« (...) Nasci português sem opção em 1947. Fizeram-me cidadão indiano sem opção em 1962. Mas optei pela recuperação da nacionalidade portuguesa em 1995 e optei pela cidadania indiana (OCI) em 2007. Assim sinto-rne à vontade na Luso-esfera pós-colonial. (...)»
Quero desde já deixar claro aos meus distintos ouvintes neste Congresso que venho falar da minha experiência pessoal de Lusofonia em contextos colonial e pós-colonial. Digo no subtítulo que se trata de preocupações e experiências. Será uma apresentação quase autobiográfica, e consequentemente refletirá reações emocionais e que possam parecer a alguns como desmedidas. Mas trata-se das minhas experiências, e não dos outros. Além disso serão mais emotivas do que emocionais, porque passaram pelo crivo de reflexões criticas e foram objeto de várias conferências em que participei e ensaios que publiquei. Estes ficam registados na bibliografia anexa a este texto e poderão ser consultados para completar o que o tempo escasso disponível hoje não me vai deixar partilhar.
Hoje estamos aqui para debater a Lusofonia no Ensino Superior, e isto para mim significa uma Lusofonia crítica, e avaliada a esse nível de ensino e estudo. Podemos imaginar outros níveis: Lusofonia primária, elementar, das massas populares. Afinal é ao povo que a Lusofonia pertence. Poucos eram os heróis do mar que pertenciam às elites. Poucos eram os voluntários que foram para o Oriente.
Sabemos da documentação nos arquivos que era preciso ir buscar todos os anos os "mal costumados" apanhados pelos policias em várias comarcas no mês anterior para se conseguir a lotação dos barcos que partiam para a Índia no mês de Abril. Eram designados como "degradados", embora muitos deles hoje ficassem livres pagando pequenas multas. Por exemplo, Camões foi despachado para a Índia por ter bebido uns copos a mais na cantina da sua Universidade. Mas com raras exceções como esta, foi o povo humilde que levou a Lusofonia ao mundo.
Quero salientar esse facto porque foi também assim que a Lusofonia continuou a ser sustentada no Oriente pelos padres do Padroado, a grande maioria deles filhos de gente humilde. Seria este o meu papel como direi em breve, caso eu não mudasse o rumo e entrasse em outros níveis de Lusofonia. Sabemos todos como até os tempos muito recentes os padres nativos, como o bispo Ximenes Belo, foram os grandes protagonistas da Lusofonia em Timor. Pouco teria conseguido o Xanana e o Horta sem a massa crítica popular que rezava no cemitério de Santa Cruz.
Como diz também o título desta conferência, trata-se do meu acompanhamento da Lusofonia em Goa antes e depois do fim da presença portuguesa. O meu contato com lusofonia elementar começou com o ensino primário na minha aldeia, mas informalmente em casa, onde ninguém falava a língua portuguesa, exceto o meu avô que tinha no seu vocabulário para ocasiões especiais alguns palavrões em português.
O meu avô andava quase semi-nú, vestido somente de langotim, dentro da casa e mesmo na aldeia. Não era nada de surpreender nas zonas rurais de Goa. Mas segundo uma lei vigente ele tinha que vestir calças e casaco quando entrasse na capital do distrito. Ele levava o seu fato nos ombros e vestia-o ao entrar na cidade e libertava-se dele com pressa à saída. Era nestes momentos que os palavrões eram dirigidos às autoridades portuguesas, que ele qualificava de filhos da puta, fodriche (versão concanizada de fodidos), que lhe saiam do fundo do coração. O nosso historiador-geógrafo Orlando Ribeiro que esteve em Goa numa missão de estudo em 1956, diz no seu relatório enviado a Salazar, e publicado somente em 1998, que ele conheceu mais gente boçal em Portugal do que em Goa.
Voltando a falar do ensino primário que se tornou obrigatório nos anos 50, no ambiente familiar que descrevi, esse ensino não era um prazer, mas quase uma tortura. Era uma aprendizagem que em casa não servia para nada. Dizia bem o Prof. Mariano Saldanha que regia no Departamento de Línguas Orientais, como David Lopes e Esteves Pereira na Universidade de Lisboa em meados do século passado, que o ensino primário obrigatório em Goa produzia uma classe de “analfabetos alfabetizados”.
