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Por Ciberdúvidas da Língua Portuguesa

Ao abrigo dos acordos de cooperação entre Portugal e Angola, especificamente para o ensino superior, os dois países estão a trabalhar no sentido da integração de Angola no 7.º programa Quadro de Investigação da União Europeia, com benefícios na atribuição de bolsas, participação em eventos científicos internacionais, construção de parques tecnológicos, mobilidade de docentes, entre outros efeitos. A ir avante, Portugal passa a ter um parceiro lusófono de peso na UE.

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1. O conhecido sítio alemão de aprendizagem de línguas, o Babbel.com, acabou de integrar o ensino em linha do português, em regime de aprendizagem autónomo e em regime tutorial. Há ainda a oferta do português para fins específicos, com especial atenção para o vocabulário do futebol. A variedade do português é, naturalmente, a do Brasil.

2. O embaixador de Portugal em Paris declarou recentemente que «O melhor caminho é a articulação forte entre Portugal e Brasil para a promoção da língua portuguesa nos espaços multilaterais e internacionais». Uma articulação nova e revigorante — espera-se. É que a que vigorou até agora ficou enredada em desconfianças e acusações.

3. (Re)visite a secção Pelourinho: em foco está a questão da pronúncia da palavra media.

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1. O vocabulário angolano não faz parte do vocabulário comum — é uma constatação fácil de fazer, dado que, efectivamente, não há um vocabulário comum aos países da CPLP. Esta é, porém, a justificação das autoridades de Angola para o pedido de uma moratória de três anos, com vista à posterior ratificação do Acordo Ortográfico por parte daquele país africano.

Deixamos, a propósito, um testemunho antigo do escritor José Eduardo Agualusa:

Acorda, Acordo, ou dorme para sempre.

2. O número de alunos estrangeiros de Português nas nossas escolas e universidades tem um peso significativo, a que não corresponde suficiente investimento, de ordem metodológica e teórica, no ensino do Português. Assim sendo, os estudos criteriosos sobre a aquisição do português como língua estrangeira e segunda são sempre um contributo importante.

Relevamos neste dia o estudo de Joana Pimentel do Rosário, sobre a aquisição dos clíticos. Sabia, por exemplo, que a ênclise é a opção preferida dos aprendentes? Que os clíticos que cumprem uma função sintáctica são mais fáceis de adquirir do que, por exemplo, o se apassivante ou o se indeterminado? Ou que as dificuldades de um aprendente de língua francesa não são as mesmas das de um aprendente de língua inglesa?

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Faleceu na madrugada de sábado, dia 13 de Março, o jornalista português José Gabriel Viegas, vítima de cancro no pâncreas.

Grande amigo do Ciberdúvidas desde a sua fundação, muito este projecto lhe é tributário pela sua continuidade, depois do súbito falecimento de João Carreira Bom, de quem foi colaborador muito chegado.

Profissionalmente, José Gabriel Viegas destacou-se ainda antes do 25 de Abril de 1974, quando, no exílio, foi jornalista-locutor nas emissões em português da France Inter, o canal internacional da rádio pública francesa, que ombreava com a BBC grande popularidade nos meios oposicionistas e anticolonialistas em Portugal e nas suas então colónias africanas.

Com a instauração da democracia em Portugal, regressou ao país trabalhando em vários órgãos de informação, primeiro na RDP e na RTP, entre 1974 e 1975. Depois, integrou os quadros redactoriais da então agência de notícias Anop e dos já extintos jornais Diário de Lisboa, A Luta e O Século.

Colaborador de outras publicações como a revista Sábado, foi no semanário Expresso, como crítico literário (nomeadamente de obras de história contemporânea mundial), que mais se destacou a sua intervenção na imprensa nacional nos últimos vinte anos. De sólida cultura humanística, a política internacional – e, em particular, a da zona dos Balcãs – foi outra das suas áreas preferidas, onde era considerado um especialista.

Integrou o júri do Prémio Crónica João Carreira Bom, em homenagem ao co-fundador do Ciberdúvidas, concretizado graças ao generoso patrocínio da Vodafone Portugal.

José Gabriel Viegas trabalhava no departamento de comunicação institucional, assessorando directamente a sua responsável, Luísa Pestana, presidente executiva da Fundação Vodafone.

