1. Devido ao período de Carnaval, as actualizações do consultório terão uma pausa até 2 de Março. Entretanto, o vasto arquivo do Ciberdúvidas permanecerá à disposição de todas as perguntas sobre a língua portuguesa.
2. O que quer dizer a palavra “autóctone”? Um branco angolano ou moçambicano é autóctone? E qual a origem da palavra “pária”? O que têm para nos contar os bolseiros africanos que estão a tirar cursos de língua e de literatura portuguesa nas universidades portuguesas: eis os tópicos do programa Língua de Todos (RDP África, sexta-feira, 27, 13h15)
3. O Páginas de Português de domingo, 1 de Março (Antena 2, 17h00), incluirá uma conversa com o organizador da Expolíngua, cuja 19.ª edição decorre de quarta a sexta-feira próxima, em Lisboa. Dará espaço também a outro tema: será possível ensinar a escrever? A professora Sónia Valente Rodrigues acredita que sim. E, por isso, publicou recentemente o livro Projectos de Escrita.
4. Shopping center, outsourcing, overbooking, parking e tantos outros anglicismos,adoptados acriticamente em prejuízo dos termos equivalentes em português;a origem da palavra saldos e a da expressão «ouvidos de mercador»; a curiosa evolução semântica do vocábulo negócio: tudo isto vai ser tratado no 55.º programa do Cuidado com a Língua! (na RTP1, segunda-feira, 2 de Março, às 21h15, hora oficial em Portugal continental), apresentado por Diogo Infante, com a participação da actriz Sara Campino.
5. Com a previsão de que a aplicação, em Portugal, do Acordo Ortográfico estará para breve, persistem muitas dúvidas, a que um almejado Vocabulário (verdadeiramente) Comum poderia pôr cobro: é este o tema de um novo artigo do nosso consultor D´Silvas Filho, escrito especialmente para o Ciberdúvidas.
6. Fica também em linha uma evocação dos 200 anos do nascimento do orientalista português Cunha Rivara, da autoria do historiador goês Teotónio R. de Souza.
No programa Língua de Todos (sexta-feira e sábado, dias 20 e 21 de Fevereiro, respectivamente, às 13h15, na RDP África) estarão em foco os novos programas para o ensino básico (1.º, 2.º e 3.º ciclos) do sistema educativo em Portugal. Sabe-se que contemplam a inclusão de textos de mais autores brasileiros, angolanos, moçambicanos, cabo-verdianos, guineenses e são-tomenses, mas o relevo vai para as literaturas das três primeiras nacionalidades referidas. E a reciprocidade nos PALOP?
A propósito do lançamento de um conversor automático para a nova ortografia, o ministro da Cultura português, José António Pinto Ribeiro, garantiu que o novo Acordo Ortográfico deverá entrar em vigor no primeiro semestre de 2009, após negociações com os outros países da CPLP.
1. São muitas as críticas dirigidas aos canais de televisão da Rádio e Televisão de Portugal (RTP), designadamente a respeito da qualidade do uso linguístico, segundo o relatório anual do provedor do telespectador da RTP, Paquete de Oliveira:
«Mantêm-se os reparos sobre erros em legendas e rodapés. Os espectadores elogiam bastante o programa Cuidado com a Língua!, mas acusam a RTP de não o cumprir — o provedor reconhece que o cenário melhorou, "mas ainda persistem erros". E também consideram excessivas algumas situações e a linguagem brejeira dos programas de humor.»
2. Mas foi na RTP2, no programa Câmara Clara de 15 de Fevereiro último, que se soube do interesse da China pelo Brasil, por Angola e, obviamente, pela língua portuguesa, conforme revelou o norte-americano Joseph Levi, professor de Língua e Cultura Portuguesas na Universidade de Hong Kong.
1. Chamamos a atenção para o documento Dificuldades dos alunos em Língua Portuguesa, realizado no âmbito do Projecto de Investigação e Ensino da Língua Portuguesa (IELP). Trata-se de um estudo coordenado por Sónia Valente Rodrigues (consultora do Ciberdúvidas) e Regina Duarte (Direcção-Geral de Inovação e Desenvolvimento Curricular-DGIDC) que apresenta resultados recolhidos em trabalho concretizado com turmas dos 2.º e 3.º ciclos do ensino básico e do ensino secundário, com o objectivo de contribuir para as tomadas de decisão para a revisão do programa do ensino básico em Portugal (disponível em síntese e em versão integral no sítio da DGIDC).