Para prosseguir estudos no liceu situado na cidade capital, não havia transporte público, nem dinheiro para propinas. Muitos dos meus colegas preferiam seguir os seus estudos em colégios privados de inglês localizados nas aldeias, preparando-se assim para emigrar e ter empregos na Índia vizinha. O meu irmão mais velho fez isso e sei que custava aos meus pais pagar as suas propinas. Eu não quis ser um peso adicional no orçamento da família. Desta forma também a Lusofonia ao nível secundário deixava muito a desejar. Ao nível superior tínhamos a Escola Médica estabelecida após a perda do Brasil para formar médicos que pudessem ajudar a superar as doenças tropicais na África.
Optei por ir para o seminário, tal como acontecia também aqui em Portugal, era prática corrente para adquirir boa educação com poucos custos para as famílias menos abastadas. Mas eu tinha outro motivo para entrar no seminário e que tem a ver com a Lusofonia no contexto colonial. Havia uma meia dúzia de famílias em cada aldeia que colaboravam de perto com a administração colonial. Muitas delas era famílias mestiçadas ou em vias de branqueamento. Viam-se militares portugueses a namorar com as filhas destas famílias. Não era diferente o caso da minha aldeia.
Um filho de uma destas famílias era meu colega na escola primária. Como falava português em casa tinha vantagem nos resultados, mas eu achava que isso não devia dar para muito mais do que ele merecia e que só era possível devido à influência política e social da sua família. Eu considerava esta situação injusta.
Quando soube deste meu colega que ele ia continuar os estudos no seminário, decidi logo fazer o mesmo. Eu pensava que os padres no seminário seriam mais justos. Pelos vistos e infelizmente para mim isto não aconteceu. Embora muito desmotivado continuei os meus esforços para ser um bom aluno, e vi os meus esforços reconhecidos já no segundo semestre de 1961. O que tinha acontecido?
As famílias influentes às quais me referi entraram em depressão social após o fim da presença colonial portuguesa. Eu consegui ultrapassar o meu colega na turma, mesmo na disciplina de literatura indo-portuguesa. O professor regente da cadeira, Pe. Filinto Cristo Dias, que deixou uma notável obra publicada sobre a temática após 1961, anunciava no fim do ano letivo que eu era o urso do curso. A partir daí tive distinções em todas as disciplinas, e o mesmo aconteceu no seminário maior durante três anos que lá estive. Devo dizer que mesmo após o fim do regime colonial a formação nos seminários continuou durante alguns anos seguintes a ser ministrada em português.
Eu era um jovem de 14 anos em 19 de Dezembro de 1961, data em que o último governador geral Vassalo e Silva assinou o documento de rendição perante as autoridades militares da União Indiana. Eu era nessa altura aluno do seminário menor da Arquidiocese de Goa, e como qualquer jovem curioso e amigo de férias, vi do terraço do edifício do seminário o combate dos barcos de guerra e aviões indianos com a canhoneira Afonso de Albuquerque nas proximidades do porto de Mormugão. Grande foi o meu contentamento inocente quando foi anunciado que as nossas férias de Natal seriam antecipadas por quase uma semana e que poderíamos regressar para as nossas famílias.
Enquanto as autoridades do seminário tomavam esta medida para nos poupar a alguma situação desagradável, para nós jovens era como se estivéssemos a celebrar alguma coisa. Na realidade, quando ainda Iá estávamos chegou um contingente militar indiano para uma rusga com o fim de ver se o seminário abrigava algum militar português.
O ano letivo 1961-62 era o penúltimo da minha formação preparatória para entrar no seminário maior de Rachol. Fiquei com uma profunda impressão negativa de Lusofonia como um instrumento de opressão colonial. A minha formação na Companhia de Jesus a partir de 1967 foi toda fora de Goa e em inglês. Senti-me liberto e sem saudades da Lusofonia em Goa. Achei que o meu objetivo de provar as minhas competências tinha sido atingido e optei por continuar na Companhia de Jesus. Assim acabou a fase inicial triste de Lusofonia para mim.
