1. E quando os tempos verbais não se limitam à função — só aparentemente óbvia — de situar as acções na linha temporal que tem a interacção verbal como ponto de referência (presente, passado e futuro)? Por exemplo, quando o presente do indicativo é usado para referir factos históricos ou quando o pretérito imperfeito serve para fazer fazer pedidos realizáveis no momento presente? Este é um interessante campo de estudo, com aplicação em muitas áreas, designadamente na interpretação de discursos mediatizados.
2. O programa Língua de Todos da próxima sexta-feira (13h15) incidirá sobre a adopção do Acordo Ortográfico por Cabo Verde, já a partir deste Verão, bem como a decisão do governo da Cidade da Praia para um alfabeto unificado da escrita dos crioulos cabo-verdianos.
Os brasileiros já ganharam: fizeram da entrada em vigor do Acordo Ortográfico um motivo de festa. No dia 26 p.p., arrancou, em Brasília, a Semana Brasil-Portugal, que vai durar até 1 de Fevereiro. A exposição Lugares de Fernando Pessoa, os concertos dos Madredeus e de Adriano Jordão e o debate com Fernando Meireles são alguns dos ingredientes.
Que língua é que se fala em Olivença? Português, espanhol, ou portunhol? Face à inacção das instituições portuguesas que têm a cargo a promoção e a divulgação da língua portuguesa, dentro e fora de portas, o Conselho da Europa fez uma avaliação negativa da situação linguística em Olivença e recomendou a protecção e o acesso amplo à aprendizagem do português oliventino.
Ler:
No último artigo do Diário do Alentejo, Maria Regina Rocha faz um relance à história de vida de algumas palavras: desafiar, fé, candidato, acender, considerar, siderado.
Na actualização deste dia, a etimologia está também em relevo: qual a origem das palavras rainha e gaibéus?
1. Enquanto o Inverno paralisa Portugal com chuva e neve, Cabo Verde mexe-se e promete-nos um Verão ortograficamente histórico: o governo da Cidade da Praia decidiu adoptar o Acordo Ortográfico a partir do segundo semestre de 2009, com um período de transição de entre seis e dez anos.
2. Voltando a Portugal, vão mudar os programas de Língua Portuguesa do ensino básico. O respectivo projecto está disponível para consulta pública até 22 de Fevereiro nas páginas da Direcção-Geral de Inovação e Desenvolvimento Curricular, em http://sitio.dgidc.min-edu.pt/PressReleases/Paginas/CONSULTAPUBLICALP.aspx. Os pareceres devem ser enviados para equipadeportugues@dgidc.min-edu.pt.
3. Eça de Queirós, n’ Os Maias, utiliza a expressão «(…) descia a tropa de calça branca a fazer a bernarda». Qual o sentido dela e a sua origem? O Páginas de Português de domingo, 25 de Janeiro (Antena 2, às 17h00), dá a resposta (o programa pode ainda ser ouvido aqui).
4. No Cuidado com a Língua! de 26 de Janeiro, segunda-feira, (RTP 1, 21h17, hora oficial em Portugal continental), encontraremos Diogo Infante, com uma crise de hipocondria, no hospital, à volta das palavras e das curiosidades da linguagem médica, a começar pelo termo “hipocondríaco”. Ou sobre a diferença entre “paciente”, “doente”, “doloroso” e “enfermo”. Ou, ainda, sobre a história semântica do vocábulo “hospital”. Finalmente: “mal-estar” ou “mau-estar”? “Mais bem receitado” ou “melhor receitado”? Com repetição nos canais internacionais da televisão pública portuguesa ou, em diferido, aqui.
1. O programa Língua de Todos de sexta-feira, 23 de Janeiro (na RDP África, às 13h15), incluirá uma conversa com Ernesto d’Andrade, professor da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa e autor do recém-publicado livro Línguas Africanas: Breve Introdução à Fonologia e Morfologia; e outra com António Carvalho da Silva, professor no Instituto de Educação e Psicologia da Universidade do Minho, sobre as gramáticas escolares portuguesas.
