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Por Ciberdúvidas da Língua Portuguesa

1. Não vem nas notícias, mas é um facto: existem já projectos destinados ao apoio à leitura, levado a cabo por voluntários, por exemplo, em hospitais. A iniciativa vai agora ser alargada a jardins-de-infância, escolas e bibliotecas. O Observatório da Língua Portuguesa é o responsável pelo recrutamento de voluntários, e o Plano Nacional de Leitura trata da interface com as instituições de acolhimento.

2. A propósito do lançamento, pela Porto Editora, do Vocabulário  Ortográfico da Língua Portuguesa, sob a responsabilidade de João Malaca Casteleiro,  divulgamos nas Controvérsias duas reacções – que, partindo de posições contrárias quanto à reforma de 1990, convergem ambas na crítica à disparidade de vocabulários ortográficos anunciados ultimamente em Portugal. O primeiro artigo, Do vocabulário comum ao dicionário para toda a CPLP, é da autoria de D'Silvas Filho, pró-Acordo Ortográfico; o segundo texto, Questões morais acerca do Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa, é subscrito por Francisco Miguel Valada, contra o Acordo Ortográfico.

3. A emissão do Páginas de Português de domingo, 25 de Outubro, às 17h00* na Antena 2, vai ser dedicada à acção de uniformização da ortografia, subjacente a qualquer edição de um vocabulário ortográfico, bem como à presença e à função dos neologismos na ecologia, na ciência e na publicidade.

* Hora oficial de Portugal continental.

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1. Um milhão de mensagens em português registadas no Twitter foi o argumento de peso que levou ao investimento na tradução deste serviço para o português — do Brasil. O Twitter está traduzido do inglês para o japonês, apenas, pelo que o português passará assim a ser a terceira língua "twitterana".

2. A 14.ª edição da Feira Internacional de Macau arranca neste dia com 288 delegações de 61 países e regiões, entre os quais sete países de língua portuguesa — um bom sinal de fortalecimento do português como língua de trabalho.

3. A sensibilização da sociedade para as novas regras do Acordo Ortográfico é o objectivo de um projecto da Universidade dos Açores, com múltiplas vertentes.

4. Na emissão do Língua de Todos de sexta-feira, 23 de Outubro, às 13h15*, na RDP África (com repetição no dia seguinte, às 09h15*), o linguista angolano Alexandre Chicuna disserta sobre portuguesismos, neologismos e sua dicionarização na língua kyombe, de Cabinda.

* Hora oficial de Portugal continental.
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Historicamente, o hábito e a possibilidade de todos lerem a Bíblia nas regiões protestantes era visto como indício de progresso social, em contraste com Espanha, Portugal e outros reinos católicos, considerados mais repressivos e menos empenhados na alfabetização dos súbditos. Essa época já vai longe: no mercado português deu-se o lançamento da A Bíblia para Todos, cuja promessa é verter o texto bíblico em moldes do português moderno. Curiosidade suplementar: a coincidência, no tempo e no espaço, da publicação de Caim, o novo livro de José Saramago, onde o prémio Nobel português recria de forma polémica a história milenar de Caim e Abel (Génesis, 4: 1-16).

Cf. As línguas da Bíblia

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É recente: a Lei n.º 5033 proíbe, no município do Rio de Janeiro, a utilização de estrangeirismos em cartazes publicitários. Os prevaricadores sujeitam-se a uma multa pesada e, em caso de reincidência, à suspensão do alvará.

Este tipo de documento legal tem antecedentes no Brasil. O mais célebre é o Projecto de Lei n.º 1676/99, do deputado federal Aldo Rebelo, que proíbe liminarmente o uso de estrangeirismos, mesmo em vocabulário técnico.

A lei é polémica, mas sem dúvida que já produziu efeitos positivos, designadamente a publicação do livro Estrangeirismos: Guerras em torno da Língua, uma colectânea de artigos de Marcos Bagno, John Robert Schimitz, José Luiz Fiorin, Sírio Possenti e Carlos Alberto Faraco, este último, organizador do volume. A nota do editor é promissora: «O livro tem origem num equívoco, o Projecto de Lei n.º 1676/99». Leia aqui a recensão.

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1. Os erros de língua não são todos iguais: nem em gravidade, nem no que toca à detecção do grau de incompetência linguística do falante. Um rápido relance sobre alguns textos de imprensa permite perceber isso mesmo.

2. Já está disponível a versão actualizada, segundo o Acordo Ortográfico, do corrector do Word. Deixamos aqui a ligação para o download da variedade do português do Brasil.

3. Foi notícia: pela primeira vez uma editora venezuelana distribui livros escolares de língua portuguesa, em parceria com a portuguesa Lidel.