Depois de seis anos de formação superior em filosofia e teologia no ateneu pontifício em Pune, e em História na Universidade estatal daquela cidade, decidi regressar à Goa em 1972 para iniciar a minha investigação para doutoramento em História. Eu procurava conhecer melhor e explicar a mim próprio o que tinha acontecido ao meu povo durante o regime colonial. A necessidade de consultar os arquivos marcou a segunda etapa de Lusofonia na minha vida.
Embora as relações entre a Índia e Portugal continuassem cortadas, e o meu passaporte indiano era válido para todos os países, menos Portugal e Rodésia do Sul, era em Portugal que eu precisava de consultar os arquivos. Valeu-me a presença do Dr Bonifácio Miranda, de origem goesa e que estava bem colocado no Ministério de Negócios Estrangeiros. Ele arranjou-me um visto de entrada e assim pude consultar os arquivos em Portugal durante cinco meses até que fui aconselhado a sair do país em vésperas de 25 de Abril para evitar qualquer situação politicamente melindrosa.
Acabada a tese de doutoramento em 1977 fui encarregue pelas autoridades da Companhia de Jesus (Goa-Pune) para montar um instituto superior de investigação em História. Os Jesuítas não tinham nenhuma instituição de ensino superior em Goa na altura. Um estudo publicado sobre o tema pelo atual diretor do Instituto, Pe. Savio Abreu, SJ esclarece o processo e pode ser consultado em http://hdl.handle.net/10171/27918
Os meus contatos com as Fundações portuguesas e com os historiadores portugueses e indianos durante a fase de investigaçao para o doutoramento permitiu-me avançar rápida e eficazmente com o projeto. O Centro Xavier de Pesquisas Históricas (XCHR) foi inaugurado em 4 de Novembro de 1979, com várias personalidades eminentes presentes, incluindo Dr. José Blanco, administrador da Fundação Calouste Gulbenkian.
Neste mesmo ano foram lançados os alicerces para a construção de um edifício para o Instituto. Estiveram presentes historiadores convidados de Portugal e vários outros países que se tinham reunido no 1.° encontro de seminários de história indo-portuguesa, um projeto que continua ativo e se reúne de 2-3 anos em diferentes países do espaço lusófono. Este projeto deu um grande impulso para juntar historiadores de Portugal, Índia e o resto do mundo, e tem contribuído para formar uma nova geração de historiadores. Alguns deles são bem conhecidos em Portugal, como Luis Filipe Thomaz, Artur Teodoro de Matos, João Paulo Oliveira e Costa, para nomear somente alguns. Organizei dois destes encontros em Goa, em 1983 e 1994. Continuo neste momento como membro-conselheiro do grupo.
Quando surgiu a nova Universidade de Goa em 1986, o Instituto foi reconhecido pela Universidade para doutoramento em História. Esta situação mantém-se até ao presente, e a biblioteca do instituto possui um dos melhores acervos bibliográficos em Goa para o estudo de expansão portuguesa na Ásia. Entre as atividades do instituto organizavam-se cursos livres de língua portuguesa para os investigadores e outros interessados.
Antes de deixar Goa para me fixar em Portugal em 1994 com a recuperação da nacionalidade portuguesa, colaborei como vice-presidente da comissão executiva, com a Arquidiocese de Goa e Fundação Calouste Gulbenkian para montar o primeiro museu da arte sacra de Goa. Assumi a responsabilidade de preparar um inventário da arte sacra em todas as igrejas de Goa. Foi uma tarefa que me ocupou durante um ano. Foi um passo indispensável para se poder avançar com o resto do projeto. O museu foi instalado no seminário de Rachol, e mais tarde transferido para o convento de Santa Mónica na velha capital do Estado da Índia. A mudança foi necessária para facilitar o acesso aos turistas que visitam obrigatoriamente esse centro histórico.
Quando saí de Goa em Maio de 1994 para fixar a residência em Portugal publiquei um tipo de livro-adeus, intitulado Goa to Me (Goa para mim) com uma introdução autobiográfica que resume as minhas duas primeiras etapas de Lusofonia em Goa, com muitos pormenores de que não falei aqui. O livro pode ser lido online no Google-books seguindo o link http://bit.ly/10VywDY
Nas suas últimas reflexões antes de morrer em 1994, Agostinho da Silva resumiu o essencial do seu pensamento sobre a vida, a liberdade e a solidariedade num livro que foi transcrito e publicado por seus admiradores. Tinha por titulo "Ir a Índia sem abandonar Portugal". Eu procurei fazer o contrário: vir a Portugal sem abandonar Goa e a Índia. Trago-as ambas no meu coração. Assim começou a terceira, e provavelmente a etapa final de Lusofonia para mim.
