Português na 1.ª pessoa - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
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O dicionarista José Pedro Machado (1914-2005)

Conferência1 que Isabel Casanova, linguista e professora associada com agregação da Faculdade de Ciências Humanas da Universidade Católica Portuguesa, proferiu em 15 de outubro de 2014 em cerimónia realizada na Biblioteca Nacional de Portugal, para assinalar a passagem do 1.º centenário do nascimento do insigne filólogo e lexicógrafo português José Pedro Machado (1914-2005). Agradece-se à autora a amabilidade de ter acedido em disponibilizar este texto e a Paulo J. S. Barata o apoio que tornou possível tal divulgação.

Motorista salvou morte?!

 

Alguém gostaria de salvar a morte?!1

 

Quem o motorista salvou da morte, como se refere na notícia, foi o homem que se preparava para se atirar à água, «do meio da ponte 25 de Abril». Logo, o título teria de ter outro verbo. Por exemplo: «Motorista evitou morte na ponte».

 

 

 

Outros textos da autora

«Não! Chama-lhe parvo...»

À volta de uma expressão muito comum entre os portugueses – que, para um qualquer inglês ou americano, corresponderia, nas mesmas circunstâncias, a uns sucintos «of course» ou «what do you think?» –, nesta crónica do autor, com o título original "O não claro é sim".

[in jornal "Público" de 13 de novembro de 2014]

 

 

A mão

 

Os muitas e variados significados do substantivo «mão» e respetivas locuções neste apontamento do autor a propósito de um impreciso «lavar de mãos»... ministerial.

[in O Ponto do I, jornal i de 13/11/2014]

 

 

«O ministro não lavou as mãos do problema. Isso significa que acertei quando o escolhi para ministro da Educação.» As palavras são do primeiro-ministro [português], que talvez quisesse dizer qualquer coisa como «o ministro assumiu as suas responsabilidades, não lavou daí as suas mãos».

«Reservado é você»

«Que coisa pode dizer-se "reservado"? Este lugar, onde hão-de sentar-se pessoas para almoçar ou jantar, está reservado? O uso ou usufruto desta mesa está temporariamente reservado para quem telefonou primeiro a reservá-lo?»

[in jornal "Público" de 4/11/2014]

 

 

«Não se preocupe, fique descansado!»

 Crónica publicada na revista Caras de 1/11/2014, na qual a psicóloga clínica e psicoterapeuta Isabel Leal propõe uma análise do que deixamos subentendido quando proferimos, com ironia ou sincero espírito de ajuda, o enunciado  «esteja descansado», recorrente no português de Portugal.

 

«Não se preocupe, fique descansado!» Quantas vezes disseram? Quantas vezes ouviram?

<i>Deplorável</i> não é a palavra certa

Um inapropriado uso lexical abordado nesta crónica do autor, que se transcreve com a devida vénia, do "Diário de Notícias" de 3 de novembro de 2014, intitulada "Oiçam jornalistas: não se faz". Deplorável não foi a situação descrita pela testemunha que, afinal, não testemunhara nada –, mas a própria cobertura jornalística em si.

 

 

Uma Academia das Academias lusófonas para a língua portuguesa

«Espartilhado nas suas componentes e obrigações em dependência CPLP, que mais poderia ser o Instituto Internacional da Língua Portuguesa que um simples secretariado executivo de decisões superiores ou alheias, atropelando os planos e iniciativas dos seus especialistas?»

À volta de (alguns) erros no discurso televisivo em Portugal
Por Ciberdúvidas da Língua Portuguesa

O Ciberdúvidas da Língua Portuguesa esteve presente na emissão de 25/10/2014 do programa Voz do Cidadão, que é exibido em todos os canais do serviço público de televisão português em que o provedor do telespectador da RTP, Jaime Fernandes, dá resposta a mensagens do público. A participação ficou a cargo do nosso coordenador executivo, Carlos Rocha, que comentou alguns erros de português cometidos por apresentadores e jornalistas da RTP.

Última hora

Crónica do jornalista Wilton Fonseca publicada no jornal i sobre a controversa expressão «à última da hora».

 

 

«À última hora» ou «à última da hora»? Durante anos revi prosas de jornalistas e sempre afirmei que a primeira locução era correcta e a segunda uma asneira. Há dias, uma conversa sobre o assunto, com o Appio Sottomayor, levou-me a consultar o Dicionário da Academia. E vi que as duas estão lá.