Para "vender melhor" o Algarve aos turistas estrangeiros — especialmente ingleses — o Governo português decidiu pagar 9 milhões de euros, só neste ano, por uma campanha publicitária que promove, ela própria, uma nova "marca" para a região: "Allgarve", em vez de Algarve.
«Acrescenta-se um "l" à palavra Algarve e passa-se a pronunciar "All… Garve"» — noticiou a SIC citando a justificação oficial: «Para os estrangeiros fica mais fácil pronunciar a palavra, principalmente para os nativos da língua inglesa.»1
A justificação oficial tem o nome e o rosto do ministro Manuel Pinho, que explicou assim as suas «ideias positivas» para a mudança do nome Algarve para «qualquer coisa do género inglês»: «"All" em inglês quer dizer "tudo", e, portanto, a ideia é juntar a marca tradicional do Algarve, que continua a ser respeitada, com esta ideia de tudo.» A contestação, obviamente, começou já no próprio Algarve.
Quanto ao ministro, esse dera já nas vistas pelas piores razões. Primeiro, no papel nada exemplar no caso da demolição da casa onde viveu e morreu Almeida Garrett, de cujo imóvel ele era proprietário. E, depois, porque, sempre que fala em público, asneira sistematicamente no pobre do verbo haver. Ou nas regências verbais.2
1 O apresentador e o autor da peça da SIC pronunciaram sempre "êurós", como generalizadamente se ouve (mal) nos telejornais portugueses. Euro deve dizer-se "êuru", como qualquer palavra grave acabada no som "u": dedo, medo, senso, tento, etc. E ao segundo, está visto, ninguém ensinou que o calão é linguagem não recomendável em jornalismo.
2 «(...) juntar a marca tradicional do Algarve (...) a esta ideia de tudo», e não «juntar (...) com (...)».
(Ver Pelourinho de 19-03-2007)
1. Mais 15 respostas em linha, com enfoque para as seguintes:
— é verdade que o português tem formas verbais iguais para diferentes tempos?
— alevantar, a levantar ou (só) levantar?
— em que situações o verbo se faz acompanhar de pronome?
— «vou ver de um carro» é o mesmo que «vou ver um carro»?
— «um ou outro aceitou» ou «um ou outro aceitaram»? E no caso de «um e outro»?
2. Chamamos a atenção para o facto de termos implantado alguns melhoramentos na navegação deste sítio, como sejam a mudança de cor em links visitados, a indicação, na barra central, da rubrica seleccionada e a disponibilização, na Antologia, da lista de autores por país, no menu da direita [após a selecção de um país].
3. Lembramos que os consulentes têm à disposição o serviço MorDebe (do ILTEC) para a resolução de dúvidas relativas à atestação de formas (saber se uma dada palavra existe ou verificar a forma de um dado tempo/modo verbal, por exemplo).
1. O Prémio Camões 2007, que é o galardão literário mais importante da língua portuguesa, distinguindo todos os anos um autor de renome, foi atribuído a António Lobo Antunes. Nascido em 1942 em Lisboa, este escritor impôs-se rapidamente na literatura portuguesa com a publicação de Memória de Elefante em 1979. Hoje é um dos nomes maiores da criação literária em Portugal, tendo recebido vários prémios, muitos deles internacionais. Esperamos que este acontecimento contribua para tornar a obra de Lobo Antunes ainda mais conhecida e aumentar o número dos que lêem (e comentam) obras em português.
2. Ficam em linha 15 novas respostas que abordam tópicos linguísticos variados, entre eles:
3. Voltamos a lembrar que não respondemos a perguntas provenientes do 3.º Campeonato da Língua Portuguesa, que se está a decorrer em Portugal — nem mesmo, convém frisar, às que pertençam aos testes de eliminatórias já realizadas. Consideramos que esclarecer estas dúvidas é, neste momento, interferir no processo de uma iniciativa que ainda não está concluída.
1. Ficam em linha 15 respostas a dúvidas em que a forma e o significado das palavras são o tema dominante; por exemplo:
2. Actualizados estão também o Pelourinho, acerca da expressão «ir ao encontro de», e o Correio, sobre a forma e a pronúncia de rugby/râguebi.
