Pelourinho Pina Moura (mal) refogado Nenhum reparo ao conteúdo do artigo1 que se transcreve a seguir; muito pelo contrário. Só foi pena Pina Moura ter ficado tão mal refogado2… 1in Diário de Notícias de 24 de Abril de 2007 2 do particípio passado do verbo refogar [re + fogo + sufixo -ar] ≠ de refugar [«pôr de lado»; do latim refugare, «pôr em fuga»] SIM, ESCOLHER PINA MOURA É UMA POUCA-VERGONHA João Miguel Tavares Jornalista José Mário Costa · 26 de abril de 2007 · 2K
Pelourinho A razão de a palavra juiz não ter acento Ao contrário do que continua a ver-se*, a palavra juiz não leva acento na vogal i. A regra é a seguinte: tem acento gráfico a vogal i em posição tónica, quando precedida de vogal que com ela não forma ditongo, mas exceptuam-se as situações em que esse i é seguido de consoante (diferente de s) que com ele forma sílaba ou seguido do grupo consonântico nh. Maria Regina Rocha · 26 de abril de 2007 · 37K
Pelourinho Simultaneidade (e não “simultaniedade”) Simultaneidade, e não “simultaniedade”*, muito menos “simultanidade”, como também se vai ouvindo e lendo por aí.Simultaneidade – palavra derivada de simultâneo: simultâneo + -i- + -dade.* Como se ouviu na notícia do <span style="font-style:... Maria Regina Rocha · 24 de abril de 2007 · 5K
Pelourinho «Passava (e não “passavam”) pouco das 22 horas» «Passavam pouco das 22 horas, quando o agente de guarda ao bairro deu o alerta para a central da PSP», escrevia-se numa notícia do jornal 24 Horas de 23 de Abril p. p.Escreveu-se mal: o verbo passar tem de ficar na terceira pessoa do singular, concordando com o seu sujeito («pouco»): «pouco passava das 22 horas», «passava pouco das 22 horas»: Outro exemplo: «Quando ele chegou, já passava muito das 8 horas.» Maria Regina Rocha · 24 de abril de 2007 · 5K
O nosso idioma // O português do Brasil A Decadentização da Língua Claro, todo o mundo já ouviu falar que as línguas são como seres vivos, que mudam com o tempo e até morrem. É verdade e, se não fosse assim, ainda estaríamos falando latim. Nada, portanto, contra as mudanças na língua, contanto que sejam ditadas por uma razão mais ou menos respeitável, até mesmo pela famosa lei do menor esforço, quando não redunde em empobrecimento da capacidade de expressão. João Ubaldo Ribeiro · 23 de abril de 2007 · 6K
Pelourinho «Após os exames que ainda falta fazer» Pergunta da repórter da RTP 1*, sobre o estado de saúde de Eusébio: «E quanto à possibilidade de [Eusébio] sair dos cuidados intensivos para o piso de medicina, após os exames que ainda faltam fazer, poderá equacionar-se essa possibilidade?» «Após os exames que ainda falta fazer»: assim deveria ter sido dito. Com efeito, o sujeito do verbo faltar é «fazer os exames», um sujeito oracional que leva o verbo para o singular: «Ainda falta fazer os exames», «após os exames que ainda falta fazer». Maria Regina Rocha · 23 de abril de 2007 · 2K
Pelourinho «Estava encarregado» (e não “encarregue”) «O militar de Pombal estava encarregue de garantir a segurança do público», escrevia-se numa notícia do jornal 24 Horas, de 22 de Abril, sobre um graduado da PSP que foi colhido por um carro de rali. Maria Regina Rocha · 22 de abril de 2007 · 4K
Pelourinho Engenharias Antena 1, noticiário das nove da manhã de sexta-feira (13-04-07): «Portugal poderá ter de rever em alta as contas do défice público, tudo por causa das engenharias financeiras de Manuela Ferreira Leite.» Este enunciado é pouco informativo e marcado subjectivamente. Ana Martins · 20 de abril de 2007 · 3K
Pelourinho Démarche = diligência No Telejornal (RTP 1) de segunda-feira (16 de Abril), numa reportagem sobre o facto de mais de 60 Câmaras Municipais não terem entregado os planos de defesa da floresta contra os incêndios, o ministro da Agricultura de Portugal, Jaime Silva, referiu o seguinte: «Depois desta démarche da autoridade florestal, desta última tentativa de termos todos os planos municipais concluídos, (…) aplica-se a legislação.» Maria Regina Rocha · 18 de abril de 2007 · 4K
Pelourinho Perpetrados (e não “prepetrados”) Perpetrar, e não “prepetrar”, como se ouviu numa notícia do Jornal da Tarde, da RTP 1 (16 de Abril): «Os atentados prepetados por cinco bombeiros suicidas (…) deixaram os habitantes de Casablanca em estado de choque.» Perpetrados, particípio passado do verbo perpetrar, que significa praticar, realizar, cometer. Provém do latim perpetrare (= «fazer completamente»). Maria Regina Rocha · 17 de abril de 2007 · 3K