Aberturas - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
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Por Ciberdúvidas da Língua Portuguesa

1. A língua portuguesa já recebeu vários epítetos: desde petróleo a trunfo. Paralelamente tem havido regulares investimentos por parte de instituições públicas. Mas falta saber que resultados têm sido obtidos e quais as reais adversidades dos agentes que estão no terreno — físico e virtual.

2. Muitas universidades criaram já uma espécie de ano zero destinado a preparar os alunos recém-chegados para a realização das tarefas básicas de redacção, compreensão e interpretação textual. Mais gastos para remediar o resultado de décadas de facilitismo educativo generalizado (e institucionalizado) em Portugal.

3. 71.º episódio do magazine Cuidado com a Língua! (RTP 1, dia 19, 21h20*, disponível também em podcast): o convidado é o maestro António Victorino d’Almeida, que nos traz o percurso das palavras comummente usadas para falar de música, dos instrumentos de uma orquestra e do nome das sete notas musicais. Fique ainda a saber a origem da expressão «as paredes têm ouvidos», entre outras curiosidades.

* Hora de Portugal continental.

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Faleceu em Lisboa o filólogo Fernando Venâncio Peixoto da Fonseca, na quinta-feira, 15 de Abril de 2010. Membro fundador do Conselho Consultivo do Ciberdúvidas, era o nosso mais antigo, prestigiado e muito querido consultor. A ele ficamos todos tributários das suas mais de três mil respostas – a última foi esta, precisamente –, para além de outros valiosíssimos contributos, como este sobre O positivo e o negativo do Dicionário da Academia das Ciências de Lisboa.

Decano dos professores do Colégio Militar, pertencia a várias agremiações portuguesas e estrangeiras, entre as quais a Sociedade da Língua Portuguesa, de que foi fundador e era Sócio de Honra, a Academia Brasileira de Filologia, a Sociedade Romena de Linguística Românica e a International Society of Phonetic Sciences.

Condecorado com a Ordem das Palmas Académicas, por «serviços prestados à cultura francesa», antigo bolseiro da Fundação Calouste Gulbenkian e dos governos português, espanhol, francês e romeno, apresentou comunicações em numerosos congressos internacionais.

Foi ainda um reputado conferencista, nomeadamente sobre a literatura e a cultura romenas, de que era um profundo conhecedor.

Dirigiu a revista pedagógica Auditorium e publicou numerosíssimos artigos em revistas e jornais portugueses e estrangeiros. Colaborou em diversas miscelâneas e nas actualizações da Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira, assim como na Adenda e Corrigenda da 10.ª edição do Dicionário de Morais (págs. 857-1098, do vol. XII).

Entre as suas principais e diversificadas obras publicadas, registam-se o Método Prático da Língua Romena (1944), Vocábulos Franceses de Origem Portuguesa (1956), o Dicionário Francês-Português/Português-Francês (ed. Larousse, 1957), O Ensino das Línguas pelos Métodos Audiovisuais e o Problema do Português Fundamental (1964), O Português Fundamental (1966), Vocabulário do Francês Fundamental (1967), Textos Literários Seiscentistas (1967), Crónicas da Tomada de Lisboa, e Cantigas de Escárnio e Maldizer dos Trovadores Galego-Portugueses (1971), O Português entre as Línguas do Mundo (1985), Princípios de Línguística Grega (1986) e o Glossário Etimológico das Crónicas dos Portugaliae Monumenta Historica (2001).

Ler também:

Morreu decano dos professores do Colégio Militar
(in Público, 16 de Abril de 2010)
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O Brasil prepara-se para a segunda edição da Olimpíada de Língua Portuguesa, que tem como concorrentes todos os alunos do ensino público não superior. A prova consiste na produção de um texto escrito. Estão previstos 9 milhões de participantes, a que corresponde também um elevado número de correctores. Tal exige, sem dúvida, um trabalho de organização muitíssimo rigoroso.

