Aberturas - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
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Por Ciberdúvidas da Língua Portuguesa

«O que me interessa, e me preocupa, de facto, é saber como esta reforma ortográfica vai ser (bem) aplicada em Portugal e nos demais países de língua portuguesa», diz José Mário Costa no Público de 12 de Janeiro. Há previsão de algumas respostas: está a ser ultimado o lançamento, para 1 de Fevereiro, de um conversor ortográfico e de um verificador para Word e Outlook para o português europeu. A utilização destas ferramentas é gratuita. As garantias de fiabilidade são dadas pelo Instituto de Linguística Teórica e Computacional.

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A edição do Expresso de 9 de Janeiro apresenta um trabalho interessante sobre a dificuldade de elaboração de inventários lexicográficos nos dias que correm. Como saber se um neologismo vai vingar na língua? Há-os previsivelmente efémeros, mas o que irá acontecer a palavras como pluriemprego, sobreendividamento, guetizar, por exemplo? Estas palavras já vão constar do dicionário 2011 da Porto Editora. Será que, mais tarde, serão formas a suprimir do dicionário?

«Os limites da minha linguagem são os limites do meu mundo», diz a máxima de Wittgenstein. No caso específico destas novas palavras, o limite transforma-se num cerco de um país a viver uma grave crise social e económica.

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De 22 de Fevereiro até 30 de Abril estão abertas as inscrições para a Olimpíada de Língua Portuguesa subordinada ao tema Escrevendo o Futuro. Este é um evento promovido pelo Ministério de Educação do Brasil e pela Fundação Itaú Social e visa alunos da educação básica das escolas públicas. Participarão nas actividades da olimpíada 6 milhões de alunos, número correspondente a 145 mil escolas. O lançamento oficial será em 2 de Março, na Academia Brasileira de Letras, no Rio de Janeiro.

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Podia o Acordo ser menos ambivalente? Podia. Há possibilidade de recuo face à activação do Acordo em Portugal? Não há. É neste beco sem saída que estamos. Vale a pena continuar a esgrimir argumentos pró e contra Acordo? Vale, nem que seja para saber como se chegou até aqui. Por isso, neste dia, relevamos o artigo de Francisco Miguel Valada, no Público, e a resposta de D´Silvas Filho a um consulente.

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Quem nunca usou a sequência de caracteres LOL (lots of laugh), SOL (sooner or later), ASAP (as soon as possible), x-mas (Christmas) ou pf (por favor), bjs (beijos), bgd (obrigada), nos seus e-mails ou SMS, que atire a primeira pedra.

Junte-se a este facto a tendência de cada vez mais falantes comuns usarem termos do tecnolecto da informática, a que vem somar-se o fascínio pelos anglicismos. E há ainda os smilies e afins, como :----) para chamar alguém de mentiroso ou :-@ para fazer ver que aquilo que se está a escrever é dito a gritar.

A codificação é mutante e cada vez mais complexa, apresentando matizes curiosos, como aquele que nos é descrito neste artigo de Miguel Esteves Cardoso.

Será que a língua, como a conhecemos, vai ser afectada, na sua forma escrita, por esta deriva?

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Em França, os estudantes de Italiano são quase 300 mil; os de Espanhol, 3 milhões, e os de Português, apenas 30 mil. É uma constatação, entre outras possíveis. Esta, em particular, foi feita por Sanches Ruivo, responsável pela Cap Magellan, a primeira associação de luso-descendentes criada na Europa.

Os efeitos desta situação giram sozinhos no carrossel da inércia: a falta de visibilidade da língua e da cultura dos emigrantes acarreta dificuldades na integração no país de acolhimento; a falta de integração impede a mobilidade social; o acantonamento social é propício ao abandono escolar das segundas e das terceiras gerações de emigrantes.

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A incorporação de alunos estrangeiros nas escolas é uma realidade recente a que o sistema de ensino português tem de dar resposta. Essa resposta depende das estruturas institucionais, e, por sua vez, estas dependem do desenvolvimento dos estudos em Linguística Aplicada, Psicologia e Didáctica.

Porém, neste dia, queremos divulgar, não os congressos, os mestrados ou as edições recentes na área, mas as acções do dia-a-dia, desenvolvidas no microcosmos de cada escola. Há pouco tempo elas passavam despercebias; hoje elas passam quase despercebidas. A (grande) diferença está na facilidade actual de edição em linha do trabalho desenvolvido.

Trazemos três exemplos:

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Há o estudo e há os factos: para a promoção de uma língua não conta apenas o número de falantes mas também (e principalmente?) a dinâmica cultural, económica e científica assumida pela comunidade linguística em causa. No ano passado saiu o estudo dirigido por Carlos Reis que atestava o desfasamento entre o elevado número de falantes do português e os níveis pouco expressivos da presença da língua no mundo. Na proporção inversa, o facto: na semana passada, a II Edição dos Prémios Pompeu Fabra distinguiu a empresa Google por esta adoptar uma política que permitiu a integração da língua catalã nos serviços disponibilizados.

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Ainda se vai a tempo de travar a aplicação do Acordo Ortográfico em Portugal? Qual a posição, a este respeito, da ministra da Cultura e da ministra da Educação de Portugal? A hesitação a que assistimos deve-se à forma como está a ser tratada a activação do Acordo, ou ao próprio texto do Acordo? A nova ortografia vem alterar a pronúncia?

Eis as perguntas lançadas no texto publicado, neste dia, no Público, com a assinatura de Alexandra Prado Coelho, e a que se dá resposta, a várias vozes.

Afinal, balanços que, no Brasil, já foram feitos, como esta reportagem exemplifica:

É justamente este tema que vai estar em cima da mesa no programa Língua de Todos (RDP África, dia 1, 13h15*, com repetição no dia seguinte, às 09h15*): dos países africanos de língua oficial portuguesa, Angola e Moçambique ainda não ratificaram o Acordo Ortográfico. Um silêncio que fala alto? Até agora nada se ouviu por parte das respectivas entidades oficiais. Porquê? Respondem, entre outros, os escritores José Eduardo Agualusa (angolano) e João Paulo Borges Coelho (moçambicano).

O programa Páginas de Português (Antena 2, dia 3, 17h00*) também lhe dá atenção: o Acordo Ortográfico começa a ser aplicado na agência Lusa. E como vai ser nos principais jornais portugueses? Respondem, entre outros, os directores dos títulos Record, Expresso e Sol. para além do director de Informação da agência de notícias portuguesa, Luís Miguel Viana. E qual é o significado da palavra ortografia? E o que distingue língua-padrão de norma-padrão?

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Exodôncia, fitoesteróis, cantiléver... parecem palavras do outro mundo, mas não são. Do outro mundo é, de facto, a língua criada pelo linguista Paul Frommer, professor da Universidade da Califórnia, para o filme Avatar. Trata-se de um caso que se pode transformar num excelente pretexto, a utilizar em sala de aula, para explicar um agregado de noções fundamentais em linguística, entre elas a de língua natural e a de faculdade de linguagem. Fica a sugestão.