Português na 1.ª pessoa - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
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O provérbio «Não há fumo sem fogo» é considerado um dos mais universais por ser reconhecido até nas sociedades mais primitivas, segundo o investigador do Instituto de Estudos de Literatura Tradicional (IELT) Rui Soares.

Outro dos "candidatos" é «Nem tudo o que luz é ouro», conhecido em vários cantos do mundo mas não tão universal, porque deverão existir sociedades em que «nem se sabe o que é ouro».

«Tinha pago ou pagado/morto ou matado»? O nosso leitor Carlos Dinis quer saber porque é que, havendo regras que ditam que com ser e estar devemos ter o particípio irregular (pago) e com ter e haver, o particípio regular (pagado), usa-se mais o pago do que o pagado? O nosso leitor sabe que «tinha pagado» é a forma correcta, mas admite que ela… «soa um pouco mal».

Mestrados em inglês?

Não está em causa a importância do inglês mas a tendência para uma visão monolítica e imperial da sua importância.

Leio no último Expresso, de 10 de Novembro, que o ministro Mariano Gago, em encontro de professores, alunos, reitores e políticos de 27 Estados da União Europeia, realizado em Lisboa, terá proposto que o inglês se torn...

Evanildo Bechara: «As mudanças foram muito modestas»

Um dos maiores conhecedores da língua portuguesa, o académico Evanildo Bechara, critica o acordo ortográfico de 1990, que, na sua opinião, não simplifica suficientemente as regras de emprego do hífen e ainda admite um número excessivo de casos de acentuação. Para Bechara, a Academia Brasileira de Letras e os países lusófonos deveriam unir-se para alterar "a filosofia" da reforma ortográfica.

Editores e livreiros exigem debate sobre acordo ortográfico

A Associação Portuguesa de Editores e Livreiros, APEL, manifestou «profunda preocupação» pelo recente anúncio oficial de que até ao final do ano será ratificado o Protocolo Modificativo do Acordo Ortográfico e exigiu que se realize «um debate sério» sobre a matéria.

A APL aponta o facto de não estar estudado o efeito das modificações ortográficas no ensino e, simultaneamente, prevê um enfraquecimento das editoras portuguesas em Angola e Moçambique.

Portugal pede adiamento de 10 anos <br> para entrada em vigor do Acordo Ortográfico

Portugal vai pedir um prazo de dez anos para a entrada em vigor do Acordo Ortográfico, anunciou  no Parlamento a ministra da Cultura, Isabel Pires de Lima. A ministra da Cultura justificou este pedido pelo facto de este acordo exigir diversas alterações, incluindo as que serão feitas em manuais escolares e na edição de livros em geral.

Coisas do desconhecimento da língua…

 

"PORQUE NÃO TE CALAS?"*

Por que não te calas?”, afirmou o rei Juan Carlos de Espanha ao presidente da Venezuela, Hugo Chávez, quando este interrompeu o primeiro-ministro espanhol, Rodrigues Zapatero, no momento em que pedia “respeito” para José Maria Aznar, a quem Chávez tinha, pelo segundo dia consecutivo, classificado de “fascista”.

* in Correio da Manhã, de 11 de Novembro de 2007

O desconhecimento da língua tem destas coisas. O rei  de Espanha não podia ter afirmado, porque estava a perguntar.

O livro Português para Falantes de Árabe: subsídios para o estudo de filologia, de Medeiros Vargens, lançado no dia 12 de Novembro na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, revela a influência árabe no léxico na língua portuguesa, não já na Península Ibérica, mas no Brasil.

Acordo ortográfico talvez sim

Ouro Preto (em Minas Gerais, Brasil) até poderia ser o cenário ideal para falarmos do assunto no fundo, a sede da primeira grande conspiração contra o domínio português e o palco onde foram expostos os restos mortais do supliciado Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes, é uma cidade que mantém a memória desse cruzamento entre Portugal e o Brasil. Foi aí que decorreu mais um Fórum das Letras, e que conto...

Que a língua varia, toda a gente sabe; que um mesmo falante pode activar diferentes variedades, também. Numa cimeira internacional, por exemplo, não se fala como no café entre amigos.

Há quem pense, no entanto, que isto acontece por uma questão de etiqueta ou requinte linguístico; que usar o nível de língua cuidado é como pôr fato e gravata e fazer salamaleques para não se ficar malvisto (ou, agindo pela negativa, para dar um ar de modernidade ou de originalidade).