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Ataliba Teixeira Castilho, linguista brasileiro, conhecido em Portugal pela sua extensa obra Gramática do Português Falado (8 volumes), lançou recentemente Nova Gramática do Português Brasileiro, que congrega os resultados de 50 anos de investigação em linguística.

Trata-se de um trabalho de divulgação, dirigido a um público não especializado, que procura explicar, num registo que faz eco das perplexidades do falante comum, que a língua não é um somatório de regras de condenação ou recomendação de modos de dizer. A obra assenta na descrição de princípios que governam a estrutura da língua, oferecendo ao falante um conhecimento reflectido sobre o vasto leque de possibilidades de expressão disponíveis numa dada sincronia. 

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1. Neste dia, damos destaque a um trabalho do Jornal de Notícias sobre este período de pós-Acordo Ortográfico. Aí se apela à intervenção do governo português na determinação oficial unívoca de modos de registo ortográfico que o texto do Acordo dá como opcionais. Em boa verdade, esta situação foi prevista pelos "antiacordonistas". Recordamo-los aqui:

2. A tomada do pleonasmo como um vício de linguagem é um juízo de valor aplicado genericamente. Mas, afinal, qual a fronteira entre a redundância de enchimento balofo e a redundância linguística?

3. E «desde quando há uma língua brasileira?» – pergunta Manuel Matos Monteiro, no Pelourinho, a propósito de um recém-editado manual de escrita jornalística com défice de rigor e descuidos de grafia.

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Como se chega à produção de revisores e correctores automáticos? Estes são, apenas, os dois exemplos mais conhecidos de produtos gerados pela linguística computacional. Mas há a apontar também o reconhecimento automático de voz e a aprendizagem de línguas assistida por computador, pelo menos. Instrumentos imperfeitos, sem dúvida, mas complementos indispensáveis na prática quotidiana dos diferentes profissionais da língua.

E justamente: «Os desafios das novas tecnologias na literatura», comunicação a cargo do angolano José Eduardo Agualusa, é um dos temas em análise no I Encontro de Escritores de Língua Portuguesa de Natal, Brasil.

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SLES é a sigla do projecto Second Language for Erasmus Students, que permitirá aos alunos Erasmus aprender português no Second Life, na ilha da Universidade do Porto. A iniciativa nasceu das aulas de mestrado Estudos de Media e Jornalismo, do curso de Ciências da Comunicação da Universidade do Porto. O projecto é da responsabilidade de Ricardo Cruz, sociólogo, e de Ricardo Fernandes, professor de Português.

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Camões é o grande e verdadeiro herói do novo livro de Maria Alberta Menéres, Camões, o Super-Herói da Língua Portuguesa, Asa: «a sua vida foi tão recheada de peripécias e aventuras, que, para os padrões da sua época, Camões bem poderia ter sido um super-herói como os que hoje povoam o dia-a-dia das nossas crianças!» A obra é apresentada em 24 de Abril na Biblioteca Almeida Garrett, no Porto.

Vale a pena anotar também outros textos, que reflectem a fantástica vida do poeta:

Carta de Amor a Luís de Camões, de Sofia Ester;
• "Apresentação do autor" in Os Lusíadas em Prosa, de Amélia Pinto Pais.

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É histórico: a difusão de uma língua sempre esteve ligada ao poderio militar, económico e tecnológico do povo que a fala (ou falava). Não vai ser diferente no futuro, constata Mia Couto.

Paralelamente, há estruturas de apoio à facilitação dessa difusão que necessariamente têm ser tidas em conta: o ensino, a tradução, a produção de conteúdos para dispositivos informáticos e a pujança da investigação em linguística — por exemplo, da lexicologia, na produção de um vocabulário técnico-científico uniformizante para a lusofonia.

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A ascensão triunfal da língua, desde a fonte galega ao resplandecer da Renascença. O Amor pela língua portuguesa, pela pena de Júlio Dantas.

Morra o Dantas, morra! Pim!(?)