Português na 1.ª pessoa - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
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Burla e Borla
Dos burlões que nos enganam e dos burlados que são apanhados
Uma crónica que trata as palavras burla e borla, inspirando-se nas recentes notícias vindas a público em torna dos esquemas de burla associados ao Banco Espírito Santo, que mostram que uma boa burla envolve milhões, enquanto o burlão age como se nada fosse.Uma crónica da professora Carla Marques emitida no programa Páginas de Português, na Antena 2, do dia 26 de julho de 2020.
E para a Amália, não vai uma vírgula?
A elevação da homenagem também está na escrita

O concerto de comemoração do centenário de Amália Rodrigues, transmitido pela RTP, foi intitulado «Bem-vinda sejas Amália», esquecendo a vírgula a separar o vocativo dos restantes elementos da frase. 

Os luso-africanos
Descolonização, relações interétnicas e terminologia

«(...) A Senegâmbia abrange uma zona cultural importante, compreendendo os atuais SenegalGâmbia e Guiné-Bissau, com foco central na Casamance, onde contactos intercomunitários foram frequentes. Os luso-africanos mencionados por Jean Boulegue integraram-se ao longo do tempo nas sociedades da região e hoje a sua presença histórica aparece em nomes de algumas famílias, da própria Casamance (do português Casa Mansa) e, mais para norte, da localidade de Joal-la-portugaise, onde nasceu Leopold Sedar Senghor [1906-2001], principal teórico da negritude e primeiro presidente do Senegal (...).»

[Artigo do economista e escritor Jonuel Gonçalves incluído em 21 de julho de 2020 na edição eletrónica do jornal Público, à volta do colonialismo português em África, da descolonização, de relações interétnicas e da terminologia associada.]

Queria? Já não quer?
Subtilezas da língua

A mais famosa pergunta dos cafés portugueses permite-nos conhecer um erro linguístico: o literalismo.

Texto do tradutor e professor universitário português Marco Neves, publicado no blogue Certas Palavras, com a data de 19 de julho de 2022. Escrito segundo a norma ortográfica de 1945.

O inglês, o português e a ciência
A divulgação do saber em língua vernácula

«A ideia de que existem línguas mais aptas ou eficazes para determinados tipos de comunicação é um mito que importa desfazer. Todas as línguas são à partida igualmente aptas para qualquer tipo de comunicação em qualquer âmbito de experiência ou de conhecimento», escreve a professora e linguista Margarita Correia, em artigo publicada no Diário de Notícias em 20 de julho de 2020.

Um sindicato sórdido
A retoma do ensino presencial em Portugal em tempo de pandemia e uma ameaça inadmissível

Em Portugal, as escolas dos ensinos básico e secundário retomam o regime presencial em setembro de 2020, apesar da pandemia de covid-19, mas Mário Nogueira, secretário-geral da Federação Nacional de Professores (Fenprof), ameaçou o Ministério da Educação de Portugal de o acusar como «responsável moral e eventualmente até material» de «situações de doença e contágio, que possam pôr em causa a própria vida». Em artigo de opinião publicado no jornal Expresso em 20 de julho de 2020, o professor universitário e economista Luís Aguiar-Conraria critica o líder sindical, sustentando que «[s]em uma escola presencial, o país continuará a meio gás – com as mulheres, mais uma vez, a serem especialmente sobrecarregadas, agravando-se assim uma forte fonte de desigualdade em Portugal».

A máscara e o ridículo
Disfarces de uma civilização enlouquecida
A partir da atitude do presidente dos Estados Unidos, que se rendeu ao uso da máscara, não porque acredita nos seus efeitos de proteção, mas por interesses políticos, faz-se um percurso em torno da evolução da significação de máscara e das reações que gera, que implicam vários tipos de ridículo. Uma crónica da professora Carla Marques emitida no programa Páginas de Português, na Antena 2, do dia 19 de julho de 2020.

 

Que a escola se salve até onde puder
O novo normal

Após a tomada de decisão governamental de o ano lectivo 2020/2021 arrancar em regime presencial, a professora Lúcia Vaz Pedro questiona a medida num artigo publicado no Público em 22 de julho de 2020: «será que quem debita as soluções conhece a realidade? Será que sabe quantos metros quadrados tem uma sala de aula e quantos alunos constituem uma turma? Quantos serão os que respiram o mesmo ar dentro do mesmo espaço?». 

 

«Quando for assim»
Uma maneira de dizer para certas situações

«Quando for assim» é uma frase feita que, em Portugal, «ocorre sempre depois de um acidente estúpido e irrepetível», conforme observa o escritor Miguel Esteves Cardoso nesta crónica de tom humorístico, incluída na edição de 13 de julho de 2020 do jornal Público (mantém-se a ortografia de 1945, em que o original está escrito).

Variação da língua portuguesa
Como ensinar uma língua pluricêntrica

A língua portuguesa é uma língua pluricêntrica com normas diferentes: há as normas linguísticas nacionais, como a portuguesa e a brasileira, já tradicionais; e as normas linguísticas nacionais emergentes, ainda por codificar mais sistematicamente, como a angolana e a moçambicana. No entanto, o ensino da língua nas escolas ainda perpetua a ideia de uma língua bicêntrica, e é sobre este tema que a linguista Margarita Correia fala neste texto, transcrição de um seu  depoimento incluído no programa Páginas de Português, na Antena 2, do dia 10 de julho de 2020.