Antologia // Brasil A influência dos clássicos No apuramento da linguagem «Escrever como [Gomes Eanes de] Azurara ou Fernão Mendes [Pinto] seria hoje um anacronismo insuportável. Cada tempo tem o seu estilo. Mas estudar-lhes as formas mais apuradas da linguagem, desentranhar deles mil riquezas que, à força de velhas, se fazem novas – não me parece que se deva desprezar.» [Machado de Assis, in Novo Mundo: Periodico Illustrado do Progresso da Edade (Nova Iorque, EUA, 1870 a 1879] Machado de Assis · 6 de fevereiro de 1998 · 7K
Pelourinho // Pronúncia Uma malfadada prolação Sobre a abreviatura da Expo-98 O recorrente /écspò/ na televisão portuguesa Carlos Marinheiro · 6 de fevereiro de 1998 · 1K
Antologia // Portugal A cadência rítmica do português arcaico O exemplo de balada de Sancho I «Os legítimos textos arcaicos não são uma floresta oscura, selvaggia ed aspra e forte, uma série de vocábulos raros e complicados, entrelaçados em construções bárbaras», ecreve neste apontamento a filóloga Carolina Michaëlis de Vasconcelos (1851 — 1925), transcrito da Introdução do livro Lições de Filologia Portuguesa. Carolina Michaëlis de Vasconcelos · 30 de janeiro de 1998 · 6K
Diversidades Erros de português dão multa no Brasil A prefeitura do Guarujá não vai mais perdoar os erros de português em placas, faixas, "outdoors" e em outros meios de publicidade espalhados pelas ruas da cidade. O prefeito Maurici Mariano (PTB) sancionou lei que regulamenta a questão, com base em um projeto de autoria do vereador Ernesto Pereira (PPB), punindo com multas que variam de R$ 100,00 a R$ 500,00 os responsáveis por material de propaganda com ortografia errada. Zuleide de Barros · 22 de janeiro de 1998 · 5K
Pelourinho // Anglofilia «Opinion makers», porquê? Um anglicismo escusado As responsabilidade acrescidas na preferência pelo idioma nacional. Carlos Marinheiro · 19 de janeiro de 1998 · 7K
Antologia // Portugal A língua francesa e língua portuguesa A língua em que trabalha Anatole France é da mais pura liga. Admiremo-la e invejemo-la! A nenhum povo concedeu a caprichosa Providência uma dinastia de lapidários da linguagem como a que teve a França do século de Corneille, de Racine, de Boileau, de Fénelon e de La Fontaine. Carlos Malheiro Dias · 15 de janeiro de 1998 · 5K
Pelourinho «Ter a haver com…»? Sexta-feira, 9 de Janeiro, 10 horas da noite. Zarpo dos canais televisivos portugueses de maior audiência, que davam ... programas para grandes audiências. Pensava eu estar a fugir de indigências (rima mas não é verdade, já vão ver porquê). Encalho na TVI, no último episódio de uma série americana chamada "The Pretender", e fico por ali a ver no que dão as desventuras de Jarod. As cenas vão correndo, com o "genérico" justaposto, e ainda este não está completo quando surge ... Teresa Álvares · 13 de janeiro de 1998 · 3K
Controvérsias O sentido de "proveniência" do sufixo -ita Agradecendo, antes de mais nada, os amáveis votos do consulente Pedro Thomaz (cf. "E o -ita de Jesuíta?!), que retribuímos, cumpre-nos acrescentar o seguinte ao que já aqui foi dito (cf. Islão também com acepção étnica). F. V. Peixoto da Fonseca (1922-2010) · 8 de janeiro de 1998 · 4K
Antologia // Brasil Gramática e linguagem «A inteireza do espírito começa por se caracterizar no escrúpulo da linguagem. A vida parlamentar, a administração e o jornalismo têm sido, em toda a parte, os mais poderosos corrutores da língua e do bom-gosto. Aspirar à clareza, à simplicidade e à precisão sem um bom vocabulário e uma gramática exacta, seria querer o fim sem os meios. (...)» [in Da Réplica do senador Ruy Barbosa às defesas de redacção do projecto de Código Civil brasileiro, Cf. Obras Completas de Rui Barbosa, Vol. XXIX, 1902, Tomo IV.] Rui Barbosa · 8 de janeiro de 1998 · 6K