2. No Pelourinho, Ana Martins traça a genealogia da expressão «tudo fará», a propósito da ordem dos elementos frásicos.
1. «A línguas maternas são únicas porque marcam os seres humanos desde o seu nascimento, dando-lhes sobre o mundo um olhar singular que nunca se extingue, independentemente do número de línguas que venham a adquirir posteriormente. Aprender línguas de outros é uma maneira de percepcionar o mundo de diferentes formas, fazer-lhe outras aproximações» (Koitiro Matūra, Unesco).
A política de comunicação global que não atende à defesa de todas as línguas condena a herança linguística mundial a uma redução drástica e irremediável.
Lembramos que no próximo dia 21 se celebra o Dia Internacional da Língua Materna.
Deixamos, a propósito, a sugestão de leitura dos seguintes artigos:
2. Para os aficionados: o episódio (53.º!) do Cuidado com a Língua! (RTP 1, segunda-feira, 21h15, com repetição nos demais canais da televisão pública portuguesa, além de ficar disponível aqui, em diferido) é dedicado à origem e à formação de palavras e expressões como hipismo, equitação, cavalo-de-batalha, amazona, etc., etc.
1. É possível fazer a história de uma controvérsia? É. A controvérsia sobre o Acordo Ortográfico teve uma longa vida, atribulada, com crises existenciais, bons e maus casamentos... chega agora ao recato da velhice. Divulgamos neste dia um dos textos que fazem o seu epílogo.
2. A convidada do programa Língua de Todos (RDP África, 13h15) desta semana é Simonetta Luz Afonso, presidente cessante do Instituto Camões, que vai falar sobre a estratégia para a divulgação da língua portuguesa no mundo. Já o tema do programa Páginas de Português (Antena 2, 17h00) é a presença da língua portuguesa em Itália: Vasco Graça Moura (poeta, romancista e tradutor), Luísa Maria Antunes Marinho (professora na Universidade do Funchal e tradutora), Lívia Apa (professora de literaturas africanas de língua portuguesa na Universidade de Nápoles) e Daniela Marcheschi (professora universitária e crítica literária) têm aí presença marcada.
Temos apontado aqui várias fórmulas arrevesadas que pululam nos relatos e comentários sobre futebol. Registamos, neste dia, mais uma: «à condição». Porquê esta perseverança em falar num registo «pseudotécnico» sobre assuntos que dizem respeito a um desporto tão popular? Pode haver várias explicações...
Sugerimos uma releitura dos principais textos que temos sobre o assunto:
A propósito do lançamento dos Novos Programas para o Ensino Básico, Carlos Reis, coordenador do projecto, dá as pinceladas de fundo no retrato do ensino da língua portuguesa em Portugal nos últimos 20 anos (pelo menos):
Ler: versão integral da entrevista ao jornal Público.
Recomendamos, a este propósito, a leitura da obra (de 1977) Pragmática Linguística e Ensino do Português (Coimbra, Livraria Almedina). Podemos já ler aí que «Só partindo de uma reflexão teórica (...) poderá o professor de Português avaliar o alcance da sua actuação didáctica e tomar consciência da especificidade da sua função» (p. 99).
1. O Que É Um Advérbio? é o título do livro de Ana Costa e João Costa (Edições Colibri). A pergunta-título é uma alavanca para a reflexão sobre o comportamento e a função de certas palavras que são grosso modo classificadas como advérbios, mas que, na realidade, fogem a quase todos os critérios morfológicos, sintácticos e semânticos) de delimitação desta classe de palavras. Lindley Cintra e Celso Cunha falam de palavras denotativas (Nova Gramática do Português Contemporâneo, 1984, p. 548), António Franco trabalha a noção de partículas modais... É esta questão que vem (parcialmente) reflectida na crónica do Sol desta semana.
2. A actualização deste dia reúne um número considerável de expressões fixas com a estrutura y como x (seco como pó; escuro como breu; frio como gelo; bravo como um leão). Sugerimos a propósito a leitura do artigo Sintaxe, semântica e pragmática das comparações emblemáticas e estruturas aparentadas, de Joaquim Fonseca.
Este é um espaço de esclarecimento, informação, debate e promoção da língua portuguesa, numa perspetiva de afirmação dos valores culturais dos oito países de língua oficial portuguesa, fundado em 1997. Na diversidade de todos, o mesmo mar por onde navegamos e nos reconhecemos.
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