3. Pedimos uma vez mais aos nossos consulentes que, antes de perguntar, verifiquem se a pergunta que pretendem fazer já obteve resposta: para tal, basta inserir no espaço assinalado pela lupa (canto superior direito) a palavra visada na dúvida que se quer ver esclarecida. O procedimento é idêntico no preenchimento do espaço "palavra-chave", no formulário.
1. Entre as 15 respostas que pusemos em linha neste dia, salientamos as que abordam temas como:
2. Esta actualização conta ainda com um novo Pelourinho de Regina Rocha, sobre a pronúncia de perseverar e a redundância «percorrer um percurso» (em vez de «fazer um percurso» ou «percorrer um caminho»).
1. O que é ter «pensamentos veleitários»? É sonhar acordado.
É correcto o uso da preposição de em «aumentar de peso»? É, mas…
«Fui eu quem fiz»? Não, «fui eu quem fez».
Diz-se «dado a base ser...», sem dado concordar com base? Sim, porque…
A palavra excludente existe? Está atestada nos dicionários brasileiros.
São estas algumas das dúvidas esclarecidas pelas 15 novas respostas agora em linha.
2. Pedimos uma vez mais aos nossos consulentes que, antes de perguntar, verifiquem se a pergunta que pretendem fazer já obteve resposta: para tal, basta inserir no espaço assinalado pela lupa (canto superior direito) a palavra visada na dúvida que se quer ver esclarecida. O procedimento é idêntico no preenchimento do espaço "palavra-chave", no formulário.
1. Deixamos em linha 15 novas respostas a perguntas como estas:
– Fernando Pessoa também escrevia mal?
– Diz-se «esbarrar contra»?
– A forma anarco-sindicalista tem alguma variante?
– Se existe ilimitado, é possível usar ilimite?
– Qual a diferença entre aparelho e sistema?
Cf.: Fernando Pessoa: 10 das melhores frases do génio
2. Novas Notícias e dois Pelourinhos, sobre a regência de receio e o termo desblindagem, completam mais uma semana de actualizações do Ciberdúvidas. Realçamos ainda um texto de Maria Regina Rocha à volta do poema-canção de Chico Buarque, Ouça um bom conselho, na rubrica Lusofonias.
1. O que devemos dizer se nos acusarem de pestinheiros?
Quantos de nós faz/fazem/fazemos (?) a concordância na expressão muitos de nós?Quando devemos usar de sem ser dequeístas?
Estas são apenas alguns temas deste dia, de um total de 16 respostas.2. Voltamos a lembrar que não respondemos a perguntas relacionadas com o 3.º Campeonato Nacional de Língua Portuguesa, que o semanário Expresso, o Jornal de Letras, a SIC e a SIC Notícias estão a organizar em Portugal. Todos compreenderão certamente que esclarecer tais dúvidas seria desvirtuar a prova.
Eis um bom tema:
À conta do amor, andam muitos desauridos e sobressaltados, porque não é só o amor que é cego...
Mas, enfim, cada um é como é.
1. Temos estado a receber mais de 40 perguntas por dia, o que só nos estimula a prosseguir com o nosso trabalho. Estamos a gerir este fluxo de perguntas o mais depressa que nos é possível.
Neste dia, publicamos mais 15 respostas. Colocamos em análise:
— a distinção entre linguagem verbal e linguagem não verbal;
— a relação entre a posição do acento tónico e a abertura da vogal;
— a aceitabilidade da forma secretar;
— a justificação para a aceitação da variação gráfica impacte — impacto;
— a verificação da dupla relação (sinonímia, homofonia) entre quota e cota;
entre outros temas.
2. Pedimos uma vez mais aos nossos consulentes que, antes de perguntar, verifiquem se a pergunta que pretendem fazer já obteve resposta: para tal, basta inserir no espaço assinalado pela lupa (canto superior direito) a palavra visada na dúvida que se quer ver esclarecida. O procedimento é idêntico no preenchimento do espaço "palavra-chave", no formulário.
Este é um espaço de esclarecimento, informação, debate e promoção da língua portuguesa, numa perspetiva de afirmação dos valores culturais dos oito países de língua oficial portuguesa, fundado em 1997. Na diversidade de todos, o mesmo mar por onde navegamos e nos reconhecemos.
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