Em Portugal comecei por colaborar num projeto da Comissão Nacional de Descobrimentos Portugueses e entrei como docente no recém-fundado ISMAG, que em 1998 obteve o estatuto de Universidade Lusófona. Neste mesmo ano, como fazendo parte das comemorações do 5.° centenário da viagem de Vasco da Gama à Índia fui convidado pela Fundação Calouste Gulbenkian para ser co-coordenador científico de uma conferência internacional na Sorbonne, em que participaram 80 investigadores de todo o mundo com obra publicada sobre a história da expansão portuguesa.
Fui convidado para abrir o Departamento de História na Universidade Lusófona no ano letivo de 1999-2000. Dirigi o Departamento durante quinze anos até a minha aposentação em Outubro de 2014. Para além da docência e administração do Departamento mantive aceso o meu interesse em promover uma Lusofonia critica, que nem sempre foi bem compreendida, sendo por vezes acusado de ser anti-nacional. Mas sustentei a minha crítica em vários fóruns nacionais e internacionais, e particularmente através da ACSEL (Associação de Cientistas Social do Espaço Lusófono) e suas conferências anuais, muitas delas publicadas na revista Campus Social que editei durante alguns anos.
Não se entenda que só tive críticos. A minha vida foi facilitada por fortes apoiantes, incluindo o reitor-fundador da Universidade Lusófona, Professor Doutor Fernando Santos Neves, agora seu reitor emérito sem funções. Foi por sua iniciativa que fui surpreendido em 2007, quando eu completei 60 anos de idade, com uma medalha de mérito e ouro pela minha contribuição para a investigação e promoção da Lusofonia. Na mesma ocasião foi-me dedicado um livro de homenagem intitulado Metahistory: A história questionando a história, com contribuições académicas de 43 investigadores de vários países.
Para o cúmulo da minha satisfação o Prof. Doutor Fernando Santos Neves na sua contribuição ao livro de homenagem, fazia uma comparação com o filósofo Kant, afirmando que ele não cessava de fazer críticas a Razão, não por ser um logófobo, mas pelo contrario, por ser um logófilo. E continuava: «Alguém que insiste, como tem sido o meu caso, na necessidade de uma permanente crítica da razão lusófona em ordem ao advento efetivo e interessante da "Lusofonia e da sua Hora' e principalmente alguém, como é o caso do Professor Teotónio de Souza, que não tem cessado de criticar muitas lusofonias reais e sobretudo muitos reais lusófonos, deverá ser acusado como "lusófobo militante" em todas as suas constantes abordagens "lusólogas"? E para responder a esta e semelhantes questões que me proponho estabelecer a relação entre uma necessária e permanente "Critica da Razão Lusófona" e uma não menos necessária e urgente "Hora da Lusofonia"».
Como podem concluir do pouco que disse, o meu mundo lusófono sempre girou em volta de Goa, reconhecendo-Ihe assim o seu papel histórico de capital do antigo Estado da Índia que abrangia em certa altura quase toda a Ásia Lusitana e também o que se chamava na altura Etiópia Oriental. Foi a identidade indo-lusa que permitiu à Goa em 1986 ganhar o estatuto de estado autónomo na União Indiana. Mais do que isto, quase mil goeses por ano estão a recuperar a nacionalidade portuguesa nos últimos dez anos para conseguirem entrada para os seus filhos no Reino Unido.
Apesar de eu viver em Portugal nos últimos 20 anos e pouco mais, escrevo colunas de opinião quinzenais para dois jornais de Goa desde 2008, procurando apresentar ao público geral as ligações históricas e culturais entre Portugal e a Índia, no passado e no presente. Publiquei no ano passado uma súmula das minhas reflexões num livro intitulado Goa outgrowing postcolonialism: Historical Explorations (1961-2014) http://amzn.to/2tu6OJV onde analiso e distingo três fases da presença histórica de Portugal na Índia: (1) Cristianização do karma (desde a conquista de Goa em 1510 até à Primeira República e a separação do Estado e da Igreja; (2) Lusotropicalismo, como uma estratégia contra os ventos de descolonização; (3) Luso-esfera, ou seja, um relacionamento pós-colonial de mútuas vantagens.
