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Por Ciberdúvidas da Língua Portuguesa

«Muito fácil», «fácil de mais» — foi esta a reacção dos alunos da Escola Delfim Santos (Benfica, Lisboa) ao exame de 9.º ano. Ano após ano, os jornais e as televisões colhem as opiniões dos alunos à saída dos exames de Português — e os juízos repetem-se: «Muito fácil.»

Paralelamente, Maria do Carmo Vieira faz a avaliação do ensino do Português em Portugal, num recente livro da sua autoria, lançado pela Fundação Francisco Manuel dos Santos, presidida por António Barreto. O livro intitula-se O Ensino do Português e faz duras críticas àquilo que se considera ser a dependência dos manuais escolares por parte dos professores, bem como à forma como é ensinada a gramática e, enfim, à ausência geral de rigor e ao vazio de conteúdos, capaz de transformar o programa Morangos com Açúcar em série educativa.

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A metáfora anónima (isto é, a metáfora não-literária) é um processo linguístico-cognitivo omnipresente na língua do quotidiano e em diferentes tecnolectos. No tecnolecto, a concentração excessiva de metáforas pode ocorrer, mas o que é gravoso é quando formulações metafóricas anglófonas passam, intactamente, de um dado tecnolecto para o discurso de imprensa.

Paulo J. S. Barata dedica uma reflexão, abundantemente ilustrada, sobre o poder – mas também sobre a opacidade – da metáfora importada no âmbito do economês, com consequências negativas para o esclarecimento da opinião pública, sempre que os media se escusam a fazer qualquer desdobramento explicativo ou adaptação terminológica.

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A agência de notícias americana Bloomberg News passou a ter disponível um serviço de notícias sobre economia em língua portuguesa. Conta, para tal, com um aumento considerável de jornalistas brasileiros.

A par disso, foi recentemente inaugurada a TV Brasil Internacional, canal brasileiro que transmite exclusivamente conteúdos produzidos em português, com formato semelhante ao da BBC ou da RAI, por exemplo.

Ao governo de Lula tem-se reconhecido a realização de medidas consequentes na difusão da língua portuguesa no estrangeiro, como sejam a criação da Comissão de Língua Portuguesa, integrada no Ministério da Educação do Brasil, e a inauguração do Museu da Língua Portuguesa, em São Paulo.

Qual a origem da expressão...? É uma pergunta recorrente aqui no consultório. Pois foi agora lançado o livro Nas Bocas do Mundo — Uma Viagem pelas Histórias das Expressões Portuguesas, da autoria de Sérgio Luís de Carvalho, em que se faz o percurso de vida de algumas expressões, ditos e fraseologias correntes no linguajar quotidiano.

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• A ministra da Educação de Portugal, Isabel Alçada, de visita oficial a Timor-Leste, anunciou que Portugal vai apoiar a criação de uma rede de bibliotecas escolares naquele país. A falta de materiais didácticos de ensino de língua, bem como a dificuldade de acesso a obras de referência da literatura lusófona, tem sido, desde há muito, uma lacuna grave apontada por professores de língua portuguesa.


• Em Olivença, a disciplina de português tem contado com um crescendo de alunos espanhóis: a constatação foi feita pela professora Maria Santos, durante o decurso do encontro Lusofonias.

• A presença do português como língua integrada nos curricula dos liceus europeus, a par do francês e do espanhol, é agora o grande desígnio da Instituto Camões. Leia o dossiê do Público (10/06/10), assinado por Alexandra Prado Coelho.

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«Tenho um feeling de que os nossos vão ganhar...» ou «ele não tem feeling para a coisa...». De que cariz é esse tal feeling que corta a raiz ao sentimento? E mesmo a opção pela tradução, por exemplo, traduzindo feeling down por sentir-se em baixo — não é isso já uma concessão à anglofonia?

«(...) não existiria, repito, um raio de um arroubo que nos livrasse desse must que dá pelo nome de estrangeirismo bacoco?», pergunta Luís Carlos Patraquim, a propósito da letra, em inglês, da canção escolhida para apoiar a Selecção Nacional de Futebol. Em representação de Portugal, falemos e cantemos em português. E, claro, dizer que temos sentimento, pressentimento ou sensação não nos impediria de continuar a cantarolar That Old Feeling, I Feel Good ou I Got the Feeling...

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No dia em que grupo editorial  português Impresa (que detém vários periódicos e canais de televisão) passou a aplicar o Acordo Ortográfico, no Palácio Nacional da Ajuda, em Lisboa, decorria o lançamento do Lince, o conversor ortográfico produzido pelo Instituto de Linguística Teórica e Computacional. Financiado pelo Fundo da Língua, já se encontra disponível no Portal da Língua, donde poderá ser descarregado graciosamente – a exemplo do Vocabulário Ortográfico do Português (europeu), este a partir do dia 18, na sua definitiva versão. Boas notícias para a (boa) aplicação do Acordo Ortográfico em Portugal.

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A partir de 2011, a língua portuguesa passa a ser ensinada nas escolas da República do Congo. O Congo fica próximo de Angola e de São Tomé e Príncipe, e os três países pertencem à mesma comunidade económica (Comunidade Económica dos Estados da África Central).


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Será realmente possível que a Internet venha a contribuir para a desaceleração do desaparecimento de línguas minoritárias, um pouco por todo o mundo? A Wikipédia tem já uma quantidade significativa de entradas redigidas em várias línguas ameaçadas. Poderá ser essa uma tendência que afecte também as redes sociais e o YouTube, por exemplo?

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Depois de ter editado, há já alguns anos, o dicionário de Japonês-Português, a Porto Editora lança agora o Dicionário Chinês-Português/Português-Chinês, com mais de 25 500 entradas e abundantes exemplos de uso. O dicionário foi elaborado por Ana Cristina Alves, que viveu em Pequim e Macau, tendo aí leccionado chinês e português.


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O vencedor do Prémio Camões deste ano foi o brasileiro Ferreira Gullar, poeta, dramaturgo, cronista e tradutor.

Ferreira Gullar — José Ribamar Ferreira — nasceu no Maranhão, fugiu da escola, escreveu um conto com erros de língua, foi revolucionário e exilado político. Em 2002 esteve para ganhar o Prémio Nobel.