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Por Ciberdúvidas da Língua Portuguesa

É recente: a Lei n.º 5033 proíbe, no município do Rio de Janeiro, a utilização de estrangeirismos em cartazes publicitários. Os prevaricadores sujeitam-se a uma multa pesada e, em caso de reincidência, à suspensão do alvará.

Este tipo de documento legal tem antecedentes no Brasil. O mais célebre é o Projecto de Lei n.º 1676/99, do deputado federal Aldo Rebelo, que proíbe liminarmente o uso de estrangeirismos, mesmo em vocabulário técnico.

A lei é polémica, mas sem dúvida que já produziu efeitos positivos, designadamente a publicação do livro Estrangeirismos: Guerras em torno da Língua, uma colectânea de artigos de Marcos Bagno, John Robert Schimitz, José Luiz Fiorin, Sírio Possenti e Carlos Alberto Faraco, este último, organizador do volume. A nota do editor é promissora: «O livro tem origem num equívoco, o Projecto de Lei n.º 1676/99». Leia aqui a recensão.

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1. Os erros de língua não são todos iguais: nem em gravidade, nem no que toca à detecção do grau de incompetência linguística do falante. Um rápido relance sobre alguns textos de imprensa permite perceber isso mesmo.

2. Já está disponível a versão actualizada, segundo o Acordo Ortográfico, do corrector do Word. Deixamos aqui a ligação para o download da variedade do português do Brasil.

3. Foi notícia: pela primeira vez uma editora venezuelana distribui livros escolares de língua portuguesa, em parceria com a portuguesa Lidel.

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1. Mais cedo do que se esperava, anuncia-se o lançamento, pela Porto Editora, de um vocabulário que aplica o Acordo Ortográfico de 1990 (AO 90) ao português europeu. A obra, intitulada Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa, tem orientação científica de João Malaca Casteleiro e será apresentada por Fernando Cristóvão no Auditório do Padrão dos Descobrimentos (Lisboa), no dia 21 de Outubro, pelas 19h00*.

Recorde-se que, paralelamente, existem mais duas iniciativas, também com a finalidade de elaborar em Portugal um vocabulário conforme ao AO 90: uma, da Academia das Ciências de Lisboa; e outra, sob a responsabilidade do Instituto de Linguística Teórica e Computacional (ILTEC). Resta saber qual vai ser a obra a reunir critério, rigor e legitimidade como novo guia ortográfico oficial para a variedade portuguesa da língua comum. Entretanto, assinale-se novamente que, depois de alguma polémica gerada por certas grafias do Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa (5.ª edição conforme ao AO 90) da Academia de Letras Brasileira, foram publicadas recentemente duas listas de aditamentos e correcções. Outra questão, tão ou mais importante, que continua em aberto: e para quando o tão indispensável Vocabulário Comum aos oito países da CPLP, conforme o estipulado no artigo 2.º do Acordo Ortográfico de 1990?

2. Na Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa, vai realizar-se a III Conferência Internacional do Plano Nacional de Leitura nos dias 22 e 23 de Outubro (mais informação aqui). Deste evento dará notícia a emissão do Páginas de Português de domingo, 18 de Outubro, às 17h00* na Antena 2, na qual também se assinalam os 25 anos da Associação Portuguesa de Linguística, com uma conversa com a sua presidente, Ana Maria Brito. No programa, falar-se-á, ainda, da carta vencedora da rubrica “Uma carta é uma alegria da terra”, em colaboração com os CTT, Correios de Portugal, patrocinadores oficiais do Ciberdúvidas, juntamente com a Fundação Vodafone, o Ministério da Educação português e a Universidade Lusófona.

* Hora oficial de Portugal continental.

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1. Muitos jornalistas portugueses mostram falta de alinho no que escrevem. No Pelourinho, Joaquim Vieira e João Alferes Gonçalves dão exemplos.

2. Na emissão do Língua de Todos de sexta-feira, 16 de Outubro, às 13h15*, na RDP África (com repetição no dia seguinte, às 09h15*), a linguista Fernanda Pratas explicará o que são eventos e subeventos do cabo-verdiano. No programa, também se falará da diferença entre um regionalismo e um dialecto.

3. Na Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa, vai realizar-se a III Conferência Internacional do Plano Nacional de Leitura nos dias 22 e 23 de Outubro. A entrada é livre (mais informação aqui).

* Hora oficial de Portugal continental.

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A Fundação Vodafone renovou por mais um ano o apoio mecenático ao  Ciberdúvidas da Língua Portuguesa, depois de os CTT — Correios de Portugal terem garantido idêntico patrocínio. Ambas as entidades suportam a meias parte dos custos de manutenção do serviço prestado pelo Ciberdúvidas, um sítio na Internet de esclarecimento, de informação e de reflexão sobre o idioma oficial dos oito países da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), como não há outro nos seus moldes e natureza em todo o espaço da lusofonia. Cabe, pois, expressar sentidos agradecimentos à Fundação Vodafone, na pessoa da presidente da respectiva Comissão Executiva, Dra. Luísa Pestana, bem como à administração dos CTT.

O Ciberdúvidas está igualmente muito grato pelo apoio do Ministério da Educação (por via do destacamento anual de dois professores de Português, a tempo inteiro) e da Universidade Lusófona, em cujas instalações funciona.