É nesse âmbito de Luso-esfera que fiz as minhas opções. Nasci português sem opção em 1947. Fizeram-me cidadão indiano sem opção em 1962. Mas optei pela recuperação da nacionalidade portuguesa em 1995 e optei pela cidadania indiana (OCI) em 2007. Assim sinto-rne à vontade na luso-esfera pós-colonial.
Bibliografia do autor sobre a Lusofonia
1 "A Study of the Indo-Portuguese Coinage and the Working of the Goa Mint", Indian Numismatic Chronicle 10 (1972), pp. 67-72.
2 "Goa-based Portuguese Seaborne Trade in the Early Seventeenth Century", The Indian Economic and Social History Review, XI I, 1975, pp. 27-35.
3 "Portuguese Records for Indian History at Goa and Lisbon", The Indian Archives, XXV, 1976, pp. 24-36.
4 "Portuguese Source-Material in the Goa Archives for the Economic History of Konkan in the 16th and 17th Centuries", Sources of the History of India, I, ed. S.P. Sen, Calcutta, 1978, pp. 426-41.
5 "C.R. Boxer, Portuguese India in the Mid Seventeenth Century" (Book Review), The Indian Economic and Social History Review, XVII, 1980, pp. 422-23.
6 "Heads Lose, Tails Win: Portuguese Currency", Goa: Cultural Patterns, ed. S.V. Doshi (Marg Publications), Bombay, 1983, pp. 97-100.
7 Indo-Portuguese History: Old Issues, New Questions, ed. Teotonio R. de Souza, New Delhi, 1985, pp. 240.
8 "A conquista espiritual do Oriente: Nota critica sobre a historiografia da Igreja na Ásia Portuguesa", Para uma história da Igreja na América Latina, ed. José Beozzo, Petropolis, 1986, pp. 123-135.
9 Essays in Goan History, ed. Teotonio R. de Souza, New Delhi, 1989, pp. 219.
10 Jesuits in India: In Historical Perspective, ed. Teotonio R. de Souza & Charles J. Borges, Macau, Instituto Cultural de Macau, 1992, pp. 413."Christianization and cultural conflict in Goa: 16th - 19th centuries", Congresso Internacional de História: Missionação Portuguesa e Encontro de Culturas, Braga, 1993, Actas, IV
Missionacão: Problemática Geral e Sociedade Contemporânea, pp. 383-93.
11 Discoveries, Missionary Expansion and Asian Cultures, ed. Teotonio R. de Souza, Concept Publ. Company, New Delhi, 1993, pp. 215.
12 Goa Medieval: A Cidade e o Interior no Século XVII (Edição portuguesa do Medieval Goa, com novo prefácio e bibliografia atualizada. Estampa, Lisboa, 1993, pp. 296.
13 "Gonçalo Martins: A Jesuit Procurator, Businessman and Diplomat in the Estado da India", Mare Liberum, Lisboa, CNCDP, Julho 1993,n° 5, pp.119-128.
14 "O Mar no Quotidiano Popular Goês", Estudos da Academia de Marinha, Lisboa, 1993.
15 "Qual a imagem dos Europeus entre os lndianos?", Oceanos, N° 16, Lisboa, CNCDP, 1993, pp. 54-56.
16 Goa to Me, Delhi, Concept Publ. Co., 1994, pp- 176.
17 "A Arte Cristã de Goa: Uma introdução histórica para a dialética da sua evolução", Oceanos, Nos. 19-20, Lisboa, CNCDP, 1994, pp. 8-14.
18 "Uns Confessionários Inéditos: Instrumentos de Missionação e Fontes para a História de Goa", Amar, Sentir e Viver a História: Estudos de Homenagem a Joaquim Veríssimo Serra°, Vol. II, Lisboa: Ed. Colibri, 1995, pp. 1087-1101.
