Diversidades Em defesa do português Está havendo uma agradável polémica na imprensa brasileira sobre a maneira correcta de escrever o nome das equipas italianas, se na forma masculina ou feminina. A Juventus ou o Juventus? Para vocês sentirem o calor dessa pendenga vou transcrever um pequeno trecho de uma crónica, assinada por Fernando Calazans, que tem tudo a ver com o que também se passa aqui sobre o mesmo assunto. Atenção, que lá vai prosa: Duda Guennes · 5 de março de 1998 · 9K
O nosso idioma // Léxico Papá, mamã Como refere o autor neste artigo*, papá e mamã «são os primeiros vocábulos que a criança tartamudeia ao ensaiar-se na linguagem (...), os primeiros acentos que balbucia, logo que as primeiras sensações do ambiente despertam no cérebro a razão bruxuleante, que põe em movimento os nervos motores da linguagem.». Qual a sua origem, afinal? * in Revista de Língua Portuguesa (Rio de Janeiro, 1921), com a transcrição do terceiro volume da antologia Paladinos da Linguagem (edição Aillaud e Bertrand, Lisboa, 1921), organizada por Agostinho de Campos. Manteve-se a grafia e respetiva norma originais. Carlos Góes · 5 de março de 1998 · 14K
Pelourinho O grandioso desfile do verbo haver «"Vão haver" muitos troços de Carnaval» - anunciava um dos eficientes repórteres do trânsito da rádio portuguesa, alertando os automobilistas mais desprevenidos para esta terça-feira de máscaras, folguedos e cabeçudos de ocasião. Confirmava aqui dois aspectos comuns a tais repórteres: a utilidade e os pontapés na gramática. A forma como empregam o infeliz verbo haver, essa, então, é um Entrudo diário. José Mário Costa · 27 de fevereiro de 1998 · 5K
Antologia // Portugal Culto da Língua Sempre houve, desde o século XVI até ao realismo, grande amor à língua, à sua pureza e ao seu enriquecimento; abundam os pleitos sobre estilo e muitos foram os autores que fizeram declarações enfáticas de sacrificar a esse culto da sua linguagem a maior divulgação que lhes daria o uso da castelhana, entre eles António Ferreira e Frei Bernardo de Brito, como também houve os que souberam tornar-se clássicos tanto na portuguesa como na castelhana. Mas esses desvelos visavam à criação de um estil... Fidelino de Figueiredo · 26 de fevereiro de 1998 · 3K
Antologia // Portugal Como devem ser na escola as lições da linguagem Um livro, para a escola velha, é um frasquinho cheio de «ciência»; um livro, para o laboratório, é como um estojo com instrumentos; por isso ele é decorado dentro da aula, e por isso no laboratório ele é usado. As ideias, para o cientista, são ferramentas e são bússolas; para os estudantes, são ainda como panóplias de museu... António Sérgio · 19 de fevereiro de 1998 · 3K
O nosso idioma Decifrando o "economês" * "Debêntures terão alíquota de IOF menor". Desde que leu este título numa matéria de um jornal do Rio, há quase meia década, um jornalista da Geral praticamente desistiu de ler algo sobre Economia. De lá para cá, muita coisa mudou nas editorias. A economia estável trouxe a cobertura para o mundo real e há muita casa própria, caderneta de poupança, taxas de juros do comércio, simulações sobre o desconto do Imposto de Renda e desemprego nas páginas. 18 de fevereiro de 1998 · 4K
Antologia // Brasil A língua portuguesa no Brasil A maior surpresa de quem estuda a história do Brasil deve ser como o pequeno povo português, distraído aliás por interesses maiores nas Índias, conseguiu contra Franceses, Flamengos, Ingleses e Espanhóis, manter por três séculos a continuidade da posse e a unidade territorial de um domínio estendido por 39 graus de latitude e outros tantos de longitude, grande de oito milhões de quilómetros quadrados e exposto em oito mil quilómetros de costas às invasões marítimas. Afrânio Peixoto · 12 de fevereiro de 1998 · 5K
Diversidades Chico Buarque e as redondilhas "O meu pai era paulista/ meu avô, pernambucano/ o meu bisavô, mineiro/ meu tataravô, baiano..." Assim começa a bela "Paratodos", de Chico Buarque. Um rápido exame é suficiente para que se note a presença irregular do artigo definido antes dos possessivos. Em outras palavras, você deve ter percebido que Chico Buarque escreveu "o meu pai", depois "meu avô", "o meu bisavô" e, por fim, "meu tataravô". Por que essa alternância? Está tudo correto? É célebre um tipo de exercício que se faz ... Pasquale Cipro Neto · 12 de fevereiro de 1998 · 11K
Pelourinho Até arrepia! Sou assídua visitante da página Ciberdúvidas na Internet e não pude deixar de fazer o comentário que passo a expor em seguida. Visitei hoje uma página na Internet, que penso ser consultada por jovens (ou pelo menos no meu computador foi visitada por um jovem de 15 anos), e não consegui passar da 2.ª página. O motivo é simples: erros de português, de sintaxe, de tudo. Decidi escrever este "e-mail" para "convidar" os responsáveis do V. endereço, que tant... Teresa Landeiroto · 10 de fevereiro de 1998 · 2K
Diversidades Língua portuguesa elimina consórcio O BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) classificou as propostas técnicas de quatro consórcios na primeira fase da licitação para a avaliação e modelagem das empresas estatais de telecomunicações, que deverão ser privatizadas ainda no primeiro semestre deste ano. Foram classificados os consórcios Telebrasil 2000 (liderado pelo Banco FonteCindam), Telebrasil (liderado pela Metal Data Engenharia e Representações Ltda.), Brasilcom (liderado pela Salomon Brothers Inc.) e Ar... 6 de fevereiro de 1998 · 3K