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1. Mais cedo do que se esperava, anuncia-se o lançamento, pela Porto Editora, de um vocabulário que aplica o Acordo Ortográfico de 1990 (AO 90) ao português europeu. A obra, intitulada Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa, tem orientação científica de João Malaca Casteleiro e será apresentada por Fernando Cristóvão no Auditório do Padrão dos Descobrimentos (Lisboa), no dia 21 de Outubro, pelas 19h00*.

Recorde-se que, paralelamente, existem mais duas iniciativas, também com a finalidade de elaborar em Portugal um vocabulário conforme ao AO 90: uma, da Academia das Ciências de Lisboa; e outra, sob a responsabilidade do Instituto de Linguística Teórica e Computacional (ILTEC). Resta saber qual vai ser a obra a reunir critério, rigor e legitimidade como novo guia ortográfico oficial para a variedade portuguesa da língua comum. Entretanto, assinale-se novamente que, depois de alguma polémica gerada por certas grafias do Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa (5.ª edição conforme ao AO 90) da Academia de Letras Brasileira, foram publicadas recentemente duas listas de aditamentos e correcções. Outra questão, tão ou mais importante, que continua em aberto: e para quando o tão indispensável Vocabulário Comum aos oito países da CPLP, conforme o estipulado no artigo 2.º do Acordo Ortográfico de 1990?

2. Na Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa, vai realizar-se a III Conferência Internacional do Plano Nacional de Leitura nos dias 22 e 23 de Outubro (mais informação aqui). Deste evento dará notícia a emissão do Páginas de Português de domingo, 18 de Outubro, às 17h00* na Antena 2, na qual também se assinalam os 25 anos da Associação Portuguesa de Linguística, com uma conversa com a sua presidente, Ana Maria Brito. No programa, falar-se-á, ainda, da carta vencedora da rubrica “Uma carta é uma alegria da terra”, em colaboração com os CTT, Correios de Portugal, patrocinadores oficiais do Ciberdúvidas, juntamente com a Fundação Vodafone, o Ministério da Educação português e a Universidade Lusófona.

* Hora oficial de Portugal continental.

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1. Muitos jornalistas portugueses mostram falta de alinho no que escrevem. No Pelourinho, Joaquim Vieira e João Alferes Gonçalves dão exemplos.

2. Na emissão do Língua de Todos de sexta-feira, 16 de Outubro, às 13h15*, na RDP África (com repetição no dia seguinte, às 09h15*), a linguista Fernanda Pratas explicará o que são eventos e subeventos do cabo-verdiano. No programa, também se falará da diferença entre um regionalismo e um dialecto.

3. Na Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa, vai realizar-se a III Conferência Internacional do Plano Nacional de Leitura nos dias 22 e 23 de Outubro. A entrada é livre (mais informação aqui).

* Hora oficial de Portugal continental.

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A Fundação Vodafone renovou por mais um ano o apoio mecenático ao  Ciberdúvidas da Língua Portuguesa, depois de os CTT — Correios de Portugal terem garantido idêntico patrocínio. Ambas as entidades suportam a meias parte dos custos de manutenção do serviço prestado pelo Ciberdúvidas, um sítio na Internet de esclarecimento, de informação e de reflexão sobre o idioma oficial dos oito países da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), como não há outro nos seus moldes e natureza em todo o espaço da lusofonia. Cabe, pois, expressar sentidos agradecimentos à Fundação Vodafone, na pessoa da presidente da respectiva Comissão Executiva, Dra. Luísa Pestana, bem como à administração dos CTT.

O Ciberdúvidas está igualmente muito grato pelo apoio do Ministério da Educação (por via do destacamento anual de dois professores de Português, a tempo inteiro) e da Universidade Lusófona, em cujas instalações funciona.

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Chegam notícias de que magistrados da Guiné-Bissau defenderam a adopção da língua portuguesa como instrumento de trabalho no Tribunal da União Económica e Monetária Oeste-Africana (UEMOA). O apelo surgiu no final de um curso de formação sobre direito comunitário da UEMOA, cujos trabalhos terminaram, em Bissau, no passado dia 9 de Outubro. Assinale-se que o francês é língua veicular e oficial em todos os outros membros da UEMOA, a saber: o Senegal, o Mali, a Costa do Marfim, o Burquina Faso, o Togo, o Benim e o Níger.

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1. Há quem sonhe com um mundo onde a cada palavra se associa inequivocamente um só significado, como se a nossa representação da realidade fosse imutável e incontroversa. Na verdade, as palavras têm múltiplas acepções, alusivas a diferentes situações de uso; são, no fundo, testemunhas da vulnerabilidade da língua ao contexto. É o que nos recorda Ana Martins, num texto divulgado no Pelourinho.

2. As palavras e sua atestação constituem também o tema central das respostas deste dia.