Na política, integrou em 1978 o gabinete do então secretário de Estado da Cultura do II Governo Constitucional português, António Reis.

Ler aqui a notícia da agência de notícias Lusa.

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O que se estuda num curso de linguística? Para que serve a linguística? A linguística defende a língua contra a sua degenerescência? A linguística é um estudo científico? Sírio Ponsseti é eloquente nas respostas, num artigo publicado no Terra Magazine: «(...) Comentários assim sempre me fazem perguntar o que será que eles acham que se estuda em um curso de letras de uma universidade como a Unicamp. Será que imaginam que damos aulas de regência e concordância, de uso de acentos e de maiúsculas? Isso é mais ou menos como supor que, no curso de matemática de uma universidade, os alunos aprendem tabuada e regra de três. E que os de biologia estudam os nomes dos ossos e a localização do baço. E que os de computação aprendem a ligar o micro na tomada e a espiar "melhor" no YouTube.»

Recomendamos também, como contraponto paródico, a revisitação de Exorcismo, de Carlos Drummond de Andrade.

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No Plenário da II Reunião da Assembleia Parlamentar do bloco lusófono, em Lisboa, o presidente da Assembleia Nacional de Cabo Verde fez valer a necessidade de valorizar (e financiar) o Instituto Internacional da Língua Portuguesa, que considerou ser o «braço armado da CPLP».


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Há mais de 15 mil alunos de Português na costa leste dos Estados Unidos. Qual o futuro do ensino comunitário? A opção pelo ensino integrado será, em todas as circunstâncias, a opção favorável? Como é feita a qualificação de professores? Há certificação de competências? Que visibilidade tem a comunidade portuguesa na região? Estas foram questões de pano de fundo na última reunião de Conselheiros das Comunidades Portuguesas na Costa dos EUA.

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Doravante, a Porto Editora disponibilizará resumos de obras em língua portuguesa de autores consagrados, e visados no sistema de ensino português, para serem lidos e ouvidos em telemóveis (em sistema compatível com o iPod Touch e iPad. «A partir de agora é possível vermos jovens estudantes na rua com os seus telemóveis e os seus auriculares a ouvir os resumos», assim se preparando «para os exames ou para as provas», declarou Paulo Gonçalves, do gabinete de comunicação e imagem da empresa.

Se os conteúdos se limitarem a resumos, o cenário é verosímil. Mais difícil será quando as matérias se centrarem na função do modificador restritivo, nas orações relativas substantivas ou nos valores aspectuais de frase. Mas... tudo é possível.

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No Luxemburgo conseguiu-se a introdução do português no currículo oficial do ensino pré-universitário. Conseguir-se-á o mesmo em Andorra? O presidente da República de Portugal, de visita ao principado, quis deixar uma «porta aberta» para a entrada da língua portuguesa no sistema de ensino andorrano. Façamos votos para que ninguém a feche antes do tempo.


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1. Estava tudo preparado: por ocasião da visita do presidente da República de Portugal a Andorra, ia ser lançado o LusoJornal Andorra. Porém, a publicação não foi autorizada pelo executivo do principado. A publicação teria de ser bilingue, português-catalão.

2. A sexta exposição temporária no Museu da Língua, em São Paulo, Brasil, é dedicada aos erros de língua que mais frequentemente circulam na comunicação dos falantes brasileiros. Tem o título Menas: o certo do errado, o errado do certo.

3. O Acordo Ortográfico patina em Portugal ou os portugueses sambaram no que toca à unificação da grafia? Se não houver outra moralidade a tirar da querela do Acordo, ficam as metáforas.

4. Temas do programa Língua de Todos (RDP África, dia 5, 13h15*, com repetição no dia seguinte, às 9h15*): A entrega do Prémio Leya ao escritor luso-moçambicano João Paulo Borges Coelho e a língua portuguesa, hoje, em Moçambique. E como se processa a utilização da vírgula nas frases introduzidas por contudo, porém e como?

Para o programa Páginas de Português (Antena 2, dia 17, 17h00*) está destinada uma conversa com a escritora portuguesa Lídia Jorge sobre a língua portuguesa, enquanto língua de comunicação, de cultura e de negócios. Clique aqui para ter acesso aos arquivos dos programas.



*Hora de Portugal continental.