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Chegam notícias de que magistrados da Guiné-Bissau defenderam a adopção da língua portuguesa como instrumento de trabalho no Tribunal da União Económica e Monetária Oeste-Africana (UEMOA). O apelo surgiu no final de um curso de formação sobre direito comunitário da UEMOA, cujos trabalhos terminaram, em Bissau, no passado dia 9 de Outubro. Assinale-se que o francês é língua veicular e oficial em todos os outros membros da UEMOA, a saber: o Senegal, o Mali, a Costa do Marfim, o Burquina Faso, o Togo, o Benim e o Níger.

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1. Há quem sonhe com um mundo onde a cada palavra se associa inequivocamente um só significado, como se a nossa representação da realidade fosse imutável e incontroversa. Na verdade, as palavras têm múltiplas acepções, alusivas a diferentes situações de uso; são, no fundo, testemunhas da vulnerabilidade da língua ao contexto. É o que nos recorda Ana Martins, num texto divulgado no Pelourinho.

2. As palavras e sua atestação constituem também o tema central das respostas deste dia.

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1. Confrontados com os temas das perguntas que nos têm sido apresentadas, apercebemo-nos de que há grande atracção pelo universo linguístico de cariz popular, o que nos leva a inferir que esta curiosidade se revela como um sintoma de respeito pelos actos de fala genuínos do quotidiano popular. De facto, abundam questões sobre: a origem de palavras e expressões típicas de certas zonas (regionalismos); a pronúncia, a acentuação e a ortografia de termos conhecidos por via oral; o significado de expressões antigas; o sentido de muitos provérbios, expressão da sabedoria popular.

2. No Páginas de Português (domingo, dia 11 de Outubro, às 17h00*, na Antena 2) vai falar-se com o escritor Mário de Carvalho sobre as estratégias para contrariar o progressivo empobrecimento lexical da língua portuguesa, realidade comprovada por alguns estudos. O ensino da escrita estará, ainda, em foco numa conversa com a professora Antónia Coutinho, da Faculdade das Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa.

3. A propósito da atribuição dos prémios Nobel de 2009, e em particular do da Paz a Barack Obama, lembra-se aqui a pronúncia recomendada: /Nobél/, e não "Nóbel". Porquê? Ver aqui.

* Hora oficial de Portugal continental.

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1. A preocupação com a língua portuguesa tem vindo a ganhar vulto. O grande número de colóquios, simpósios, encontros em torno da língua é prova evidente de tais cuidados. A consciência da importância — e, pode-se mesmo dizer, da urgência — da aposta no desenvolvimento de competências nos falantes ressalta do leque de iniciativas de promoção da língua, que as mais variadas instituições se têm proposto a dinamizar.

E, nessa área, salienta-se o Centro Virtual Camões, «o sítio da Internet do Instituto Camões para apoio ao ensino e à aprendizagem do português», que nos oferece vários serviços, bastante apelativos, centrados na especificidade de três das competências em que assenta a mestria linguística:  falar, ouvir e ler. É-nos dada, também, a oportunidade de a brincar, através de jogos (jogos lexicais, gramaticando, jogo da glória, jogo da forca), se  aprender «o português de forma lúdica».

2. No programa Língua de Todos, na sua emissão de sexta-feira, dia 9 de Outubro, às 13h15*, na RDP África (com repetição no sábado, dia 10, às 9h15*), vai estar em foco, ao longo de uma conversa com o coordenador Yvanowik Dantas Valério, um curso de formação para professores africanos de língua portuguesa, que se realizou na Universidade Federal do Ceará, do qual resultou um livro com 96 histórias sobre a aprendizagem da leitura e da escrita. Será aí feita, também, uma abordagem às expressões  «com nós» e «com a gente», usadas no Brasil e nos  países africanos de língua portuguesa para designar o connosco do português europeu.

3. Por sua vez, no Páginas de Português (domingo, dia 11 de Outubro, às 17h00*, na Antena 2) vai falar-se com o escritor Mário de Carvalho sobre as estratégias para contrariar o progressivo empobrecimento  lexical da língua portuguesa, realidade comprovada por alguns estudos. O ensino da escrita estará, ainda, em foco numa conversa com a professora Antónia Coutinho, da Faculdade das Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa.

4. Ficam entretanto em linha três novos artigos: Poética de Amália, na rubrica O Nossos Idioma, e Erros evitáveis, se... e A falta de (bons) revisores, no Pelourinho.

* Hora oficial de Portugal continental.

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1. As dúvidas sobre a língua que falamos surgem-nos quando nos vemos confrontados no dia-a-dia com casos cuja construção nos parece estranha. É o que acontece com a ortografia de certas palavras pouco usuais, com o valor dos neologismos, com os gentílicos, com a construção de certos enunciados e, até, com o sentido dos provérbios

Sinal evidente de reflexão sobre a complexidade da língua, as questões apresentadas pelos consulentes são reveladoras do desenvolvimento da consciência linguística, conducente ao conhecimento explícito — o funcionamento da língua.

Porque do jogo entre o certo e o errado, o correcto e o incorrecto, o legítimo e o agramatical, a norma e a variante… emerge o domínio linguístico.

2. Entre escrever e escrever bem há uma grande distância. Por isso, a proposta de uma oficina de escrita é sempre bem-vinda. Na Fundação de Serralves, no Porto, entre 7 de Outubro e 9 de Dezembro, vai decorrer um «Atelier de Escrita — Homens e Bichos» dinamizado pelo escritor Mário Cláudio.