Ensino Ensinar em Português* É sabido que de país vocacionado que foi para a emigração Portugal se tornou destino de imigração. Não pretendo ocupar-me dos factores de ambas as situações, que são conhecidos, nem pronunciar-me sobre as vantagens ou inconvenientes da presença de estrangeiros entre nós, cuja percentagem rondará hoje, se estou certo, os 5% da população residente. Desejo apenas referir-me a um aspecto da sua integração na sociedade, qual é o respeitante à língua. Jorge Morais Barbosa · 16 de abril de 2007 · 5K
Pelourinho Contracções O leitor Vítor Gonçalves propõe para tratamento nesta crónica a questão da contracção ou não contracção da preposição com o artigo. É um problema miúdo, pouco visível e, no entanto, revelador do grau do conhecimento (ou sensibilidade) que o falante tem em relação à estrutura da língua. Todos sabemos que, em português, as preposições se contraem com os artigos: de (do, dum, desse, dele, daqui); em (no, num, nesse, nele); por (per + o = pelo). Ana Martins · 14 de abril de 2007 · 9K
Pelourinho «Alguém que tenta (e não “que se tenta”) passar» «Alguém que se tenta passar por aquilo que não é não está a cometer um lapso, está a ter uma falta de carácter, que mina a credibilidade e afecta a sua autoridade (…).» Nesta frase*, o pronome se está a mais. O verbo tentar – que significa «fazer um esforço para», «experimentar», «aventurar-se a», «empregar meios para conseguir» – não se usa reflexamente. Maria Regina Rocha · 13 de abril de 2007 · 2K
Pelourinho Onde ≠ em que Além da confusão no emprego do aonde e do onde, temos também o mesmo sobre a diferença entre o onde e o em que. Foi o que se ouviu a António Vitorino*, referindo-se à instabilidade em Timor-Leste. Maria Regina Rocha · 12 de abril de 2007 · 5K
Quem Somos // ajuda Como (e o que) consultar no Ciberdúvidas 1. Além de um consultório, que responde a todas as dúvidas à volta da língua portuguesa, este espaço integra 12 outras rubricas dos mais diversificados conteúdos. É o caso da Antologia (textos de autores lusófonos de todos os tempos sobre o idioma comum, distribuídos por país), do Correio e das <a href="/controversias.php"... 11 de abril de 2007 · 32K
Antologia // Portugal Colagem Palavras,sereis apenas mitossemelhantes ao mirtodos mortos?Sim,conheçoa força das palavras,menos que nada,menos que pétalas pisadasnum salão de baile,e no entantose eu chamassequem dentre os homens me ouviriasem palavras? Carlos de Oliveira · 10 de abril de 2007 · 4K
Pelourinho De encontro a ≠ ao encontro de Mais uma confusão no emprego do «ir de encontro a» e do «ir ao encontro de»: «O que não vem entre aspas faz parte do texto do jornalista. E este tem liberdade de escrever como bem entender, desde que respeite as normas jornalísticas e vá de encontro ao sentido do texto que está a escrever. O que aconteceu neste caso.» (...) José Mário Costa · 10 de abril de 2007 · 5K
Pelourinho O emprego do onde e do em que «É um assunto para depois do intervalo — anunciou o apresentador do "Jornal da Tarde" * —, onde vamos conhecer também o último trabalho de Paulo Gonzo. Até já.» Onde emprega-se a respeito de espaço, lugar, sítio, terra: «A terra onde ele viveu»; «a cidade onde casou»; «a casa onde mora». Maria Regina Rocha · 10 de abril de 2007 · 3K
Pelourinho Encapuzado (e não "encapuçado") + encapuchado + encarapuçado + embuçado Notícia do "Telejornal", na RTP 1, 8 de Abril p.p., sobre um assalto à mão armada, numa gasolineira, em Benavente: «O crime verificou-se pelas 9 horas da noite, quando a única funcionária da bomba, acompanhada pela filha, fechava a estação de serviço. Nessa altura é abordada por homens encapuçados e armados com caçadeiras.» Maria Regina Rocha · 9 de abril de 2007 · 4K
Pelourinho O código da sigla As siglas têm a grande vantagem de poupar espaço (na folha de papel ou no tempo da elocução). A junção das iniciais de cada palavra de uma expressão abrevia e compacta formulações mais ou menos extensas. Parece, pois, ser um processo de formação simples e cómodo, mas não é. Ana Martins · 9 de abril de 2007 · 6K