Português na 1.ª pessoa - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
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«Os brasileiros têm um problema, nós não. Isto é um favor que a diplomacia portuguesa está a fazer à brasileira, e é triste que a língua sirva de moeda de troca» Vasco Teixeira, editor português

Passaram-se 17 anos e o Acordo Ortográfico entre os países de língua portuguesa — que, segundo anunciou o ministro dos Negócios Estrangeiros, Luís Amado, vai ser ratificado até ao final do ano, com uma moratória de dez anos para a entrada em vigor em Portugal — continua tão polémico como sempre.

Em teoria, as alterações previstas já transbordam para o quotidiano do Brasil. No plano das intenções, o país com 187 milhões de pessoas a falar português queria formalizar a entrada em vigor do Acordo Ortográfico já em 2008. E deu sinais nesse sentido. O desaparecimento do trema, por exemplo, foi decretado no final do ano passado. A extinção dos dois pontos em cima do u é um dos indícios dessa vontade. Na prática, o Brasil está à espera. O léxico diplo...

Cavaco Silva defende aproveitamento <br>  das potencialidades do Português

O Presidente Cavaco Silva, na sessão de abertura sobre os 200 anos da partida da família real portuguesa para o Brasil, frisou que uma língua a oito é «um valioso instrumento de aproximação e projecção conjunta no plano internacional». Neste âmbito, o chefe de Estado português lembrou o papel fundamental a desempenhar pela Academ...

Quem tem medo do Acordo Ortográfico?

  

  • Fernando dos Santos Neves, reitor da Universidade Lusófona do Porto, coloca em paralelo a reacção de resistência à entrada em vigor do Acordo Ortográfico com o medo generalizado de mudar aquilo que tem de ser mudado. Sugere que o fundamento de tais receios está num certo proteccionismo em relação ao português de Portugal.

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I - Introdução

Depois de o Governo português anunciar que vai também ratificar o novo acordo até ao fim de 2007, apareceram logo alarmistas a quererem mais debate público. Esquecem que o debate existe desde 1990, altura em que o novo acordo foi assinado. Já se sabe que todas as alterações na ortografia trazem sempre muitas resistências. A profunda Reforma de 1911 foi intensamente combatida.

Agora é que é. Dezassete anos depois, o Estado português já não tem como fugir do compromisso. Adiou até onde pôde, mas as pressões, sobretudo por parte do Brasil (o principal interessado num acordo que vai alterar 1,6% do vocabulário luso e apenas 0,45% do ‘brasileiro’), levaram o ministro dos Negócios Estrangeiros a comprometer-se: o protocolo que modifica as regras da língua portuguesa será assinado até ao final do ano. Ai...

Finalmente parece ter alargado o debate sobre o Acordo Ortográfico, dezoito anos após sua assinatura. De repente, muitas entidades alarmam-se e reclamam da ausência de discussão. Com razão. Só que algumas delas — como representantes de escritores e editores no conjunto lusófono — fazem parte dos que silenciaram o assunto.

Os modernos processadores de texto são uma grande ajuda para evitar erros ortográficos. Contudo, nem sempre estão perfeitos e, muitas vezes, temos necessidade de escrever uma nota à mão, sem essa ajuda.

Assim, é conveniente conhecer as normas ortográficas. Não é, porém, indispensável dominar completamente todas as indicações dessas normas para evitar erros de ortografia ou para notar que determinada escrita está incorrecta: basta conhecer as suas bases fundamentais. Indico a seguir alg...

Há muitas pessoas que falam português desde o berço e que duvidam que a construção «mais bem preparado/feito/arranjado» seja absolutamente correcta; ou que dignitário exista nos nossos dicionários, por exemplo. Dizem que são formas que «soam mal». Poriam as mãos no fogo por "melhor preparado" ou "dignatário".

Quer isto dizer que as formas que hoje soam mal aos falantes vão, mais tarde ou mais cedo, cair em desuso? Talvez sim.

Assinalados os cem anos do nascimento de Rebelo Gonçalves  <br> com as suas principais obras há muito esgotadas e nunca reeditadas

O centenário do nascimento do filólogo e lexicógrafo Francisco Rebelo Gonçalves, autor do Vocabulário da Língua Portuguesa e Tratado de Ortografia Portuguesa, cumpre-se quinta-feira [15 de Novembro p.p.] sem que estas «importantes obras sobre a língua portuguesa» estejam reeditadas.