avôs, que é o plural de avô e é de criação mais recente.
«A expressão «ajuda letal» foi retomada recentemente na comunicação social portuguesa, associada ao contexto da guerra na Ucrânia para referir o apoio em armamento bélico ao Governo de Kiev por parte dos EUA e outros países ocidentais». Um modismo que encerra uma clara contradição, como explica a professora Carla Marques.
«Estudantes africanos são discriminados devido à dificuldade de lidarem com as diferentes variedades do português. Projeto Trovoada de Ideias cria ferramentas de inclusão.»
Entrevista a Ana Raquel Matias, investigadora do CIES-Iscte, incluída no n.º 3 da revista digital Entrecampus do Iscte-Instituto Universitário de Lisboa, a respeito do projeto Trovoada de ideias, que visa combater o preconceito linguístico dirigido a falantes africanos da língua portuguesa.
«[O]s comentários [no Facebook] estão cheios de recordações interessantes, com pormenores que doutra forma estariam para sempre perdidos [...]» – crónica do escritor e jornalista Miguel Esteves Cardoso incluída no jornal Público em 27 de março de 2022, acerca de um episódio de troca de comentários no Facebook, ilustrativo do valor documental desses registos do ponto de vista linguístico.
«[O] que nos diz a língua sobre a probabilidade de vencer ou obter um bom lugar no [Festival Eurovisão da Canção]? Desde a introdução das semifinais (uma a partir de 2004 e duas desde 2008) apenas três canções não inglesas venceram o concurso (“Molitva” da Sérvia, em 2007, “Amar pelos dois” de Portugal, em 2017, e “Zitti e Buoni” de Itália, no ano passado).» Uma reflexão crítica de Jéssica Mendes ao uso do inglês na canção "Saudade, saudade", de Maro, que representa Portugal na edição de 2022 do Festival Eurovisão da Canção.
Este é um espaço de esclarecimento, informação, debate e promoção da língua portuguesa, numa perspetiva de afirmação dos valores culturais dos oito países de língua oficial portuguesa, fundado em 1997. Na diversidade de todos, o mesmo mar por onde navegamos e nos reconhecemos.
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