19 Goa: Roteiro Histórico-Cultural, Lisboa: Grupo de Trabalho do Ministério da Educação para as Comemorações dos Descobrimentos, 1996, pp. 207.
20 "De Ceuta ao Japão: A rede imperial portuguesa" (Review Article: Luis Filipe F.R. Thomaz, De Ceuta a Timor and S. Subrahmanyam, The Portuguese Empire in Asia,
1500-1700) in Santa Barbara Portuguese Studies, Vol. III,1996, pp. 298-322.
21 "A literatura de viagens e a ambiguidade do encontro de culturas: 0 caso da India", Cadernos Históricos, VIII (Lagos, Comissão Municipal dos Descobrimentos), 1997, pp. 85-96.
22 "The Portuguese in the Goan Folklore", Goa and Portugal: Their Cultural Links, ed. Charles J. Borges & Helmut Feldmann, New Delhi: Concept Publ. Co., 1997, pp. 183-197.
23 "Estelas indianas", "Notícia sumária do gentilismo”, "Figuras da mitologia dos bramanes da Asia", "Usos e costumes da India", "Gentes e sitios de Goa", in Vasco da Gama e a India (Catálogo da Exposição na capela de Sorbonne, 11 Maio - 30 Junho, 1998, Lisboa / Paris 1998, Calouste Gulbenkian, pp. 73-75, 170-173.
24 "Lusofonia e Lusotopia no Oriente: O caso do folclore goês", Humani Nihil Alienum (Revista de Humanidades e Tecnologias, Universidade Lusófona), n°. 1, 2° Semestre, Lisboa, 1999, pp. 109-110.
25 "As relações culturais luso-indianas em Goa", Encontro sobre Portugal e a Índia, Lisboa, Livros Horizonte e Fundação Oriente,1999, pp.207-215.
26 "O ensino e a missionação jesuíta na India", A Companhia de Jesus e a Missio-nação no Oriente, Lisboa, Brotéria e Fundação Oriente, 2000, pp. 117-132.
27 "A globalização e as sociedades luso-asiáticas: 500 anos depois de Vasco da Gama", A Globalização Societal Contemporânea e o Espaço Lusófono: Mitideologia, Realidades e Potencialidades, org. Fernando Santos Neves, Lisboa, Edições Universitárias Lusófonas, 2000, pp. 215-224.
28 "Um missionário da civilização hindu em Portugal", in Adeodato Barreto, Civili-zação Hindu, Lisboa, Hugin Editores, 2000, pp. 47-56.
29 "As impressões portuguesas da India: Realidade, fantasia e auto-retração", Portugal, India and Deutschland /Portugal, India e Alemanha, ed. Helmut Siepman, Zentrum Portugiesischsprachige Welt, Universitat zu Köln / Centro de Estudos Históricos, Universidade Nova de Lisboa, 2000, pp. 23-32.
30 "Gilberto Freyre na Índia e o "Luso-Tropicalismo Transnacional", Cadernos, Lisboa, CEPESA (Centro Portugues de Estudos do Sudeste Asiático), 2001, pp. 1- 18.
31 "Brasil: inspirou os goeses ou assustou os portugueses? (1787-1835)", Diálogos Oceânicos: Minas Gerais e as novas abordagens para uma história do Império Ultramarino Português [À memória de Charles R. Boxer], ed. Júnia Ferreira Furtado, Belo Horizonte, Editora UFMG, 2001, pp. 469-483.
32 "A língua portuguesa em Goa: As dificuldades da sua implantação?", Língua e Cultura, Revista da Sociedade da Língua Portuguesa, Vol. V, Número especial de 2000, Lisboa,2001,pp. 64- 78.
33 "Municipalismo Colonial e Municipalismo Nativo em Goa: Conflitos e Convergências de Interesses", História dos Municíplos: Administração, Eleições e Financas, II Seminário Internacional - História do Município no Mundo Português, Ed. Centro de Estudos de História do Atlântico, Madeira, 2001,pp.27-39.
34 C.R. Boxer, João de Barros: Humanista Português e Historiador da Ásia (versão portuguesa com novo Prefácio e Bibliografia atualizada), ed. Teotónio R. de Souza, Lisboa, CEPESA, 2002, pp. 158.
