Português na 1.ª pessoa - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
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Falar bem

«Os portugueses não têm uma boa expressão oral. Porque a escola não desenvolve uma preparação adequada a esse nível. Porque os próprios professores também apresentam aí sérias limitações. Eis um labirinto donde parece impossível sair. Há formas de neutralizar esta enorme limitação. (...)»

[artigo da autora publicado no "Jornal de Notícias" do dia 18/11/2016, que a seguir se transcreve na íntegra, com a devida vénia.]

O anglicismo <i>error</i> <br>nas disciplinas da Física e da Matemática

Ainda a tradução do anglicismo error e o seu conceito no domínio tecno-científico, a propósito de dois anteriores textos desta controvérsia, As várias conceptualizações do termo erro e A tradução do inglês error por erro.

Sobre a palavra <i>normal</i>

«A palavra normal pode ser usada de forma diferente. Umas vezes dizemos que é uma coisa normal simplesmente para dizermos que é comum, que costuma acontecer em certo tipo de situações. Outras vezes, para afirmar que é mesmo assim que que deve ser; isto é, num sentido normativo ("O Normal é os juízes não darem entrevistas"). (...)»

 

[Luís M. FariaRevista do semanário Expresso, 12 de novembro de 2016]

Sobre o significado do termo <i>epistemologia</i> em filosofia
Por Thomas Holland

Um consulente, que assina Thomas Holland, entendeu contestar a definição que, em duas perguntas – "Epistemólogo" e  "O significado de 'obstáculo etimológico'" –, se faz de epistemologia. As observações críticas por ele enviadas assentam numa perspetiva não coincidente, de todo, com outras do mesmo domínio da filosofia [cf. a nota editorial no fim]  – e, nessa medida, ultrapassando de algum modo o esclarecimento linguístico, como era o caso das duas respostas em causa. Fica o essencial, nesta rubrica do Ciberdívidas, em que se acolhe todo o tipo controvérsias relacionadas com a língua portuguesa.

Viver para Contar: O palavrão democratizou-se

«(...) Em primeiro lugar, o uso frequente do palavrão conduz a uma certa falta de respeito entre as pessoas. Em segundo lugar, o recurso ao palavrão empobrece imenso a linguagem. A palavra «m…», por exemplo, substitui todos os adjetivos: «É feio como a m…», «É estúpido como a m…», etc. E com a palavra «c…» sucede o mesmo: «É grande como o c…», «É alto como o c…». Basta o leitor tentar substituir as palavras «m…» e «c…» por outras para perceber até que ponto o uso daquelas facilitou a vida ao ‘utilizador’, atrofiando-lhe a capacidade de expressão. (...)»

[José António Saraiva, semanário "Sol", 12/11/2016]

As várias conceptualizações do termo <i>erro</i>

Réplica de Miguel Faria de Bastos à divergência de Gonçalo Neves expressa no artigo A tradução do inglês error por erro – que contestava o que, sobre essa passagem, o autor escrevera anteriormente no texto Inverdade e mentira + erro e desacerto, na linguagem jurídica.

A tradução do inglês  <i>error</i> por <i>erro</i>

Inverdade e mentira + erro e desacerto, na linguagem jurídica, da autoria de Miguel Faria de Bastos, estabelecia a destrinça, na linguagem jurídica, entre o significado de erro e de desacerto.  Uma alusão, no entanto, ao que comummente se traduz na linguagem informática quanto à palavra inglesa error concitou a discordância de outro dos nossos consultores – o latinista e tradutor Gonçalo Neves.

Ora bogas com a perca!

O recorrente uso  perca, em vez de perda, asinalado neste apontamento da autoria da professora Arlinda Mártires. 

Nossa Senhora das Preces

« (...) Lembre-se a Senhora do que sofre a nossa língua com tanto deletelow cost, shopping, startuptake away and so on. A Senhora sempre falou português com seus pais e familiares e amigos, pois que as santas também vivem como as outras pessoas, exceção feita à santidade. Salve com a sua ajuda todas as palavras postas em perigo porque delas se precisa até para rezar. Apresse-se Senhora e receba a prece. (...)»

[texto transcrito, com a devida vénia ao autor, do bloque "O Chocalho", colocado aí no dia 1 de novembro de 2016.]

Pobre Língua

«Enquanto umas dúzias de fundamentalistas continuam a gastar energias a contestar ingloriamente o Acordo Ortográfico, os órgãos de comunicação [em Portugal] vão sujeitando tranquilamente a língua a "tratos de polé", sem protestos visíveis» – escreve o autor, num curto apontamento que se se transcreve a seguir blogue Causa Nossa, de 31 de outubro de 2016. Erro assinalado: encasinar, em vez de encazinar.