2. Nesta actualização, retomamos alguns tópicos: as consoantes dobradas na grafia de apelidos, o conceito de campo semântico, a tradução de stem cells. Comentamos ainda a formação de alguns termos: "filociano", "fiscalizatório", conspecífico, eleuterófilo.
1. Saudamos o lançamento de uma nova gramática de português, desta feita no Brasil — a Gramática Houaiss da Língua Portuguesa. Escrita em harmonia com a novas regras ortográficas, promete tornar-se uma obra de referência no estudo do funcionamento da língua.
2. No Correio, um consulente dá-nos os parabéns pelos 12 anos de Ciberdúvidas e ânimo para continuar.
3. Distância e proximidade podem coexistir, como evidencia a frase «Chega lá aqui!». Modificador e complemento circunstancial não são apenas termos que designam o mesmo constituinte; são também modos diferentes de definir a sua função na frase. Cada palavra, cada nome tem uma história, mas fica sempre muito por esclarecer, como nos casos de bué e do apelido Saraiva. São estas algumas das conclusões da actualização deste dia.
1. Depois da polémica em torno da aplicação em Portugal da Terminologia Linguística para o Ensino Básico e Secundário (TLEBS) em finais de 2007, a versão revista chama-se agora Dicionário Terminológico para consulta em linha (DT). Está disponível no sítio da Direcção-Geral de Inovação e Desenvolvimento Curricular.
2. O adjectivo entediante existe? Existe e até vem no dicionário.
«Ao fundo de» é uma locução prepositiva? Nem sempre.
É incorrecto usar qualquer em vez de nenhum? Não, é aceitável.
O hífen desaparece com o novo Acordo Ortográfico? Não. Por exemplo, mantém-se em compostos morfossintácticos.
Arriar pode significar «pousar no rio»? Não!
1. «Não esperamos que o défice de adequação do nível de língua ao contexto de comunicação afecte o falante adulto, escolarizado e profissionalmente integrado», diz Ana Martins no Pelourinho, mas são muitos os exemplos de como os jornais portugueses abusam da «linguagem de café de esquina».
2. A nova actualização dá igualmente relevo a variedades de registo de comunicação, centrando-se em termos especializados das áreas jurídica, administrativa, científica e desportiva. Outras respostas não esquecem o nível familiar e revelam o significado de almeida em Portugal e da expressão «chegar às falas».
3. Qual a diferença entre réu e arguido? E juiz, porque é que não leva acento, ao contrário do feminino, juíza, e do plural, juízes? E qual a história da expressão «justiça de Salomão»? São estas as questões abordadas no 50.º episódio do programa Cuidado com a Língua! (RTP 1, segunda-feira, 21h18, hora oficial em Portugal continental, com repetição, depois, nos canais internacionais da televisão pública portuguesa ou, em diferido, aqui).
1. A criação de palavras raramente se faz ex nihilo: aproveita-se uma forma de base, a que se junta um afixo ou outra forma de base. Por exemplo, os prefixos i(n/m)-, des- são muito produtivos: há irracional, incorrecto, impróprio e há descomposto, desleal e desconexo, etc. O interessante é que esta alquimia nunca se faz por adição simples: condoer não é o resultado da soma de sentido do prefixo con- mais o significado do verbo doer; ninguém diz «condoem-me os dentes»; por outro lado, há combinações possíveis e há outras impossíveis: há condomínio, mas não "condominar", há compadrio, mas já não há "comadrio", e por aí fora.
2. Qual a diferença entre réu e arguido? E juiz, porque é que não leva acento, ao contrário do feminino, juíza, e do plural, juízes? E qual a história da expressão «justiça de Salomão»? São estas as questões abordadas no 50.º episódio do programa do Cuidado com a Língua! (RTP 1, segunda-feira, 21h18, hora oficial em Portugal continental, com repetição, depois, nos canais internacionais da televisão pública portuguesa ou, em diferido, aqui).
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