35 "Da Torre do Tombo de Goa à Gova Purabhilekha: Comemorando 400 anos do Arquivo Histórico de Goa", Anais, Serie II, Vol. 40, Lisboa, Academia Portuguesa de História, 2003, pp. 453-471.
36 "Uma visão para além do imediato / A vision beyond immediacy", Museu de Arte Sacra Indo-Portuguesa: Rachol Museum of Christian Art, Lisboa, Fundação Calouste Gulbenkian, 2003, pp. 52-57.
37 'Lusofonia' sem 'Lusofilia'? 0 caso do Antigo Estado da India: Défice de Reciprocidade Cultural", Revista Lusófona de Educação, n°2, 2003, Lisboa, Edições Universitárias Lusófonas, pp. 121-127.
38 "Charles R. Boxer (8/3/1904-27/4/2000): Historiador, Mestre e Amigo", Lisboa, SEMANARIO, 5 de Março de 2004, Caderno "Internacional & Cultura", pp. 14-15 [Evocando o centenario do nascimento]-
39 "D. José da Costa Nunes - A Patriarch who cared for more than souls: A case of caesaro-papism in Portuguese India, 1942-1953", Mission und Macht im Wandel politscher Orientierung — Europaische Missionsgesellchaften in politischen Spannunsgsfeldern in Afrika und Asien zwischen 1800 und 1945, ed. Ulrich van der Heyden / Holger Stoecker, Stutgart, Franz Steiner Verlag, 2005, pp. 243-256.
40 "Arquivo Histórico de Goa", "Goa", "Missionagao (Indico)", in Dicionário Temático de Lusofonia, Dir. & Coord„ Fernando Cristóvão, Porto, Texto Editora, 2005, pp. 62-4, 470-3, 727-8.
41 "Lógicas imperiais e processos contemporâneos: Analisando algumas mernórias colonias recém-publicadas em Goa e em Portugal", in Babilónia: Revista Luóofona de Línguas, Culturas e Tradução, n° 4, Lisboa, Edições Universitárias Lusófonas, 2006, pp. 55- 70.
42 "Portuguese impact on Goa: Lusotopic, Lusophonic, Lusophilic?", Creole Societies in the Portuguese Colonial Empire, Philip Havik and Malyn Newitt, Eds., University of Bristol Press, 2007, pp.235- 250.
43 "As Pluricronias e as Pluritopias do Pensamento Humano: achegas para uma Epistemologia da Interculturalidade", Introdução ao Pensamento Contemporâneo, ed. Fernando Santos Neves et al, .Lisboa, Edições Universitárias Lusófonas. 2007, pp. 175-198.
44 "Evocando Pe. Antonio Vieira - A História do Futuro: Uma visão lusófona da cultura e do humanismo", RES-PUBLICA: Revista Lusófona de Ciência Politica (2008) 7/8: 29 - 38.
45 "O Padroado português do Oriente visto da Índia", Revista de Ciência das Religiões, 2008, 13/14, pp. 413 - 430.
46 "From Christianization of karma to Luso-Tropicalism and Lusosphere", SEMINAR, Delhi, 2012, 630, pp. 23 - 27.
47 "Desde os estudos geológicos e as concessões portuguesas de exploração de minério em Goa nos anos 50 até à atualidade: uma escolha difíicil entre uma pretensa espinha dorsal econórnica e a espinha dorsal real de ecossistema regional.", Comunicação apresentada em Ciência nos Tropicos: Olhares sobre o passado, perspectivas de futuro. In Science in The Tropics: Glimpsing the past, projecting the future, Lisboa, 2012. (Digital edition).
Observação: As colunas quinzenais "Historical Explorations" no diário Herald (Goa) podem ser consultadas em http://.scribd.com/teodesouza. onde estão também disponíveis vários textos indicados acima. Estão agrupados na coleção "Cultural Studies and Historical Deconstructions" em https://pt.scribd.com/lists/1595068/Cultural-Studies-and-Historical-Deconstructions
Intervenção do autor Congresso "Ensino Superior e Lusofonia", organizado pelo Instituto Universitário da Maia, realizado nos dias 26 e 27 de novembro de 2015, sobre a a sua experiência pessoal no tema, em contextos colonial e pós-colonial.